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sábado, maio 12, 2018

'Não arranha em nada o prestígio das Forças Armadas', diz general sobre documento da CIA que cita execuções

Memorando da agência de inteligência americana afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel autorizou a execução de opositores durante a ditadura militar.


Por G1, Brasília
Jungmann e general dizem que documento da CIA não prejudica prestígio das Forças Armadas
Jungmann e general dizem que documento da CIA não prejudica prestígio das Forças Armadas.
 
O secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, disse nesta sexta-feira (11) que o documento produzido pela CIA "não arranha em nada o prestígio das Forças Armadas". 
 
O memorando afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel sabia e autorizou a execução de opositores durante a ditadura militar. 
 
Membro das Forças Armadas há 47 anos, o general afirmou que, em um ano eleitoral, a divulgação das informações pode ter sido motivada por interesses políticos. 
 
"Este é um ano eleitoral. 
 
Foram publicadas várias notícias de um número maior de militares participando nessa próxima eleição, e tem que ver também interesses políticos nesse tipo de divulgação. 
 
Tem que analisar em profundidade o que diz o documento original e não ficar somente na manchete da interpretação", afirmou durante o lançamento da Operação Tiradentes II (leia mais sobre a operação no final desta reportagem). 
 
Presente ao lançamento, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o governo não vai se pronunciar sobre o memorando da CIA enquanto não tiver acesso ao documento original. 
 
"O governo não tem o conhecimento oficial de nada que diz respeito a isso. 
 
Para se ter um pronunciamento oficial a respeito desse assunto é preciso ter um acesso oficial, de governo a governo, para se poder fazer um comentário que se possa e que se deva fazer no caso das informações serem, de fato, confirmadas", disse o ministro. 
 
O documento sobre Geisel, de 11 de abril de 1974, foi elaborado pelo então diretor da CIA, William Egan Colby, e endereçado ao secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger. 
 
Tornado público recentemente pelo governo americano, o documento foi revelado nesta quinta-feira (10) pelo pesquisador Matias Spektor, da Fundação Getulio Vargas (FGV). 
 
O memorando relata um encontro entre Geisel, João Batista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, ambos na ocasião no Centro de Inteligência do Exército (CIE). 
 
O general Milton Tavares, segundo o documento, disse que o Brasil não poderia ignorar a "ameaça terrorista e subversiva", e que os métodos "extra-legais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos". 
 
No ano anterior, 1973, 104 pessoas "nesta categoria" foram sumariamente executados pelo Centro de Inteligência do Exército". 
 
Ainda segundo o relato, o presidente Geisel disse ao general Figueiredo que a "política deve continuar mas deve-se tomar muito cuidado para assegurar que apenas subversivos perigosos fossem executados".
Força-tarefa de 24h reunirá todas as forças militares
Força-tarefa de 24h reunirá todas as forças militares.

Operação Tiradentes II

Em sua segunda fase, a Operação Tiradentes II, lançada nesta sexta pelo ministro Raul Jungmann, é uma força-tarefa que reúne todas as corporações militares do país, além de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias civis dos estados. 
 
Durante 24 horas, a operação vai realizar ações de segurança pública integradas em todo o território nacional. 
 
Segundo o ministro Jungmann, a iniciativa será uma referência para outras operações coordenadas entre diversas polícias. 
 
No ano passado, na primeira edição, também em um período de 24 horas, a operação contou com um efetivo de 97 mil policiais e atendeu pouco mais de 43 mil ocorrências.

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