Ex-presidente ironizou Ministério Público e disse que órgão vê 'crimes' em indicações políticas para cargos no governo. Ele depôs como testemunha em ação contra Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou, em depoimento à
Justiça, a suspeita de que nomeava pessoas para cargos no governo ciente
de que haveria um suposto compromisso delas em desviar recursos para
partidos políticos.
Ao falar numa ação contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na última
sexta-feira (7), o petista criticou o modo como, segundo ele, o
Ministério Público faz as acusações contra políticos pela corrupção na
Petrobras.
Durante as investigações da Operação Lava Jato e em diversas denúncias,
os procuradores apontaram a existência de um núcleo na direção de
estatais que, segundo eles, eram indicados pelos partidos para garantir o desvio de recursos para os políticos.
“Vou tentar explicitar porque o Ministério Público, em todas as
acusações, ele acha criminoso os partidos indicarem pessoas.
Numa outra
encarnação, nós vamos só indicar só gente do Ministério Público”, disse.
Ele respondia a questão sobre como funcionavam as indicações de
partidos para cargos-chave no governo e explicou que quando um candidato
é eleito, compõe a administração com pessoas indicadas pelos partidos.
“Acontece que quando você é eleito, é eleito com grupo de forças
políticas que lhe apoiam.
Essas forças políticas é que participam da
montagem do governo.
Nesse instante, o PP indicou o Paulo Roberto
[Costa], que era homem de carreira da Petrobras, profissional que não
pesava sobre ele acusação sobre nada.
Era tido como homem extremamente
competente.
Então, se ele cometeu algum desvio depois da ascensão dele, é
outro problema”, afirmou Lula.
No processo, Gleisi e o marido, Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento de Lula, são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, os dois receberam R$ 1 milhão, liberados
pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para a
campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
Lula depôs como testemunha de defesa da senadora e afirmou que não
houve participação dela e do marido na indicação de Paulo Roberto.
Disse
que o ex-diretor foi indicado pelo Partido Progressista.
“Eu quero ressaltar que o Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento
não tem nenhuma influência na indicação de gente da Petrobras.
Nunca
comentou e nem deveria comentar [...] Nenhuma influência tinha a
senadora Gleisi Hoffmann.
E o Ministério do Planejamento não tinha nada a
ver com as indicações na Petrobras”, afirmou.
Num momento posterior do depoimento, Lula, porém, negou que houvesse divisão dos cargos entre os partidos políticos.
“Não é divisão de cargos-chave para partidos políticos.
Se for olhar no
regime democrático no mundo inteiro, todos os países do mundo,
inclusive o Brasil, se você disputa eleição fazendo aliança política com
outros partidos, é normal e razoável que ao montar o governo, você
indique para os cargos importantes da República as pessoas que te
ajudaram a ganhar a eleição”, explicou.
Lula também disse que não conhecia Paulo Roberto Costa quando ele foi
indicado para a Diretoria de Abastecimento pelo PP, em 2004.
“O
presidente necessariamente não é obrigado a conhecer a pessoa”.
Um comentário:
LULA QUER VOLTAR DO ALÉM (INFERNO) PARA GOVERNAR O BRASIL NOVAMENTE
Se o Lula já tivesse lido a parábola do Rico e Lázaro, perderia a esperança de voltar a ser presidente do Brasil ou de qualquer outro lugar do mundo.
Parábola do rico e do Lázaro
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
Lucas capítulo 16: 19 a 31.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 11 de julho de 2017, às 10:40.
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