Manifestantes fizeram vigília em apoio ao ex-presidente em frente ao prédio dele. Na Paulista, grupo pedia prisão do petista. STF julga na quarta-feira pedido para que Lula não seja preso.
Por G1 SP, São Paulo
A Grande São Paulo teve atos pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva nesta terça-feira, um dia antes do julgamento de habeas
corpus do petista no Supremo Tribunal Federal (STF).
Também houve manifestações em várias outras cidades do país.
A maior parte delas pedia a prisão do ex-presidente.
Na Avenida Paulista, região central de São Paulo, manifestantes se
reuniram no fim da tarde no vão livre do Museu de Arte de São
Paulo
(Masp) para pedir a prisão do petista. Eles foram convocados pelo grupo
"Vem pra rua".
Os dois sentidos da Paulista chegaram a ficar bloqueados pelos
manifestantes, que levaram bandeiras do Brasil, bonecos de Lula com
roupa de presidiário e um caixão com a estrela do PT.
Por volta de
19h40, o grupo se espalhava por vários quarteirões nas proximidades do
Masp, e o trânsito permanecia bloqueado.
Já em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, desde o início da tarde
apoiadores de Lula estiveram em frente ao prédio onde ele mora,.
Manifestantes levantaram a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MST). O ato foi monitorado pela Polícia Militar, e parte da rua
precisou ser bloqueada.
Também houve ato pró-Lula na Praça da República, no Centro de São
Paulo.
Apoiadores do petista distribuíram panfletos, e nenhuma via
precisou ser fechada para carros.
Às 19h40, o perqueno grupo que se
manifestava já tinha se dispersado, segundo a Polícia Militar.
Na quarta-feira (4), o STF vai julgar pedido da defesa de Lula para que ele não seja preso pela condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do triplex em Guarujá.
A defesa argumenta que,
segundo a Constituição, o réu só pode ser preso após o caso ser
transitado em julgado, quando não cabe mais nenhum recurso.
Condenação
Em fevereiro, por unanimidade, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a condenação de Lula determinada pelo juiz federal Sérgio Moro e ampliou a pena de prisão do ex-presidente de 9 para 12 anos.
Lula foi acusado pelo Ministério Público de receber propina da empreiteira OAS.
A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões, teria saído de uma
conta de propina destinada ao PT em troca do favorecimento da empresa em
contratos na Petrobras.
Segundo o MP, a vantagem foi paga na forma de
reserva e reforma do apartamento triplex no Guarujá, cuja propriedade
teria sido ocultada das autoridades.
A defesa do ex-presidente nega as acusações e diz que o MPF não apresentou provas dos supostos crimes cometidos por ele.
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