"O
Brasil, lamentavelmente, é uma mentira. O Brasil que os políticos
tentam nos passar nem de longe é o Brasil que verdadeiramente nos
vendem.
E se estamos nesse ambiente, volto a dizer que é a culpa também é
nossa. Também somos cúmplices porque não sabemos votar. Lógico que não
posso generalizar ..." (Fábio Barretto)
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por Fábio Barretto
Com todo o respeito que tenho pelo meu país, com todo o sentimento que
tenho por ser brasileiro, me sinto triste.
Triste de chegarmos a esse
absurdo dentro de uma nação que tem potencial, talento e capacidade.
Poderíamos ser um Brasil maravilhoso por todas as nossas possibilidades,
mas somos um Brasil triste.
Uma nação que se pontua por situações que
chegam ao cúmulo do absurdo.
A falta de respeito com os cadeirantes é o
cúmulo da falta de educação, da falta de presença do poder público que é
pago com nossos impostos.
O Brasil, lamentavelmente, é uma mentira.
O
Brasil que os políticos tentam nos passar nem de longe é o Brasil que
verdadeiramente nos vendem.
E se estamos nesse ambiente, volto a dizer
que é a culpa também é nossa.
Também somos cúmplices porque não sabemos
votar. Lógico que não posso generalizar.
Não estou generalizando, mas
cada povo tem o governante que merece. Porque simplesmente nada fazemos.
Cada povo faz por merecer a estrutura política que tem. E esse demérito
começa nas atitudes mais simples do povo.
Começa naquele motoqueiro que
passou por cima de um cadeirante semana passada em Rocha Miranda,
matéria que exibimos no Brasil Urgente Rio.
Começa no nosso
comportamento, na falta de educação, na inconsciência.
Eu volto a dizer
que luto muito pelas questões do povo no programa, mas é visível que a
situação que vivemos é de responsabilidade de nossas escolhas e daquilo
que provocamos no nosso comportamento diário.
A nossa educação não
enxerga o deficiente físico como uma pessoa normal.
Somos
preconceituosos, sem generalizar.
As nossas cidades não respeitam os
deficientes.
Nossas cidades ainda não possuem acessibilidades decentes.
Calçadas, ruas, sinalizações, marquises, árvores sem poda,
estacionamento irregular.
Tudo são armadilhas para pedestres e espaços
inviáveis para que um deficiente se sinta digno ou até mesmo uma mãe que
conduz o carrinho do seu bebê.
A morte desse deficiente também é
consequência do abandono do bairro. Do abandono do poder público.
E se
está sim, está sim por alguns fatores. Primeiro: porque transferimos a
culpa sempre para o outro. Segundo: porque enxergamos a situação do
próximo e não queremos nos comprometer.
Temos preguiça em reclamar e não
queremos nos envolver porque sempre achamos que não vale a pena, sem
generalizar.
Terceiro: somos passíveis demais e ao invés do
inconformismo optamos pela zona de conforto do conformismo.
Quarto:
quando alguém chega - por exemplo - num programa de televisão como o
nosso tentando estabelecer o debate - alguém sempre vai dizer que somos
sensacionalistas ou que estamos aqui como donos da verdade que ditam
regra. O que não é verdade.
Quinto: os políticos lá em cima são o
reflexo do que somos aqui embaixo, porque eles são o fruto de nossa
desorganização e de nossa educação, sem generalizar.
Por mais que eles
sejam ruins, poderíamos nos organizar aqui embaixo.
Esse deficiente
também morreu porque usar a calçada era quase impossível.
Culpa do
governante que não administra e em parte, sem novamente generalizar
culpa nossa que não reclama mais e que não respeita regras de
convivência.
Sei que é muito bonitinho falar e não viver a realidade,
mas o fato é que a sociedade está cada vez mais egoísta num quase cada
por si.
A realidade é que morreu um cadeirante como poderia morrer uma
criança, um idoso, um adulto ou até mesmo uma mãe e seu filho.
Poderia
ser qualquer um.
Por culpa da imprudência de todos que colocam carros na
calçada.
Por culpa das autoridades que não coibem, que não fazem obras
decentes. Por culpa nossa - sem generalizar - que não sabemos votar.
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por Fábio Barretto
Com todo o respeito que tenho pelo meu país, com todo o sentimento que tenho por ser brasileiro, me sinto triste.
13 pessoas curtiram isso.
Alexandre Soares Fabio com todas as tragédias q acontecem vc só v o governador passeando d helicoptero ele ñ bota a cara pra nada.
José Carlos de Lima Concordo com tudo que você escreveu aí em cima Fabio Barretto.
Maria Da Penha Elias Enquanto votarem nos mesmos, o país também será o mesmo, uma droga.
Rosa Ismerim Infelizmente...
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