Contrato mostra que a primeira parcela, de R$ 56 mil, foi depositada em dinheiro vivo, na conta da empresa. O documento é assinado por Maristela Temer. Planalto não quis comentar.
Por Bruno Tavares, TV Globo
O empresário Antônio Carlos Pinto Junior, que forneceu portas e janelas
para a reforma da casa da filha do presidente Michel Temer, Maristela
Temer, apresentou à Polícia Federal documentos que comprovam que parte
do material usado na obra foi pago com dinheiro vivo.
O empresário prestou depoimento no fim do mês passado, em São Paulo.
Ele é dono da empresa que forneceu esquadrias para a reforma da casa de Maristela Temer.
Foram 32 itens -- entre portas e janelas de PVC.
Valor total da compra: quase R$ 121 mil, divididos em 5 parcelas.
Ele é dono da empresa que forneceu esquadrias para a reforma da casa de Maristela Temer.
Foram 32 itens -- entre portas e janelas de PVC.
Valor total da compra: quase R$ 121 mil, divididos em 5 parcelas.
O contrato mostra que a primeira parcela, de R$ 56 mil, foi depositada em dinheiro vivo, na conta da empresa.
O documento é assinado por Maristela Temer.
Em depoimento à Polícia Federal, o dono da empresa disse que foi
procurado pela arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do coronel João
Batista Lima Filho, no primeiro semestre de 2014.
Lima foi preso em março na operação Skala, que apura se o presidente
Michel Temer recebeu vantagens indevidas para beneficiar empresas do
setor de portos com a edição de um decreto.
Os delatores da J&F afirmam que entregaram R$ 1 milhão ao coronel
Lima.
E que o dinheiro era propina para o presidente Temer.
E que o dinheiro era propina para o presidente Temer.
O empresário disse que só ficou sabendo para quem era obra quando Maria
Rita disse que as notas fiscais deveriam sair em nome de Maristela
Temer.
Ele disse ainda que a mulher do coronel Lima insistiu que queria pagar a
primeira parcela em dinheiro vivo.
E que ele recusou porque não aceita
pagamento em espécie.
No final do depoimento, Antônio Carlos Pinto Junior disse à polícia que
não é normal em seu ramo a insistência por pagamentos de altos valores
em dinheiro.
A Polícia Federal também ouviu no fim do mês passado em São Paulo Luiz
Eduardo Visani, o dono da empreiteira que fez a obra na casa de
Maristela.
Visani disse que foi o coronel João Batista Lima Filho quem ligou para ele no fim de agosto de 2013.
Segundo o engenheiro, a mulher de Lima, Maria Rita Fratezi, era a
arquiteta responsável pela obra e que ele participou de uma reunião com
os dois na Argeplan, a empresa de Lima, para acertar os detalhes da
obra.
Visani contou que logo no início da obra foi informado que a reforma era no imóvel de Maristela Temer.
O engenheiro disse ainda que se encontrou a filha do presidente na obra por quatro vezes mas que nunca conversou sobre o orçamento com ela.
Visani contou também que quando procurou Maria Rita Fratezi para
combinar o pagamento, ela disse que os pagamentos seriam feitos na
Argepan em dinheiro vivo.
E que foi mensalmente à empresa para receber direto no caixa da
empresa, entre novembro de 2013 e março de 2015, período em que a obra
aconteceu.
Visani disse aos investigadores que o valor total recebido foi de R$
950 mil em parcelas.
E que valor não inclui os impostos e serão afetados depois entre ele e coronel Lima.
O engenheiro apresentou os recibos dos pagamentos aos investigadores que estão todos em nome de Maristela Temer.
E que valor não inclui os impostos e serão afetados depois entre ele e coronel Lima.
O engenheiro apresentou os recibos dos pagamentos aos investigadores que estão todos em nome de Maristela Temer.
As informações do empreiteiro responsável pela obra e do fornecedor de
esquadrias contradizem o depoimento da filha do presidente à PF em maio.
Maristela disse que pagou a reforma da casa com dinheiro próprio e que não guardou nenhum comprovante.
Maristela disse que pagou a reforma da casa com dinheiro próprio e que não guardou nenhum comprovante.
O Palácio do Planalto não quis comentar.
A defesa do coronel João Batista Lima Filho e de Maria Rita Fratezi declarou que eles não praticaram qualquer ato ilícito ou irregularidade.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Maristela Temer.
A defesa do coronel João Batista Lima Filho e de Maria Rita Fratezi declarou que eles não praticaram qualquer ato ilícito ou irregularidade.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Maristela Temer.
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