Rotorua é conhecida por atividade termal e piscinas naturais borbulhantes.
Fumaça branca sai até de bueiros e vários pontos da cidade.
É preciso deixar de lado a frescura com cheiros estranhos e ignorar o susto ao ver fumaça saindo do chão, das pedras e dos bueiros para conseguir andar em paz em Rotorua, na Nova Zelândia.
Situada em um dos campos de maior atividade geotermal do mundo, a cidade exala um cheiro de enxofre, mas presenteia seus visitantes com parques com gêiseres, piscinas de enxofre e de lama borbulhantes e tratamentos terapêuticos e de beleza naturais. Em muitos pontos, a fumaça branca não só faz parte da paisagem como é a principal atração.
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Localizada no Anel de Fogo do Pacífico, Rotorua recebe turistas desde o século XIX por suas peculiaridades não existentes em outros lugares.
Há dezenas de vulcões inativos na região, além de outros próximos que ainda registram atividade – da cidade sai um dos passeios de helicóptero para o White Island, único vulcão marinho ativo do país.
A cidade também tem uma forte cultura maori, o povo nativo neozelandês. Um dos parques termais mais importantes, o Te Puia, é administrado justamente pelos descendentes dos maoris – muitos dos guias têm ligações diretas com os moradores mais antigos da região.
A área fica sobre a antiga caldeira de um vulcão, em uma região em que o magma, camada de rochas derretidas sob a crosta terrestre, fica muito perto da superfície, elevando as temperaturas.
A região também abriga um aquífero – o calor de dentro da terra tenta sair para a superfície e faz muita pressão contra a água, que se torna gasosa e é expelida, condensando novamente ao encontrar a atmosfera.
A água então volta a entrar nos buracos na terra, recomeçando todo o processo.
A
principal atração é o gêiser Pohutu, que entra em atividade
naturalmente cerca de 20 vezes por dia e cuja erupção alcança até 30
metros de altura (Foto: Divulgação/Te Puia)
A principal atração é o gêiser Pohutu, que entra em atividade naturalmente cerca de 20 vezes por dia e cuja erupção alcança até 30 metros de altura.
Os visitantes podem ficar em uma plataforma a poucos metros dele – o mais próximo que se pode ficar de um gêiser do tipo.
Além da beleza de sua atividade, o Pohutu também é um dos gêiseres mais confiáveis do mundo.
As erupções podem ter alguns minutos ou persistir por dias.
A maior registrada até hoje durou mais de 250 dias, entre 2000 e 2001.
Segundo a cultura maori, o gêiser é visto como um presente dos deuses.
Fumaça branca saindo das pedras é constante nos parques termais e em muitas partes da cidade (Foto: Juliana Cardilli/G1 )
Após o jantar é possível ter uma visão noturna do gêiser Pohutu, sentado sobre pedras que formam uma arquibancada e esquentam os visitantes nas noites frias com o calor natural que vem de dentro da Terra.
O parque geotermal de Hells Gate, em Rotorua, na Nova Zelândia (Foto: Divulgação/Hells Gate)
A intensa atividade geotermal também atrai quem procura terapias para o corpo, tanto curativas quando para a beleza. Outro parque famoso da cidade, o Hells Gate, reúne dezenas de piscinas termais de todos os tipos – algumas bem perigosas para os humanos – e tem um spa no qual os visitantes podem cobrir seu corpo de lama, relaxar em uma piscina água mineral e enxofre e fazer massagens especiais.
Hells Gate tem piscinas de enxofre e altas temperaturas (Foto: Juliana Cardilli/G1)
É possível fazer um trajeto a pé de 2,5 km passando por várias delas. Algumas têm nomes sugestivos e divertidos – como Devils Bath (banho do diabo), com temperatura de 70ºC, Sodoma e Gomorra, que passam dos 100ºC e têm erupções que podem alcançar dois metros de altura e a Devils Cauldron (caldeirão do diabo), uma piscina de lama com temperatura de 120ºC e borbulhas constantes.
Algumas piscinas naturais têm composição perigosa e poderiam dissolver um corpo humano (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Algumas
das piscinas naturais do Hells Gate têm nomes sugestivos, como o
conjunto que se chama Inferno e tem as piscinas de Sodoma e Gomorra
(Foto: Divulgação/Hells Gate)
Ela é extraída da piscina natural e levada para outra artificial, de água quente, onde os visitantes podem relaxar e aplicar camadas no corpo e no rosto, rendendo momentos divertidos.
Piscina
natural de lama tem temperatura de 120ºC e borbulhas constantes; é dela
que sai a lama usada nos tratamentos terapêuticos' (Foto: Juliana
Cardilli/G1)
Depois dela – é permitido ficar até 20 minutos na primeira piscina – a orientação é tomar um banho de água gelada, que ajuda a restaurar a circulação do corpo mas é bastante difícil, devido às baixas temperaturas médias do país, e seguir para uma segunda piscina quente.
Esta tem enxofre em sua composição, também considerado benéfico para a saúde, indicado para o tratamento de reumatismo, artrite, alergias e doenças de pele.
Ele ainda atua na pele, promovendo uma limpeza mais profunda, deixando-a mais macia.
Assim como no Te Puia, o Hells Gate também tem um longo histórico de integração com a cultura maori – acredita-se que os nativos neozelandeses já explorassem os recursos do local, como a lama e a água termal, para uso medicinal e curativo há mais de 700 anos.
Lama retirada das piscinas naturais é utilizada em tratamentos para a pele (Foto: Divulgação/Hells Gate)
Depois
da lama, é possível relaxar em uma piscina de água quente que tem
enxofre em sua composição, também considerado benéfico para a saúde,
indicado para o tratamento de reumatismo, artrite, alergias e doenças de
pele (Foto: Divulgação/Hells Gate)
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