Soldado da PM fugiu de batalhão na Região de Curitiba na segunda-feira (4); Justiça expediu mandado de recaptura contra o policial militar.
Por Rafael Nascimento e Thais Kaniak, RPC Curitiba e G1 PR
A Miss Pinhais 2016 – acusada de planejar com o namorado, um policial
militar, o sequestro de um empresário no Paraná em agosto de 2017 – é
considerada foragida.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) nesta quarta-feira (6).
De acordo com a Sesp, Karina Cristina rompeu a tornozoleira eletrônica
no sábado (2).
O equipamento, conforme a pasta, foi monitorado até o dia
seguinte, quando parou de funcionar.
Na segunda-feira (4), o soldado da Polícia Militar (PM) Janerson Gregorio, que é o namorado de Karina Cristina, fugiu do Batalhão de Polícia de Guarda em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava preso desde agosto.
Por meio de nota, a PM informou que está fazendo buscas para localizar o
soldado e que um inquérito vai ser aberto para apurar como ocorreu a
fuga e se houve facilitação.
Procurado pelo G1, o advogado Adriano Ueda, que defende os dois, disse que por enquanto prefere não se manifestar sobre o caso.
Além do soldado, outras três pessoas tinham sido presas, ainda em agosto, pelo envolvimento no crime, entre elas, Karina Cristina.
Contudo, ela deixou a prisão em outubro e cumpria medidas cautelares, com o uso da tornozeleira eletrônica.
Eles respondem por crimes como sequestro e roubo.
Mandado de recaptura
A 2ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana da
capital paranaense, expediu na terça-feira (5) um mandado de recaptura
contra Janerson Gregorio.
O juiz Siderlei Ostrufka Cordeiro também pediu para o Ministério
Público do Paraná (MP-PR) se manifestar sobre o rompimento da
tornozeleira eletrônica de Karina Cristina.
Relembre o caso
O policial militar foi preso em flagrante, na noite de 29 de agosto, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba, suspeito do sequestro e extorsão.
Os sequestradores combinaram com o empresário uma reunião de trabalho,
quando ele foi rendido.
"Eles colocaram a arma na minha cara, me tiraram
do carro e me colocaram num outro carro e me levaram até o cativeiro",
disse a vítima, à época.
Os sequestradores pediram à família do empresário dinheiro. Então, os
parentes procuraram o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial
(Tigre), da Polícia Civil.
A prisão foi realizada durante uma investigação da Polícia Civil,
enquanto o veículo do empresário era vigiado.
O soldado foi preso no
momento em que estava pegando o carro da vítima, estacionado em uma rua.
"Além de cometer o sequestro, ele roubou o carro da vítima.
E quando
ele foi buscar esse carro, nós conseguimos efetivamente prender um dos
sequestradores", afirmou – ainda à época – o delegado Luis Fernando
Artigas Júnior.
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