'Responsáveis vão parar na cadeia', disse ele. Jungmann também prometeu que intervenção seguirá dentro da lei, respeitando os Direitos Humanos.
Por Patricia Teixeira, G1 Rio
O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu na tarde desta
quinta-feira (15) a soma de "todos os esforços" para encontrar os
assassinos da vereadora Marielle Franco, morta a tiros na noite de
quarta, e de seu motorista, Anderson Gomes.
Ele falou com a imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle, ao lado do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
Ele falou com a imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle, ao lado do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
“Estou aqui por uma determinação do presidente Temer.
Vamos acompanhar esse caso até ele ser encerrado.
Gostaria de dizer aos amigos e familiares de Marielle que vamos encontrar os responsáveis e puni-los por esse crime bárbaro.
Vamos fazer justiça”, disse o ministro.
Vamos acompanhar esse caso até ele ser encerrado.
Gostaria de dizer aos amigos e familiares de Marielle que vamos encontrar os responsáveis e puni-los por esse crime bárbaro.
Vamos fazer justiça”, disse o ministro.
Antes da coletiva, Jungmann se reuniu com o interventor do Rio, general
Braga Netto, e com Richard Nunes, secretário de Segurança do estado.
Ele também disse que conversou com a procuradora-geral, Raquel Dodge, e afirmou que a investigação a rigor "já está federalizada".
Ele disse que as inteligências de vários órgãos trabalham no caso, mas que a Polícia Civil está à frente das investigações.
Ele também disse que conversou com a procuradora-geral, Raquel Dodge, e afirmou que a investigação a rigor "já está federalizada".
Ele disse que as inteligências de vários órgãos trabalham no caso, mas que a Polícia Civil está à frente das investigações.
"Estão trabalhando de forma integrada as polícias estaduais, Polícia Civil e militar, e juntamente com a Polícia Federal, a Abin, Secretaria de Segurança Pública e Inteligência das Forças Armadas.
Todos somando esforços para que a Justiça seja feita para que esse bárbaro crime tenha solução e os responsáveis vão parar na cadeia", disse o ministro.
O ministro acrescentou que seja quem for que cometeu o crime tem que ser punido, "seja de dentro, de fora".
"Independentemente do crime, você tem a motivação do crime, e isso será apurado."
Perguntado sobre se o crime poderia ser visto como uma resposta à
intervenção federal, o ministro disse que seria leviano, neste momento,
dizer se é ou não é.
"Esse é um crime que tenta silenciar uma pessoa que lutava para defender moradores de comunidades do Rio", afirmou.
"Esse é um crime que tenta silenciar uma pessoa que lutava para defender moradores de comunidades do Rio", afirmou.
Jungmann disse que a questão agora não é endurecer a intervenção ou
não, mas fazer o que deve ser feito, "sempre dentro da lei, sempre com
respeito aos direitos humanos".
“A gente nunca se propôs a fazer mágica", disse ele.
"A gente procurou fortalecer e estruturar as polícias, tanto que um delegado foi preso recentemente”, afirmou.
“A gente nunca se propôs a fazer mágica", disse ele.
"A gente procurou fortalecer e estruturar as polícias, tanto que um delegado foi preso recentemente”, afirmou.
Questionado, o ministro evitou relacionar o crime à ação de milicanos.
Sobre o possível envolvimento de policiais, disse que tudo tem de ser apurado.
"Vivemos numa democracia, todos têm direito de concordar ou não com alguma coisa.
Uma coisa é se sentir incomodado outra é tirar a vida de uma pessoa”.
Sobre o possível envolvimento de policiais, disse que tudo tem de ser apurado.
"Vivemos numa democracia, todos têm direito de concordar ou não com alguma coisa.
Uma coisa é se sentir incomodado outra é tirar a vida de uma pessoa”.
Um comentário:
Todos nós brasileiros lamentamos a morte precoce dessa jovem que representava o Parlamento Municipal do Rio de Janeiro, de uma forma tão trágica, o que não desejamos nem para o nosso pior inimigo, porque ninguém neste mundo tem o direito de tirar a vida de ninguém, só Deus.
Mas não podemos deixar de aproveitar esse momento para fazer uma reflexão sobre esse ato covarde de bandidos contumazes.
Será que a comoção entre milhares de pessoas pelo assassinato covarde de Marielle, explícita mundialmente, teria a mesma repercussão se a vítima fosse uma pessoa comum ?
Os políticos, os artistas, as autoridades que representam diversos órgãos públicos do Brasil, e até mesmo a imprensa, se manifestariam como estão se manifestando ?
Será que é só porque a Marielle detinha um status social, político e acadêmico de destaque, e como uma pessoa que lutava por direitos iguais entre os menos favorecidos é que está provocando essa comoção toda ?
Será que a vida de uma pessoa anônima que é tirada de forma tão covarde todos os dias no Brasil, como a de Marielle é menos importante do que a vida de alguém que detém uma posição privilegiada perante a sociedade ?
Porque o líder comunitário do município de Barcarena, aqui no Pará, Paulo Nascimento, foi assassinado de forma bárbara na madrugada do dia 05 deste mês, que segundo apuração de autoridades policiais, o mesmo já estava ameaçado de morte por denunciar a depredação da natureza e o meio ambiente naquele município, envolvendo a mineradora norueguesa Hidra, e com um agravante, o líder comunitário já havia pedido proteção policial pelas constantes ameaças de morte, e lhe foi negado tal pedido de proteção, o que resultou no seu assassinato, a imprensa nacional se limitou apenas em publicar "mais um assassinato de uma liderança comunitária" no estado do Pará.
Não houve nenhuma manifestação, e comoção explícita de representantes políticos, artista, autoridades, lideranças comunitárias, em protesto contra o assassinato do anônimo líder comunitário, que em vida, defendia a proteção da natureza e do meio ambiente, bens necessários e indispensáveis para a nossa sobrevivência.
Sem falar também, nos "Guardiães da sociedade" que são os policiais que tombam todos os dias no Brasil por mãos de assassinos covardes, como os que ceifaram a vida da vereadora Marielle.
É para refletir !
O que vale mais, a vida do ser humano seja ele quem for, ou posição de destaque no mundo ?
Valter Desiderio Barreto.
Belém, Pará, 15 de março de 2018.
Postar um comentário