Segundo o órgão, e-mail com comprovante de compra prova relação entre Jacob Barata Filho e ministro do STF
Por G1 Rio
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro e procuradores regionais
da República da 2ª Região que atuam no caso em segunda instância
encaminharam ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofício que
traz novas evidências da proximidade de relação entre o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o empresário Jacob Barata
Filho.
As evidências, segundo o MPF, indicam a compra de flores
enviadas para Gilmar e sua mulher pelo empresário de Jacob Barata Filho.
Segundo a assessoria de imprensa do MPF, na análise de e-mails de
Barata Filho, autorizada pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro no curso
da operação Ponto Final, foi localizada mensagem com a confirmação de
pedido de entrega de flores ao casal Guiomar e Gilmar no mesmo endereço
que consta no aparelho celular do empresário como sendo de Guiomar
Mendes, esposa do ministro.
O pedido de envio das flores foi realizado
em 23 de novembro de 2015.
A pedido dos procuradores, em 21 de agosto o procurador-geral suscitou à
presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, duas arguições de
impedimento, suspeição e incompatibilidade do ministro Gilmar Mendes em
habeas corpus impetrados pelos empresários Jacob Barata Filho e Lélis
Marcos Teixeira.
O pedido de suspeição e de anulação de todas as decisões serão analisado pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.
Procurado, o ministro Gilmar Mendes respondeu: "As regras de
impedimento e suspeição às quais os magistrados estão submetidos estão
previstas no artigo 252 do CPP, cujos requisitos não estão preenchidos
no caso".
Na semana anterior, ao participar de um evento em Brasília, Gilmar
questionou se ser padrinho de casamento de alguém impede um juiz de
julgar um caso.
"Vocês acham que ser padrinho de casamento impede alguém
de julgar um caso?
Vocês acham que isto é relação íntima, como a lei
diz?
Não precisa responder", afirmou na ocasião.
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