Quem vê cara, não vê coração ! O monstro Filipe Pedreira, diante da bela Clara Vieira. |
Filipe Pedreira cumpre medida protetiva por ter agredido Clara Vieira, de 20 anos. Advogado dele disse que não comentaria caso por orientação da Justiça.
Por G1 BA
O filho do prefeito da cidade de Salinas da Margarida, Filipe Pedreira, suspeito de espancar, cortar os cabelos e torturar a ex-mulher, Clara Emanuele Santos Vieira, de 20 anos, confessou em depoimento à polícia, que agrediu a ex-mulher.
Ao G1,
a delegada responsável pelo caso, Patrícia Jackes, informou, nesta
quarta-feira (16), que Filipe se apresentou no dia 9 de maio, um dia
após o espancamento e registro do caso na delegacia.
Acompanhado de um advogado, o homem foi na unidade de polícia em Santo Antônio de Jesus, cidade onde ele morava com Clara.
Acompanhado de um advogado, o homem foi na unidade de polícia em Santo Antônio de Jesus, cidade onde ele morava com Clara.
"Ele assume as agressões e diz que foi motivado por ciúmes.
Bahia
Meio-Dia acaba de noticiar o caso de agressão da estudante Clara Vieira
e em nenhum momento mencionou o nome do agressor FILIPE FERNANDES
PEDREIRA (rapaz da foto), conhecido como Filipinho, filho do prefeito de
Salinas das Margaridas, WILSON PEDREIRA. Em toda a matéria a apresentadora apenas expôs nome e imagem da vítima. Demonstrou "indignação", falou de machismo e da importância de se combater e denunciar a violência contra a mulher, mas o tempo inteiro omitiu o nome de FILIPE FERNANDES PEDREIRA, escondeu o seu nome por trás de adjetivos como "covarde" e "agressor". No fim, informou que ele era filho de prefeito, evitando dizer de qual cidade. |
Disse que
Clara Emanuele havia traído ele e, por isso, ele se descontrolou.
No entanto, ele conta também que Clara haveria atentado contra ele com uma faca", detalhou a delegada.
No entanto, ele conta também que Clara haveria atentado contra ele com uma faca", detalhou a delegada.
Clara Emanuele está sob uma medida protetiva que estabelece que Filipe
tem que permanecer a uma distância de, no mínimo, 100 metros da vítima e
do filho deles.
Pelo período de três meses, ele não poderá ver o filho, conforme determinação da Justiça.
Pelo período de três meses, ele não poderá ver o filho, conforme determinação da Justiça.
O advogado de Filipe, Eldo Lago, informou que foi orientado pela
Justiça a não comentar o caso, mas disse que o cliente está cumprindo
toda e qualquer determinação judicial.
Disse ainda que Filipe é acompanhado por um psicólogo.
Disse ainda que Filipe é acompanhado por um psicólogo.
Oito dias após o caso, nesta quarta-feira (16), Clara ainda possui hematomas pelo corpo e diz que está com medo do ex-marido.
Ela teve um derrame no olho e disse que sente os dentes moles por conta dos murros que recebeu de Filipe.
Apesar de tantas marcas, a lesão corporal de Clara é apontada como
leve, conforme o laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT)
entregue nesta quarta-feira pelo órgão à polícia.
"Verificamos as lesões para que fosse tipificado o crime e pedida a
prisão preventiva, mas o laudo aponta lesões corporais leves e o crime
leve tem uma pena de três anos de detenção.
Nós só podemos requererer prisão preventiva com penas a partir de quatro anos.
Nós só podemos requererer prisão preventiva com penas a partir de quatro anos.
No entanto, no
decorrer das investigações, analisando a possibilidade de outros crimes,
com base nas novas investigações, pode haver a possibilidade de pedir a
prisão preventiva dele", explicou a delegada Patrícia Jackes.
A delegada destacou, ainda, que Clara e os familiares estão sendo
monitorados e, caso Filipe descumpra a medida protetiva, ele será preso.
"Ele mora em Salinas da Margarida e ela mora em Muniz Ferreira com pai ela.
