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sexta-feira, março 13, 2015

Battisti é preso pela PF em São Paulo

Advogado diz que ele estava em casa, em Embu, com a mulher e a filha.
Ex-ativista foi condenado na Itália por homicídio; ele nega o crime.

 

Do G1 São Paulo
O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (12) em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio. 

Em entrevista à Globo News em abril do ano passado, Battisti negou as acusações: "nunca matei ninguém."

O advogado que defende Battisti, Igor Tamasauskas, chegou a dizer na portaria da PF em São Paulo, por volta das 20h15, que tinha obtido a libertação de seu cliente. 

Mas, 15 minutos depois, ele se corrigiu e afirmou que foi confundido pelo oficial de Justiça que trouxe o alvará de soltura de outro italiano.

Pedido de deportação
A juíza federal de Brasília Adverci Rates Mendes de Abreu atendeu, no início de março, ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) e considerou nulo o ato do governo federal que concedeu permanência no Brasil a Battisti.


A magistrada determinou que a União inicie o procedimento de deportação para a França ou para o México, países pelos quais ele passou após fugir da Itália e antes de chegar ao Brasil. 

Na avaliação dela, Battisti está no Brasil em condição irregular.

Por volta das 20h, Battisti deixou o Instituto Médico-Legal (IML), onde passou por exame.

A Polícia Federal informou que ele permanecerá na Superintendência Regional da PF em São Paulo, na Zona Oeste da cidade, até a deportação ser efetivada.

 

Eu não fui sequer intimado da decisão. 
 
Não existe essa hipótese no direito processual brasileiro. 
 
Acreditamos que isso é um absurdo, é um absurdo, é uma violência tremenda contra Cesari Battisti"
Igor Tamasauskas,
advogado que defende Battisti
Na sede da PF, o advogado disse que "a decisão é absurda."  

"Ele está sereno e revoltado", afirmou Tamasauskas. 

"Eu não fui sequer intimado da decisão. 

Não existe essa hipótese no direito processual brasileiro. 

Acreditamos que isso é um absurdo, é um absurdo, é uma violência tremenda contra Cesari Battisti", disse o advogado.

Condenação.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. 


Em 2004, fugiu para o Brasil e foi preso em 2007. 

A Itália pediu extradição, e o Supremo concordou, mas destacou que a extradição é competência do presidente da República.

Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou Battisti alvo de perseguição e negou a extradição. 

O Supremo voltou a discutir o caso, mas considerou que a decisão do presidente tinha que ser respeitada.

Cabe recurso da decisão à própria juíza, ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. 


A defesa de Battisti disse que vai questionar à própria magistrada o que chamam de "vício" da decisão por contrariar entendimentos anteriores do presidente da República e do Supremo.

Situação de Battisti
Para o MPF, o governo federal fez uma "desesperada tentativa" de regularizar a situação de Battisti quando o Conselho de Imigração do Ministério do Trabalho e
Emprego concedeu ao ex-ativista autorização de permanência no país.

Para a Procuradoria, o ato de concessão foi ilegal, porque a legislação proíbe concessão de visto a estrangeiro condenado em outro país. 

Por conta disso, pediu a deportação para países de procedência de Battisti depois que fugiu para Itália para o Brasil – México e França.

No processo, a União argumentou que a Procuradoria tenta rediscutir uma decisão tomada pelo presidente e confirmada pelo Supremo.

Para a juíza, o conselho de imigração contrariou a lei ao conceder a permanência. Além disso, ela afirma que não se pode confundir deportação com extradição. 


A deportação visa enviar o estrangeiro ao seu país de origem ou procedência caso esteja em situação irregular, enquanto a extradição é determinada para permitir o cumprimento de uma pena.

A magistrada afirma que a deportação de Battisti não afrontaria a decisão de Lula e nem a do Supremo.

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