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quarta-feira, junho 05, 2013

Desmatamento na mata atlântica é o maior desde 2008



FERNANDO TADEU MORAES
DE SÃO PAULO 

 
O desmatamento da mata atlântica, o bioma mais ameaçado do país, aumentou 29% no último ano em relação ao período entre 2010 e 2011 e é o maior desde 2008. 

A área desmatada foi de 235 km2, sendo 219 km2 de perda de florestas, 15 km2 de supressão de vegetação de restinga e 0,17 km2 de destruição de mangues. 

O dado, que leva em conta dez Estados avaliados desde 1985 (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS, SC e SP), está no "Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica", divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 

Minas Gerais, pelo quarto período consecutivo, é o campeão de desmatamento, com aumento de 70% (107 km2) em relação aos 12 meses anteriores. "A indústria do carvão, a siderúrgica e as licenças concedidas ilegalmente são causas importantes", diz Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da ONG. 

O secretário do Meio Ambiente de Minas Gerais, Adriano Chaves, afirma que, no ano passado, o Estado realizou 2.500 ações de fiscalização nos municípios com maiores taxas de desmate. "Estamos tomando ações para apertar o cerco contra o desmatamento ilegal."

Representantes do Ministério Público de Minas Gerais participaram da apresentação do atlas e anunciaram medidas para combater o desmate no Estado. 

Foram ajuizadas duas ações civis públicas contra duas fazendas que plantam eucalipto para a produção de carvão, pedindo a suspensão das atividades e a recuperação da área. 

A situação também levou à instauração de 18 inquéritos civis contra siderúrgicas que ficam nas proximidades de Sete Lagoas e Divinópolis. "O objetivo é analisar a origem do carvão que abastece as siderúrgicas e se há ligação com carvão de origem ilegal", disse o promotor Felipe de Oliveira. 



Editoria de Arte/Folhapress
Gráfico mostra evolução do desmatamento da mata atlântica
Gráfico mostra evolução do desmatamento da mata atlântica.

No ranking dos Estados que mais devastaram, a Bahia ficou em segundo lugar, e o Piauí, incluído pela primeira vez no atlas, aparece u em terceiro. 

Os destaques positivos são Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que tiveram redução de 93% e 92% do desmate. 

Em São Paulo, houve uma redução de 7% comparado ao período anterior. "O que sobrou da mata está em áreas de relevo acidentado. 

São Paulo agora deve proteger o que resta", diz Marcia Hirota. 

Paulo Ponzoni, do Inpe, assinala a importância de a pesquisa ter incluído pela primeira vez áreas como várzeas, refúgios, dunas e cordões de restinga e não só os remanescentes florestais. 

Segundo Hirota, cerca de 20% do desmate pode ter ocorrido em outros períodos e foi confirmado apenas agora, porque não havia imagens disponíveis. 

A área coberta pela pesquisa, feita com imagens de satélite e trabalho de campo, inclui os 17 Estados em que havia originalmente mata atlântica. 

Foi avaliado 81% do bioma - porção que não estava coberta por nuvens.

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