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terça-feira, agosto 18, 2009

Jornalistas dizem que a liberdade de imprensa no Brasil ainda é ameaçada

da Folha Online, em Brasília
Jornalistas que participam nesta terça-feira de evento promovido pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) criticaram o que chamam de censura prévia exercida contra jornais pelo Poder Judiciário e disseram que, mais de 20 anos depois da Constituição de 1988, a liberdade de imprensa no Brasil ainda é ameaçada.
O encontro, que tem como tema "Liberdade de expressão e o futuro do jornalismo: o que dizem os jornalistas" faz parte das comemorações dos 30 anos da ANJ.
Para o jornalista Daniel Piza, editor-executivo do jornal "O Estado de S.Paulo", o fato de a Justiça proibir o jornal de publicar reportagens relacionadas à investigação da Polícia Federal envolvendo o filho do senador José Sarney (PMDB-AP) é um sinal da imaturidade da liberdade de expressão no Brasil.
"É lamentável presenciar o caso como essa censura prévia proibindo o jornal de divulgar um conteúdo que, não resta dúvida, é de interesse público. A sociedade deve se manifestar e se manifestou claramente nos últimos dias. As coisas estão melhorando, mas a gente não pode em nenhum momento fraquejar", afirmou.
A proibição foi criticada também pelo Ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva. "O que não pode é implementar de volta no Brasil a censura prévia que nós achamos que estávamos há muito tempo livre dela", afirmou.
Já o jornalista Alon Feuerwerker, colunista do jornal "Correio Braziliense", lembrou que o Brasil passa pelo mais longo período de liberdade democrática e defendeu que a liberdade de expressão foi reforçada por julgamentos recentes do STF (Supremo Tribunal Federal), incluindo o que acabou com a exigência de diploma para exercer a profissão de jornalista.
"Quem acha que foi prejudicado por uma publicação tem o direito de recorrer à Justiça para se defender daquilo. Mas não é possível estabelecer um controle a priori, antes da publicação. Isso ficou muito claro em julgamentos do STF", completou.
Irã
Participou ainda do debate o jornalista grego-britânico Iason Athanasiadis, do "The Washington Time", que ficou preso 20 dias no Irã em função da cobertura dos protestos contra o resultado da última eleição presidencial no país.
Athanasiadis descreveu sua experiência e disse que, com as novas tecnologias - como a busca do Google e as redes sociais como Facebook e Twitter - os governos podem controlar muito mais o exercício do jornalismo.
"Tudo o que escrevemos será lido por pessoas nos cinco continentes, por qualquer um que tenha a busca do Google", disse.
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