Isso
é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 1 Timóteo
2:3-4
Sobre essa passagem bíblica, pode-se construir um perigoso sofisma:
Premissa 1 – Deus quer que todos se salvem
Premissa 2 – Os planos de Deus não são frustrados, Ele faz o que quer (Isaías 46.10; Jó 23.13)
Conclusão: todas as pessoas vão se salvar no final, todos os caminhos levam a Deus.
Então, comamos e bebamos, por que no fim vai dar tudo certo. Afinal, Deus é brasileiro, não é mesmo ?
Esse
tem sido o pensamento de muitas pessoas que caminham a passos largos
para a perdição eterna.
Um pensamento errado, um sofisma, uma falácia,
sem dúvida alguma.
A
salvação pode ser perdida.
Se não pudesse, por que Deus nos avisaria
para vigiarmos (Marcos 13.37) e para guardarmos o que temos, a fim de
não perdermos nossa coroa ? (Ap 3:10).
Além
disso, a narrativa bíblica nos fala do tormento eterno no Lago de Fogo
(Apocalipse 20.14-15) e da fumaça do tormento que sobre para sempre
(Apocalipse 14.11).
Nada disso seria mencionado na Bíblia se todos
fossem salvos.
O que nos permite concluir que o desejo de Deus para que todos sejam salvos não é ABSOLUTO, mas LIMITADO.
Deus limitado ?
Como pode ser ?
Quem o limitou ?
A resposta é : ELE PRÓPRIO.
O desejo de Deus é limitado pela Sua própria justiça.
Essa justiça se manifesta nas seguintes passagens bíblicas:
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16.
Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto
não crê no nome do unigênito Filho de Deus. João 3:18.
O
que nos permite concluir que o “desejo” de Deus se assemelha à vontade
que qualquer pai ou mãe tem de que seus filhos se tornem cidadãos de bem
ao crescer, o que não impede que esses filhos apodreçam em
penitenciárias por crimes bárbaros, cometidos à revelia da instrução
paterna.
Da
mesma forma, a vontade (ou desejo) de Deus pela salvação geral não
impedirá que as pessoas sejam lançadas no inferno por seus pecados,
cometidos à revelia do Salvador.
É
por esse motivo que o IDE de Cristo (Mateus 28) se mostra tão urgente.
Pois após esta vida, não há mais esperança de mudar nosso destino
eterno.
Se houvesse, a pregação do Evangelho ficaria em segundo lugar, e
a prática das boas obras seria o carro-chefe da doutrina cristã.
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