Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, abril 05, 2013

SEM GENERALIZAR

"O Brasil, lamentavelmente, é uma mentira. O Brasil que os políticos tentam nos passar nem de longe é o Brasil que verdadeiramente nos vendem. 
E se estamos nesse ambiente, volto a dizer que é a culpa também é nossa. Também somos cúmplices porque não sabemos votar. Lógico que não posso generalizar ..." (Fábio Barretto)

leia mais em ...


 









por Fábio Barretto

Com todo o respeito que tenho pelo meu país, com todo o sentimento que tenho por ser brasileiro, me sinto triste. 
Triste de chegarmos a esse absurdo dentro de uma nação que tem potencial, talento e capacidade. 
Poderíamos ser um Brasil maravilhoso por todas as nossas possibilidades, mas somos um Brasil triste. 
Uma nação que se pontua por situações que chegam ao cúmulo do absurdo. 
A falta de respeito com os cadeirantes é o cúmulo da falta de educação, da falta de presença do poder público que é pago com nossos impostos. 
O Brasil, lamentavelmente, é uma mentira. 
O Brasil que os políticos tentam nos passar nem de longe é o Brasil que verdadeiramente nos vendem. 
E se estamos nesse ambiente, volto a dizer que é a culpa também é nossa. 
Também somos cúmplices porque não sabemos votar. Lógico que não posso generalizar. 
Não estou generalizando, mas cada povo tem o governante que merece. Porque simplesmente nada fazemos. 
Cada povo faz por merecer a estrutura política que tem. E esse demérito começa nas atitudes mais simples do povo. 
Começa naquele motoqueiro que passou por cima de um cadeirante semana passada em Rocha Miranda, matéria que exibimos no Brasil Urgente Rio. 
Começa no nosso comportamento, na falta de educação, na inconsciência. 
Eu volto a dizer que luto muito pelas questões do povo no programa, mas é visível que a situação que vivemos é de responsabilidade de nossas escolhas e daquilo que provocamos no nosso comportamento diário. 
A nossa educação não enxerga o deficiente físico como uma pessoa normal. 
Somos preconceituosos, sem generalizar. 
As nossas cidades não respeitam os deficientes. 
Nossas cidades ainda não possuem acessibilidades decentes. Calçadas, ruas, sinalizações, marquises, árvores sem poda, estacionamento irregular. 
Tudo são armadilhas para pedestres e espaços inviáveis para que um deficiente se sinta digno ou até mesmo uma mãe que conduz o carrinho do seu bebê. 
A morte desse deficiente também é consequência do abandono do bairro. Do abandono do poder público. 
E se está sim, está sim por alguns fatores. Primeiro: porque transferimos a culpa sempre para o outro. Segundo: porque enxergamos a situação do próximo e não queremos nos comprometer. 
Temos preguiça em reclamar e não queremos nos envolver porque sempre achamos que não vale a pena, sem generalizar. 
Terceiro: somos passíveis demais e ao invés do inconformismo optamos pela zona de conforto do conformismo. 
Quarto: quando alguém chega - por exemplo - num programa de televisão como o nosso tentando estabelecer o debate - alguém sempre vai dizer que somos sensacionalistas ou que estamos aqui como donos da verdade que ditam regra. O que não é verdade. 
Quinto: os políticos lá em cima são o reflexo do que somos aqui embaixo, porque eles são o fruto de nossa desorganização e de nossa educação, sem generalizar. 
Por mais que eles sejam ruins, poderíamos nos organizar aqui embaixo. 
Esse deficiente também morreu porque usar a calçada era quase impossível. 
Culpa do governante que não administra e em parte, sem novamente generalizar culpa nossa que não reclama mais e que não respeita regras de convivência. 
Sei que é muito bonitinho falar e não viver a realidade, mas o fato é que a sociedade está cada vez mais egoísta num quase cada por si. 
A realidade é que morreu um cadeirante como poderia morrer uma criança, um idoso, um adulto ou até mesmo uma mãe e seu filho. 
Poderia ser qualquer um. 
Por culpa da imprudência de todos que colocam carros na calçada. 
Por culpa das autoridades que não coibem, que não fazem obras decentes. Por culpa nossa - sem generalizar - que não sabemos votar.
 COMENTÁRIOS:

13 pessoas curtiram isso.
Alexandre Soares Fabio com todas as tragédias q acontecem vc só v o governador passeando d helicoptero ele ñ bota a cara pra nada.
José Carlos de Lima Concordo com tudo que você escreveu aí em cima Fabio Barretto.
Maria Da Penha Elias Enquanto votarem nos mesmos, o país também será o mesmo, uma droga.
Rosa Ismerim Infelizmente...

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...