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sexta-feira, setembro 02, 2016

A mineradora Vale está matando o rio Parauapebas



 
A evolução das cidades mineradoras e suas consequências


INTRODUÇÃO


A exploração mineral faz presente hoje, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores minerais do mundo. 

Esse grande potencial resulta na contínua abertura de minas por todo o território nacional. 

A atividade mineira corresponde a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), e emprega diretamente cerca de 100 mil pessoas e outras 500 mil estão ligadas indiretamente ao setor. 

Apesar da prosperidade trazida pela exploração mineral, a atividade também acarreta em consequências negativas para a área onde se encontram. 
 

A atividade tem como seu malefício mais conhecido a degradação ambiental.

  
A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA GERADA PELA ATIVIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS. 

Esse processo é conhecido como “enclave econômico” e também pode ocorrer em áreas prioritariamente industriais.

Além da dependência econômica, a mineração apresenta outro fator negativo, a limitação de suas atividades. 

Isso quer dizer que uma mina possui um tempo limite para sua exploração. 

O esgotamento de uma jazida, quase sempre resulta em desemprego e subutilização da infraestrutura implantada. 

Esses problemas, somados à degradação do meio ambiente, impactam o desenvolvimento da região mineradora.
 

Esse cenário desolador pode ser evitado ou revertido, desde que a atividade mineradora seja praticada de maneira consciente e planejada.

Em geral a mineração pode ser considerada uma atividade de extração de minerais que possuam valor econômico. 

A atividade foi fundamental para o desenvolvimento da humanidade e hoje ainda apresenta extrema importância tendo em vista que fornece matéria prima base para a indústria. 

Todos os produtos têm origem mineral, desde os mais simples aos mais complexos, cosméticos, eletro-eletrônicos, meios de transporte e computadores, todos têm algum mineral como matéria-prima.

O Brasil apresenta grande potencial mineral, suas principais reservas são de o nióbio, minério de ferro (segundo maior produtor mundial), tantalita, manganês, entre outros. 

Sendo um país continente, apresenta, em seus mais de 8,5 milhões de km2, uma grande diversidade de terrenos e formações geológicas que lhe conferem o status de possuir um dos maiores potenciais minerais do mundo. 

Esta característica, internacionalmente reconhecida, é de certa forma refletida na importância e na variedade da produção mineral brasileira, que tem grande destaque internacional: o Brasil é um dos principais produtores de minerais do mundo e registra oficialmente a produção de 83 substâncias minerais diferentes, apesar de, até o momento, haver explorado predominantemente depósitos superficiais e subaflorantes.
 

O potencial geológico do país é significativo, una vez que possuem a maior reserva mundial de nióbio com 88,3% dos depósitos existentes; a segunda maior reserva do caulim com 14,1% dos depósitos; a terceira maior reserva de bauxita com 12,2%; possui também a quinta maior reserva de minero de ferro com 8,3% e a sexta maior de estanho com 7,5%. 

A mineração corresponde a cerca de 3% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).   

 
Os empreendimentos minerais desenvolvem regiões desfavorecidas, muitas vezes tendo que investir em infraestrutura e cria novos núcleos urbanos.

A mão-de-obra empregada diretamente é de cerca de 100 mil pessoas e outras 500 mil estão ligadas informalmente ao setor. 

A mineração é, portanto, um setor de profunda importância para o país, pois, além do que já representa para a economia atual, tem potencial de crescimento. 

Esse potencial se deve ao fato de que o país possui importante depósito mineral ainda não explorado.
 

A produção brasileira de minério e ferro atinge aproximadamente 145 milhões de toneladas anuais, das quais cerca de 70% se destinam ao mercado externo e correspondem a mais de 80% das exportações minerais brasileiras. 

A Europa ocidental e o Japão são os principais compradores. 

Além do ferro, o Brasil produz e exporta muitos outros minerais, com destaque para a bauxita, o manganês e a cassiterita. 


O QUE ACONTECEU EM ITABIRA PODERÁ ACONTECER EM PARAUAPEBAS SE PROVIDÊNCIAS URGENTES NÃO FOREM TOMADAS.


O Município de Itabira encontra-se no estado de Minas Gerais, à 111 km da capital Belo Horizonte. 


Fazem parte do Município os distritos de Itabira, Ipoema e Senhora do Carmo. 

A população total é de 105.159 (2007), em uma área de 1.305km2. 
 

Itabira desenvolveu um grave problema econômico, toda a demanda de desenvolvimento foi monopolizada pela mineração, o que acabou inibindo outros empreendedores e atividades desvinculadas da matriz geradora de empregos. 

O resultado foi a situação de dependência econômica que se implantou em Itabira, fazendo com que quase a totalidade do mercado de trabalho dependesse da mineração. 
 

Hoje, a mineração em Itabira representa de forma direta aproximadamente 80% do mercado de trabalho e indiretamente 19%. 

A diversificação comercial deveria ter sido estimulada no momento da entrada da mineradora na região. 

Agora, com o possível encerramento das atividades da Vale, a cidade tem que se preparar para não prejudicar seu desenvolvimento econômico e a qualidade de vida local.
 

A saída da empresa irá resultar na redução da oferta de trabalho local. 

Mesmo com as possíveis diversificações econômicas, haverá grande redução das atividades e, consequentemente, haverá perda de arrecadação municipal. 

A região tradicionalmente produtora de minério de ferro é o município mineiro com maior arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) devido ás atividades da VALE. 

Ali, a empresa mantém uma das maiores minas a céu aberto de minério de ferro do mundo. 

