"É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, que poderia levar a uma guerra nuclear a qualquer momento", afirma o jornal em seu editorial.
Por G1
A Coreia do Norte classificou como "belicistas" Estados Unidos e Coreia do Sul neste domingo (3), na véspera do início de suas manobras aéreas conjuntas mais importantes até agora.
O exercício "Vigilant Ace", que mobilizará cerca de 230 aviões, entre
eles caças invisíveis F-22 Raptor, começa nesta segunda-feira (4) e vai
durar cinco dias.
Será realizado apenas poucos dias depois de o regime
norte-coreano ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM).
O artefato teria capacidade de atingir os Estados Unidos.
O jornal Rodong do Partido único no poder na Coreia do Norte denunciou essas manobras.
"É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte,
que poderia levar a uma guerra nuclear a qualquer momento", afirma o
jornal em seu editorial.
"Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam melhor em lembrar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido quanto um ato para precipitar sua autodestruição", acrescentou.
No sábado, o Ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou a
administração de Donald Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer
custo" com essa simulação aérea.
Recentemente, o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster,
considerou que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte se
reforçava.
"Acredito que aumenta cada dia, o que significa [...] que estamos em um
corrida para solucionar o problema", disse ele, durante um foro.
"Há maneiras de enfrentar esse problema fora de um conflito armado, mas
é uma corrida, porque se aproxima cada vez mais [da chegada].
Não resta
muito tempo", advertiu.
Lançamento.
O anúncio do lançamento foi feito na terça-feira (28) pela agência Yonhap News, da Coreia do Sul.
De acordo com o Pentágono, uma avaliação inicial indica que se trata de
um míssil balístico intercontinental (ICBM), que voou por mil
quilômetros até cair no Mar do Japão.
O órgão militar americano afirmou que o disparo não representou uma
ameaça aos EUA, seus territórios ou aliados, mas atingiu maior altitude
do que todos os disparos anteriores realizados pelo país.
O míssil, que foi disparado na terça no Mar de Japão, voou mais de 900
km alcançando mais de 4.000 km de altitude, o que representa a máxima
altura atingida até o momento por um projétil norte-coreano e indica um
novo e perigoso avanço para o programa de armas do regime.
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