Toneladas de remédios estavam em depósito da Secretaria de Saúde.
Delegacia do Consumidor irá investigar responsáveis por desperdício.
Virou caso de polícia a apreensão das mais de 300 toneladas de
medicamentos e equipamentos cirúrgicos com prazo de validade vencido em
depósito da Secretaria de Estado de Saúde.
A Delegacia do Consumidor abriu inquérito para investigar quem são os responsáveis pelo desperdício, como mostrou a GloboNews nesta quarta-feira (24).
Somadas às outras toneladas já incineradas na Central Geral de Abastecimento (CGA), o descarte de medicamentos já passa das 1 mil toneladas.
Na época, o prejuízo foi calculado em R$ 2 milhões.
O material encontrado nesta segunda ainda terá valor calculado.
Durante uma inspeção no local, na tarde da última segunda-feira (22), no bairro Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, o deputado estadual Pedro Fernandes (PMDB) encontrou todos os materiais prontos para serem incinerados.
O lugar é o mesmo onde, em janeiro, mais de sete mil itens que deveriam ser usados em cirurgias vencidos.
Medicamentos estavam estocados na Central Geral de Abastecimento, em Niterói (Foto: Reprodução)
"Para nossa perplexidade, é um mundo. Os medicamentos estão prontos para serem incinerados.
Além das 700 toneladas descartadas, encontramos mais 300 toneladas, a princípio.
Faremos o pedido de prisão dos envolvidos", afirmou, na segunda-feira, ao G1 Pedro Fernandes.
Também participaram da inspeção o atual superintendente da Secretaria de Saúde e representante do consórcio Log Rio, responsável pela administração do local.
O consórcio é formado pelas empresas Facility e Prol.
Segundo informou ao G1 o deputado, os representantes do consórcio afirmaram que repassavam, mensalmente, um relatório à Secretaria de Saúde informando quais eram os medicamentos que estavam prestes a vencer.
Além do pedido de prisão e responsabilização dos agentes públicos envolvidos, o parlamentar disse que pretende descobrir o porquê dos medicamentos não terem sido disponibilizados à população.
No local, estavam remédios vencidos desde 2009 e pelos anos seguintes, até 2015.
Secretaria culpa gestão anterior
Em nota, o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., que assumiu a pasta em 4 de janeiro de 2016, disse que tomou a decisão de exonerar os profissionais que faziam parte da Corregedoria, por se tratar de cargo de confiança, que não recebeu qualquer relatório do trabalho da antiga equipe da Corregedoria e que "desconhece que qualquer processo tenha sido enviado ao Ministério Público".
"Cabe ressaltar que a atuação da antiga equipe da Corregedoria não impediu que houvesse o vencimento de materiais – as incinerações compreenderam produtos vencidos desde 2009 e ao longo do ano de 2015", diz o texto enviado pela assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a secretaria, o superintendente de Armazenagem e Distribuição, além de outros profissionais do setor, que ocupavam os cargos desde 2011, inclusive na gestão do antigo secretário Felipe Peixoto, foram exonerados e substituídos no início de 2016.
A secretaria diz ainda que abriu uma sindicância para realizar um levantamento de todo material em estoque, quando o MP-RJ constatou a existência de materiais vencidos em estoque, em janeiro deste ano (veja a íntegra abaixo).
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A Delegacia do Consumidor abriu inquérito para investigar quem são os responsáveis pelo desperdício, como mostrou a GloboNews nesta quarta-feira (24).
Somadas às outras toneladas já incineradas na Central Geral de Abastecimento (CGA), o descarte de medicamentos já passa das 1 mil toneladas.
Na época, o prejuízo foi calculado em R$ 2 milhões.
O material encontrado nesta segunda ainda terá valor calculado.
Durante uma inspeção no local, na tarde da última segunda-feira (22), no bairro Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, o deputado estadual Pedro Fernandes (PMDB) encontrou todos os materiais prontos para serem incinerados.
O lugar é o mesmo onde, em janeiro, mais de sete mil itens que deveriam ser usados em cirurgias vencidos.
Medicamentos estavam estocados na Central Geral de Abastecimento, em Niterói (Foto: Reprodução)
"Para nossa perplexidade, é um mundo. Os medicamentos estão prontos para serem incinerados.
Além das 700 toneladas descartadas, encontramos mais 300 toneladas, a princípio.
Faremos o pedido de prisão dos envolvidos", afirmou, na segunda-feira, ao G1 Pedro Fernandes.
Também participaram da inspeção o atual superintendente da Secretaria de Saúde e representante do consórcio Log Rio, responsável pela administração do local.
O consórcio é formado pelas empresas Facility e Prol.
Segundo informou ao G1 o deputado, os representantes do consórcio afirmaram que repassavam, mensalmente, um relatório à Secretaria de Saúde informando quais eram os medicamentos que estavam prestes a vencer.
Além do pedido de prisão e responsabilização dos agentes públicos envolvidos, o parlamentar disse que pretende descobrir o porquê dos medicamentos não terem sido disponibilizados à população.
No local, estavam remédios vencidos desde 2009 e pelos anos seguintes, até 2015.
Secretaria culpa gestão anterior
Em nota, o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., que assumiu a pasta em 4 de janeiro de 2016, disse que tomou a decisão de exonerar os profissionais que faziam parte da Corregedoria, por se tratar de cargo de confiança, que não recebeu qualquer relatório do trabalho da antiga equipe da Corregedoria e que "desconhece que qualquer processo tenha sido enviado ao Ministério Público".
"Cabe ressaltar que a atuação da antiga equipe da Corregedoria não impediu que houvesse o vencimento de materiais – as incinerações compreenderam produtos vencidos desde 2009 e ao longo do ano de 2015", diz o texto enviado pela assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a secretaria, o superintendente de Armazenagem e Distribuição, além de outros profissionais do setor, que ocupavam os cargos desde 2011, inclusive na gestão do antigo secretário Felipe Peixoto, foram exonerados e substituídos no início de 2016.
A secretaria diz ainda que abriu uma sindicância para realizar um levantamento de todo material em estoque, quando o MP-RJ constatou a existência de materiais vencidos em estoque, em janeiro deste ano (veja a íntegra abaixo).
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