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sexta-feira, abril 05, 2013

'Constrangedor', diz advogada sobre desembargador pedir dinheiro em SMS

Segundo defensora de Campinas, magistrado pediu R$ 35 mil e R$ 19,8 mil.
Desembargador Arthur Del Guércio Filho foi afastado do Tribunal de Justiça.



O desembargador afastado cautelarmente esta semana do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, Arthur Del Guércio Filho, envia mensagens por celular com pedidos de dinheiro desde o ano passado, segundo a advogada de Campinas (SP) Maria Odete Pregnolatto.

A defensora, que mostrou as mensagens nesta sexta-feira (5), classifica o episódio como "constrangedor". Ela apontou SMSs em que o magistrado solicita empréstimos de R$ 35 mil e R$ 19,8 mil.

"É uma situação bastante constrangedora, além de ser uma situação irregular, ilegal, antiética, ela é bastante constrangedora pra gente que recebe esse tipo de pedido, principalmente vindo de uma autoridade em que a gente se apoia para fazer Justiça", disse a advogada. Ela garante que nunca deu ou emprestou dinheiro ao desembargador.


Segundo Maria Odete, os pedidos de dinheiro começaram em maio do ano passado, quando ela ingressou com uma medida liminar no TJ para um cliente que tinha um processo com a relatoria de Guércio Filho. “Ele pediu dinheiro logo depois que havia concedido a liminar, nos disse que estava em uma situação financeira difícil, que tinha um problema sério para resolver”, disse a advogada.
“Eu estranhei, achei que não era nem o momento e nem éramos pessoas da confiança dele para ele tomar essa atitude, tínhamos conhecido ele naquele ato”, relatou Maria Odete. De acordo com a advogada, outro pedido financeiro foi feito após uma reunião em fevereiro deste ano, no qual o magistrado pediu um encontro em São Paulo para tirar dúvidas sobre o processo.

Nas mensagens, o desembargador garante que o pedido de dinheiro não tem nenhuma relação com o processo do cliente da defensora. Outra advogada de Campinas, Giovanna Gândara Gai, que trabalha no mesmo escritório de Maria Odete, aponta SMSs com outro teor, em que Guércio Filho a convida para almoçar. Elas levaram o caso para a presidência do TJ.


Afastamento

O TJ informou que o desembargador Arthur Del Guércio Filho, da 15ª Câmara de Direito Público, foi afastado cautelarmente na quarta-feira (3) sob a acusação de solicitar vantagem indevida em razão de sua função.


A denúncia, feita em 18 de março foi levada ao presidente do TJ, desembargador Ivan Sartori, que, em apuração preliminar, colheu depoimentos dos advogados, comunicou ao Superior Tribunal de Justiça e à Corregedoria Nacional de Justiça.

“Hoje eu não teria atendido o pedido de ida ao gabinete, teria pedido para ele se manifestar através de despacho dentro do processo, por escrito, e eu lhe responderia através de manifestação por escrito”, disse Maria Odete.


A EPTV tentou contato com Arthur Del Guércio Filho, mas ele não foi localizado. A equipe da TV Globo, em São Paulo, também procurou o advogado de defesa do magistrado, José Luís de Oliveira, mas ele estava em audiência durante à tarde e não retornou às ligações.

Advogada de Campinas mostra SMS's (Foto: Reprodução / EPTV)Advogada de Campinas mostra SMSs com pedido de dinheiro (Foto: Reprodução / EPTV)
 

Política & Brasil

Ministro da Justiça manda PF investigar desembargador paulista
04/04/201318:43
 



O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na tarde desta quinta-feira, 4, à Polícia Federal a abertura de inquérito policial para apurar a "eventual prática de crime" envolvendo o desembargador Arthur Del Guércio Filho, da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) 

A solicitação foi feita ao Ministério da Justiça pelo presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori.
Del Guércio foi afastado cautelarmente de suas funções pelo Órgão Especial do TJ-SP, em sessão realizada quarta-feira, 3.

O desembargador, há 30 anos na magistratura paulista, é acusado de exigir dinheiro em troca de votos favoráveis aos interesses de advogados.

Vários advogados já prestaram depoimento ao TJ-SP e contaram como o desembargador agia.
Segundo esses relatos, ele exigia R$ 35 mil de suas vítimas. Não há registro de que tenham ocorrido os pagamentos por ele solicitados.

O desembargador poderá ser indiciado pelos crimes de concussão, corrupção passiva e prevaricação.
Del Guércio disse que sempre recebeu advogados em seu gabinete, "sem restrição".
*Estadão

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