Projeto voltado para mercado de fertilizantes está orçado em US$ 5,9 bi.
Reavaliação do projeto ocorre após incertezas sobre a sua efetivação.
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A Vale
informou nesta segunda-feira (11) que suspendeu o projeto de potássio
Rio Colorado, na Argentina, no qual chegou a investir pelo menos US$ 2,2
bilhões como parte da meta de se tornar uma das maiores fornecedoras de
fertilizantes do mundo.
O projeto estava orçado em US$ 5,9 bilhões.
A mineradora anunciou a decisão após meses de negociação com o governo
argentino. A empresa colocou o projeto em revisão em abril de 2012
devido a preocupações com inflação, impostos, infraestrutura e política
cambial, segundo a agência Reuters.
A mineradora citou em nota que o contexto macroeconômico atual e os fundamentos econômicos do projeto não estão alinhados com o compromisso da Vale com a disciplina na alocação do capital e a criação de valor.
A mineradora, contudo, não descarta a possibilidade de retomar o projeto. "No caso de retomada do empreendimento, será dada a preferência aos atuais empregados do projeto", informou.
"A Vale continuará honrando os compromissos relativos às suas concessões e seguirá buscando soluções que melhorem os fundamentos econômicos do projeto, para então avaliar a sua retomada", afirmou a companhia no comunicado.
As obras de Rio Colorado, na província de Mendoza, estavam paradas desde o final de dezembro, de acordo com a agência Reuters.
A decisão segue a estratégia da Vale de reduzir investimentos, sair de projetos que não lhe dão retorno e cortar custos diante do cenário menos favorável que tem reduzido ganhos das mineradoras .
"A economia mundial não vai bem, o governo argentino apresenta risco de intervenção, de modo que a Vale deixou o projeto... os acionistas querem rentabilidade.
A Vale está se livrando de projetos como este porque a situação mudou", afirmou à Reuters o analista Carlos Manuel de Sousa, da corretora Lopes Filho Associados.
Empresa investiu US$ 1,4 bi em 2012 no projeto
A Vale já executou 45% das obras de Rio Colorado. Somente em 2012 realizou investimentos de US$ 1,4 bilhão.
Cerca de um ano antes de a Vale anunciar a revisão de Rio Colorado, o governo da província de Mendoza, onde estão as reservas de potássio, havia suspendido o empreendimento, alegando que a mineradora não teria cumprido alguns itens contratuais, como a realização de compras locais e a contratação de trabalhadores na região.
No entanto, houve um acordo em seguida para a Vale seguir adiante com o projeto, que compreende o desenvolvimento de reservas com capacidade de 4,3 milhões de toneladas de potássio por ano.
O projeto previa ainda a construção de uma ramal ferroviário de 350 km e instalações portuárias.
A meta da Vale era se tornar um dos maiores fornecedores de fertilizantes, com projetos também no Brasil, Peru e Canadá.
Rio Colorado deveria transformar a Argentina em um dos maiores exportadores de potássio, matéria-prima usada para produzir fertilizantes. A produção seria exportada principalmente para o Brasil, uma potência do agronegócio que importa 90% das necessidades de potássio do Canadá ou Jordânia.
O projeto estava orçado em US$ 5,9 bilhões.
Mina de potássio Rio Colorado, na Argentina (Foto: Divulgação)
A mineradora citou em nota que o contexto macroeconômico atual e os fundamentos econômicos do projeto não estão alinhados com o compromisso da Vale com a disciplina na alocação do capital e a criação de valor.
A mineradora, contudo, não descarta a possibilidade de retomar o projeto. "No caso de retomada do empreendimento, será dada a preferência aos atuais empregados do projeto", informou.
"A Vale continuará honrando os compromissos relativos às suas concessões e seguirá buscando soluções que melhorem os fundamentos econômicos do projeto, para então avaliar a sua retomada", afirmou a companhia no comunicado.
As obras de Rio Colorado, na província de Mendoza, estavam paradas desde o final de dezembro, de acordo com a agência Reuters.
A decisão segue a estratégia da Vale de reduzir investimentos, sair de projetos que não lhe dão retorno e cortar custos diante do cenário menos favorável que tem reduzido ganhos das mineradoras .
"A economia mundial não vai bem, o governo argentino apresenta risco de intervenção, de modo que a Vale deixou o projeto... os acionistas querem rentabilidade.
A Vale está se livrando de projetos como este porque a situação mudou", afirmou à Reuters o analista Carlos Manuel de Sousa, da corretora Lopes Filho Associados.
