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quinta-feira, setembro 11, 2014

Cantareira opera abaixo de 10% pela 1ª vez após retirada do volume morto

Nível do sistema atingiu índice de 9,8% nesta quarta-feira (10).
 

Reserva das represas Jaguari-Jacareí e Atibainha já é retirada pela Sabesp.

 

Do G1 São Paulo
Mesmo com a captação de água da reserva técnica das represas Jaguari-Jacareí e Atibainha, o nível do Sistema Cantareira atingiu índice de 9,8% nesta quarta-feira (10), segundo medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). 

Esta é a primeira vez que o nível dos reservatórios fica abaixo dos 10% desde o início da exploração do chamado volume morto, em maio.

O Cantareira abastece, atualmente, cerca de 6,5 milhões de pessoas só na Grande São Paulo

A Sabesp admite que a situação é crítica por causa da falta de chuva desde o início do ano, mas afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que tem adotado medidas para o problema, como interligação dos sistemas, redução de perdas na distribuição, uso do volume morto e bonificação aos moradores que economizarem água.
Queda constante.

Quando a reserva técnica da Jaguari-Jacarei começou a ser usada, o nível do Cantareira subiu de 8,2% para 26,7% no dia 16 de maio. Segundo a Sabesp, com a entrada de 182,5 bilhões de litros de água do volume morto, foram acrescidos 18,5% sobre o volume total do sistema (982,07 bilhões de litros).


Mesmo assim, o sistema registrou 101 dias de queda. 

As represas tiveram recuperação após a chuva no início de setembro, mas voltaram a baixar depois disso. 

O sistema não consegue aumentar seu nível há 145 dias. 

Desde 25 de maio, quando o nível estava em 25,6% da capacidade das represas, foram mais de três meses com queda nos índices.

Em agosto, a Sabesp começou a retirar água da reserva técnica da Represa Atibainha, entre Mairiporã e Nazaré Paulista. 

O reservatório foi o segundo a ter a captação na área mais profunda, abaixo das comportas. 

Segundo a companhia, as novas ações já eram previstas, com custo total de R$ 80 milhões.

Um dos principais motivos para a constante queda é a seca que atinge o estado de São Paulo

O mês de agosto, a exemplo de outros seis meses do ano, terminou com chuva abaixo da média histórica. 

Foram 22,7 milímetros contra o esperado: 36,9 milímetros.

Dos oito meses completos do ano até agora, apenas em março choveu mais do que a média. 

Entre janeiro e agosto de 2014, a precipitação acumulada foi de 58% do esperado, o que agravou a crise no abastecimento da Grande São Paulo.

Os índices de chuva, no entanto, ainda estão dentro da média para setembro. 

Foram registrados, até esta quarta-feira, 30,1 milímetros nas represas que integram o Cantareira. 

O esperado até o fim do mês são 91,9 milímetros, levando em consideração a média histórica para o período.
Seca na represa Jaguari-Jacareí, na cidade de Bragança Paulista (SP), onde o índice de água armazenada no Sistema Cantareira é de apenas 12,5% da capacidade total. A Sabesp anunciou que deve retirar mais 106 bilhões de litros do volume morto do sistema (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo) 
Seca na represa Jaguari-Jacareí, em Brag. Paulista, em agosto (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)
 
 
Motivo da crise

A crise no Cantareira começou por causa da pouca chuva e das altas temperaturas no último verão. 


No inverno, segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, os níveis de chuva estão próximos do esperado para a estação.

“Todo o problema de abastecimento de água na Grande São Paulo é decorrente da falta de chuva que aconteceu especialmente no verão 2013/2014”, disse.

Segundo ela, a expectativa é de voltar a chover regularmente apenas em outubro. 

“O quadro de seca vai continuar. 

A expectativa é que a chuva comece a cair com alguma regularidade mais no final de setembro e principalmente em outubro”, diz. 

Ainda assim, a possibilidade de as chuvas atrasarem não está descartada.

O Sistema Cantareira é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. 

Elas ficam no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais

Juntas, as represas fornecem água, atualmente, para cerca de 6,5 milhões de pessoas na cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. 

Parte do interior do estado também recebe água do sistema.

Desde fevereiro, a Sabesp oferece bônus para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira que atingirem a meta de 20% de redução ou mais. 

Para esses consumidores, há desconto de 30% na conta. 

Dados da companhia, no entanto, mostram que bairros considerados de alto padrão tiveram a pior média de economia de água na capital no primeiro semestre de 2014.

A região dos Jardins, na Zona Oeste, foi a que menos reduziu o consumo na cidade entre janeiro e junho deste ano. 

Os bairros da região do Jaçanã, na Zona Norte, foram os que mais conseguiram reduzir a conta de água, com economia de 20,43% no primeiro semestre.

Barco fora da água após Represa de Nazaré Paulista baixar por causa da estiagem (Foto: Isabela Leite/G1)Barco fora da água após Represa de Nazaré Paulista baixar por causa da estiagem (Foto: Isabela Leite/G1)
 

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