A mineração em Itabira emprega direta e indiretamente cerca de 4 mil pessoas. 

A atividade rende uma receita de aproximadamente R$ 150 milhões anuais, 75% da arrecadação total do município. 

Em Itabira está a maior jazida de esmeralda do Brasil, de propriedade da Belmont Mineradora.
 

A mineração alterou a paisagem de Itabira, dando novo perfil topográfico às serras agora descaracterizadas. 

A questão da água também é séria, uma vez que a necessidade de rebaixar o lençol freático cada vez que a mineração o atinge, comprometeu as nascentes existentes e o abastecimento de água para a população, sem falar na poluição dos córregos e do solo causada pela lavagem do minério.

GRANDE CARAJÁS: PLANEJAMENTO DA DESTRUIÇÃO.

Tragédia anunciada.

No capítulo 20 do livro Grande Carajás, do autor Orlando Valverde, o geólogo responsável pela pesquisa encomendada pelo governo do então Presidente Figueiredo sobre os impactos ambientais e sociais que a implantação do PGC - Projeto Grande Carajás, que o mesmo concluíra que seria inviável tal projeto, ele já prenunciava o que está acontecendo hoje, no município de Parauapebas.

"Por exemplo: no alto rio Doce, a devastação generalizada da cobertura florestal numa região de relevo enérgico provocou fenômenos violentos de erosão acelerada, enchentes avassaladoras, assoreamento de leitos fluviais...


As inversões de temperatura, acentuadas com a remoção das matas, causam agora densa poluição atmosférica, pelos "finos" em suspensão no ar, na cidade de Itabira, como ademais em todas as vizinhanças da área de mineração. 

No outro extremo da E.F. Vitória-Minas, o material fino levantado na ponta do Tubarão é arrastado pelos ventos do quadrante norte, aí predominantes (alísios de retorno), e vão poluir o ar com o pó de ferro na capital capixaba.


Na praia de Camburi, outrora a mais sofisticada da cidade, formou-se um banco de ferrugem paralelo às areias, que tornou desagradáveis, senão inviáveis, os banhos de mar". 


Em Parauapebas todos nós, expiramos 24 horas do dia, esse pó de ferro citado no relatório do geólogo Orlando Valverde. 


Na pagina 31, está a seguinte afirmação do grande geólogo Orlando Valverde.


"Além da falta de recursos hídricos, o PGC está contribuindo para agravar fortemente o problema da poluição ambiental.


:Parauapebas está situado exatamente no sopé da serra dos Carajás, onde, durante as invasões de massas frias, no semestre de inverno (quando tinha inverno e verão em Parauapebas), ocorrem inversões de  temperatura. 


Já na curta viagem de reconhecimento, realizada por uma equipe técnica em outubro de 1985, foi possível comprovar esse fenômeno, pela ocorrência de denso nevoeiro. 

Hoje não existe mais nevoeiro em Parauapebas.


Nessas oportunidades, o ar úmido, pesado, fica aprisionado, sem subir, durante vários dias. 


Impregnado de fuligem, ele formará o "smog" que além de prejudica as saúde da população local, irá anular grande parte do esforço promovido pela Cia. Vale do Rio Doce para preservar as condições ambientais".


Na página 109, para finalizar as referência que constam nesse livro revelações estarrecedoras da irresponsabilidade do governo federal ignorar tal relatório de um profissional do nível de Orlando Valverde consta mais uma de suas afirmações que diz assim:  

"Nas terras desprovidas da cobertura florestal e submetidas aos aguaceiros que sucedem à época das queimadas, estabelecem-se: a erosão acelerada dos solos; a lixiviação, que é o arrastamento das bases solúveis do húmos, por dissolução, para o lençol freático e daí para os rios; a iluviação, ou seja, a descida de partículas finas, sobretudo das frações argila e silte, para os horizontes inferiores dos perfis de solo. 


Os rios aumentam sua carga sólida e entulham-se de sedimentos.

O rio Araguaia, que já era conhecido por suas extensas praias e "c´roas" (bancos de areia), parece cada dia mais afetado por esse fenômeno.
O próprio clima local fica alterado.


Sem o manto protetor da floresta, a irradiação solar incide diretamente sobre o solo desnudo, provocando um brutal aquecimento do ar, em contato com ele, durante o dia.

Em consequência, a subida do ar (convecção) vai provocar instabilidade atmosférica.

À noite, o solo se resfria depressa, muito mais do que quando se encontrava sob a mata.

Há, portanto, um sensível aumento da amplitude térmica diária e uma tendência à acentuação dos curtos aguaceiros. 

Como um reflexo, os regimes fluviais exageram suas enchentes e vazantes, que tendem a tornar-se torrenciais.

Do lado diretamente agredido, isto é, da floresta, verifica-se o desaparecimento de espécies botânicas. 

Esse empobrecimento não é apenas florístico; é também econômico.

Espécie de alto valor comercial estão agora ameaçado de extinção, como: o mogno que era particularmente abundante nas florestas dos vales do Tocantins e do Araguaia". 

Finalizando nosso alerta sobre os males que as mineradoras,  provocam contra a natureza e o meio ambiente, e principalmente a Vale, se as autoridades do Estado do Pará não tomarem uma atitude enérgica e urgente para a recuperação do rio Parauapebas que está agonizando, brevemente nosso município se transformará em uma cidade fantasma, a semelhança de Serra do Navio no Amapá.   
 
 
Fontes: Grande Carajás: Planejamento da Destruição e  Logomarca TecHoje








Primeiro foi a morte precoce do rio denominado "Ilha do Coco", agora conhecido por "Sebosinho"

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