Empresa investiu US$ 1,4 bi em 2012 no projeto
A Vale já executou 45% das obras de Rio Colorado. Somente em 2012 realizou investimentos de US$ 1,4 bilhão.
Cerca de um ano antes de a Vale anunciar a revisão de Rio Colorado, o governo da província de Mendoza, onde estão as reservas de potássio, havia suspendido o empreendimento, alegando que a mineradora não teria cumprido alguns itens contratuais, como a realização de compras locais e a contratação de trabalhadores na região.
No entanto, houve um acordo em seguida para a Vale seguir adiante com o projeto, que compreende o desenvolvimento de reservas com capacidade de 4,3 milhões de toneladas de potássio por ano.
O projeto previa ainda a construção de uma ramal ferroviário de 350 km e instalações portuárias.
A meta da Vale era se tornar um dos maiores fornecedores de fertilizantes, com projetos também no Brasil, Peru e Canadá.
Rio Colorado deveria transformar a Argentina em um dos maiores exportadores de potássio, matéria-prima usada para produzir fertilizantes. A produção seria exportada principalmente para o Brasil, uma potência do agronegócio que importa 90% das necessidades de potássio do Canadá ou Jordânia.
10 comentários no G1 da Globo.
Gabriel Anjos
Tanto potássio no Brasil (vide região amazônica) e esta empresa investindo bilhões em minas na argentina, fala sério.
Roberval Chocolate
Já
que eles não tem dinheiro pra explorar as minas, vão ter que esperar
outra empresa de outro país ir lá botar dinheiro e se arriscar a ter
seus bens confiscados. E já que eles brigaram com todos os países, menos
com a China, vão ter que aceitar o trabalho escravo chinês. Mas não
tentem confiscar empresa chinesa, hem hermanos... vai cutucar onça com
vara curta.
Joao Dias
Tem
gente que não sabe o que escreve. O que tem a ver o Lula, a Dilma com a
Vale, que é uma empresa privada? Mesmo a parte que dizem pertencer ao
Governo Federal, pertence na verdade aos fundos de pensão, como a Previ.
Seria menos absurdo dizer que a Vale pertence aos aposentados do BB.
José Oliveira
Essa
empresa NÃO É UMA EMPRESA PRIVADA. É uma empresa de capital aberto mas
com controle total do governo federal. Este é que é o problema, a
empresa não investe somente pensando em lucratividade, mesmo que tenha
os seus programas sociais, ela investe conforme a cabeça dos
governantes. E por aí dá prá ver que nos últimos anos do PT a empresa só
vai morro abaixo e de vento em popa. Basta ver a desvalorização dos
papéis de mais de R$ 60 bi. Portanto a empresa não é privada mas tá
levando o dinheiro dos incautos que compraram ações prá privada.
Marcelo Souza
Estás
equivocado José. A Vale é uma empresa privada, de capital aberto, mas a
MAIORIA DO CAPITAL VOTANTE NÃO é do governo federal. Este detém
aproximadamente 49% das ações (PREVI, BNDES). É uma empresa que tem
ainda forte participação do governo, mas não é tecnicamente uma estatal
(ainda bem!!!). Não chega a ser uma sociedade de economia mista.
Carlos Basso
Bem
srs, acredito que o Brasil tem condições de ser uma das maiores nações
do Mundo,MAS enquanto estiver nas mãos desses ursupadores do dinheiro
brasileiro, estaremos no pé (refiro-me a Dilma, Lula &
cia)precisamos ser Patriotas(digo, trabalhar pelo Pais) e subresair
entre os povos da America Latina, que afinal de contas é um bando de
retardados( a maioria pensa que ser Comunista é a melhor coisa do
UNIVERSO),veja a Venezuela, Bolivia, Argentina e etc....
Rolando Coelho
Com
o governo Dilma defendendo as maluquices da companheira Cristina ao
invés de defender os interesses brasileiros é até dificil de entender
porque alguma empresa iria para a Argentina.
Waldir
Dilma
e principalmente Lula fazem caridade para com os irmãos bolivarianos
com o dinheiro dos trouxas brasileiros como no caso da Petrobras na
Bolívia e cede as pressões mesmo estando certo e isso tudo só para
ganhar ponto na mídia destes países .
Leandro Palomo
Mandem a Argentina se virar sozinha. Não precisamos deles.
Luis Oliveira
Decisão
de uma empresa privada brasileira, em razão da crítica situação
econômica da argentina. Mas vem aí retaliação da governo da argentina
contra outros interesses brasileiros. E o governo dilma, que não tem
nada a ver com a decisão da Vale, vai engolir mais uma.
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