Ela está sendo monitorada e está orientada sobre como agir caso ele descumpra a medida", disse a delegada.
"Ele mora em Salinas da Margarida e ela mora em Muniz Ferreira com pai ela.
Ela está sendo monitorada e está orientada sobre como agir caso ele descumpra a medida", disse a delegada.
Caso
Clara Emanuele Santos Vieira é filha do prefeito da cidade de Muniz
Ferreira.
Ela era casada com Filipe e como cursa direito em uma faculdade de Santo Antônio de Jesus, morava na cidade que fica no recôncavo baiano, com Filipe e o filhinho deles, de um ano.
Ela era casada com Filipe e como cursa direito em uma faculdade de Santo Antônio de Jesus, morava na cidade que fica no recôncavo baiano, com Filipe e o filhinho deles, de um ano.
A jovem denunciou ter sido torturada pelo ex-marido, em Santo Antônio de Jesus.
Ao G1, ela contou ter recebido socos no rosto, teve os cabelos e dedos cortados.
Segundo a vítima, o homem também agrediu o filho deles, de um ano, e pai dela, com spray de pimenta.
No Instagram, a vítima publicou imagens com hematomas no olho e disse
que o celular dela foi destruído.
A situação acabou gerando a campanha
"#todosporclara" nas redes sociais.
Clara conta que, enquanto o ex a agredia, a acusava de traição.
"Ele disse que eu tinha outro namorado.
Disse que ia me deixar careca e que ninguém ia me querer.
E que se eu tivesse outro, ia matar a mim e a ele", falou.
Durante a agressão, os vizinhos ouviram a discussão e chamaram a
polícia.
No entanto, Clara teve medo de fazer a denúncia.
"Eu disse (aos policiais) que não estava acontecendo nada.
Depois disso, consegui fugir para a casa de minha vizinha", conta Clara, que foi levada para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus.
No entanto, Clara teve medo de fazer a denúncia.
"Eu disse (aos policiais) que não estava acontecendo nada.
Depois disso, consegui fugir para a casa de minha vizinha", conta Clara, que foi levada para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus.
O suspeito, então, foi para a casa do ex-sogro, na cidade de Muniz
Ferreira.
Segundo Clara, no imóvel, ele ameaçou o sogro com uma faca e tentou agredir o pai dela, além de lançar spray de pimenta no filho de um ano.
O bebê foi levado para o posto de saúde da cidade e passa bem.
Segundo Clara, no imóvel, ele ameaçou o sogro com uma faca e tentou agredir o pai dela, além de lançar spray de pimenta no filho de um ano.
O bebê foi levado para o posto de saúde da cidade e passa bem.
Agressões.
Clara disse que ela já havia sido agredida outras vezes durante o
relacionamento.
Ela casou com o rapaz no final de 2016 e a separação ocorreu no dia 27 de abril deste ano, porque ela não aguentava mais a violência.
Ela casou com o rapaz no final de 2016 e a separação ocorreu no dia 27 de abril deste ano, porque ela não aguentava mais a violência.
"Eu não denunciei porque eu achava que um dia ele ia parar de fazer.
Acabei por conta disso, porque eu não aguentava mais", afirma a jovem.
Acabei por conta disso, porque eu não aguentava mais", afirma a jovem.
Ela fala que o relacionamento piorou desde que o filho deles nasceu.
"Ele disse que ninguém ia me querer por conta desse filho, ele me xingava o tempo todo", relembra.
"Ele disse que ninguém ia me querer por conta desse filho, ele me xingava o tempo todo", relembra.
A jovem diz que, depois de ter rompido o silêncio e ter visto a
repercussão do caso dela nas redes sociais, muita mulheres procuraram
ela para também relatar casos de violência.
"Por um lado é bom, porque encoraja muitas mulheres.
Muitas mulheres que procuram e contam situações parecidas ou até piores do que a minha", diz Clara.
"Por um lado é bom, porque encoraja muitas mulheres.
Muitas mulheres que procuram e contam situações parecidas ou até piores do que a minha", diz Clara.
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