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quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Polícia abre inquérito para apurar descarte de medicamentos no RJ

Toneladas de remédios estavam em depósito da Secretaria de Saúde. 

Delegacia do Consumidor irá investigar responsáveis por desperdício.

Do G1 Rio
Virou caso de polícia a apreensão das mais de 300 toneladas de medicamentos e equipamentos cirúrgicos com prazo de validade vencido em depósito da Secretaria de Estado de Saúde.

A Delegacia do Consumidor abriu inquérito para investigar quem são os responsáveis pelo desperdício, como mostrou a GloboNews nesta quarta-feira (24).

Somadas às outras toneladas já incineradas na Central Geral de Abastecimento (CGA), o descarte de medicamentos já passa das 1 mil toneladas. 

Na época, o prejuízo foi calculado em R$ 2 milhões.

O material encontrado nesta segunda ainda terá valor calculado.

Durante uma inspeção no local, na tarde da última segunda-feira (22), no bairro Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio,  o deputado estadual Pedro Fernandes (PMDB) encontrou todos os materiais prontos para serem incinerados.

O lugar é o mesmo onde, em janeiro, mais de sete mil itens que deveriam ser usados em cirurgias vencidos.

Medicamentos estavam estocados na Central Geral de Abastecimento, em Niterói (Foto: Reprodução)
Medicamentos estavam estocados na Central Geral de Abastecimento, em Niterói (Foto: Reprodução)

"Para nossa perplexidade, é um mundo. Os medicamentos estão prontos para serem incinerados. 

Além das 700 toneladas descartadas, encontramos mais 300 toneladas, a princípio. 

Faremos o pedido de prisão dos envolvidos", afirmou, na segunda-feira, ao G1 Pedro Fernandes.

Também participaram da inspeção o atual superintendente da Secretaria de Saúde e representante do consórcio Log Rio, responsável pela administração do local. 

O consórcio é formado pelas empresas Facility e Prol.

Segundo informou ao G1 o deputado, os representantes do consórcio afirmaram que repassavam, mensalmente, um relatório à Secretaria de Saúde informando quais eram os medicamentos que estavam prestes a vencer.

Além do pedido de prisão e responsabilização dos agentes públicos envolvidos, o parlamentar disse que pretende descobrir o porquê dos medicamentos não terem sido disponibilizados à população.

No local, estavam remédios vencidos desde 2009 e pelos anos seguintes, até 2015.

Secretaria culpa gestão anterior


Em nota, o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., que  assumiu a pasta em 4 de janeiro de 2016, disse que tomou a decisão de exonerar os profissionais que faziam parte da Corregedoria, por se tratar de cargo de confiança, que não recebeu qualquer relatório do trabalho da antiga equipe da Corregedoria e que "desconhece que qualquer processo tenha sido enviado ao Ministério Público".

"Cabe ressaltar que a atuação da antiga equipe da Corregedoria não impediu que houvesse o vencimento de materiais – as incinerações compreenderam produtos vencidos desde 2009 e ao longo do ano de 2015", diz o texto enviado pela assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com a secretaria, o superintendente de Armazenagem e Distribuição, além de outros profissionais do setor, que ocupavam os cargos desde 2011, inclusive na gestão do antigo secretário Felipe Peixoto, foram exonerados e substituídos no início de 2016.

A secretaria diz ainda que abriu uma sindicância para realizar um levantamento de todo material em estoque, quando o MP-RJ constatou a existência de materiais vencidos em estoque, em janeiro deste ano (veja a íntegra abaixo).

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