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domingo, agosto 23, 2009

'Eu não sou foragido, eu abandonei’, diz Hosmany Ramos sobre prisão no Brasil

O bandido Hosmany

Cirurgião plástico falou ao 'Fantástico' de presídio na Islândia.

No fim de 2008, após um indulto de Natal, ele conseguiu fugir do país.
Do G1, com informações do Fantástico

Um foragido de 64 anos dá "um baile" na Policia Federal brasileira e só é encontrado mais de oito meses depois, do outro lado do mundo, na Islândia, uma ilha próxima ao polo norte. A reportagem do “Fantástico” conversou nesse sábado (22) com Hosmany Ramos, o ex-cirurgião plástico que trocou uma carreira de sucesso por uma vida de crimes e fugas mirabolantes.

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Conheça a prisão onde está Hosmany Ramos na Islândia

A ligação foi feita para um presídio na Islândia. No dia 13 de agosto, ele foi preso naquele país ao tentar embarcar para o Canadá com o passaporte do irmão, segundo a Polícia Federal. Na quarta (19), o governo brasileiro pediu a extradição de Hosmany Ramos.

O médico foi condenado no Brasil em 1981 a 43 anos de prisão por homicídio, sequestro e roubo. Fez diversas tentativas de fuga e, no fim do ano passado, após um indulto de Natal, conseguiu fugir do país.
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“Eu não sou foragido, eu abandonei. É diferente uma coisa da outra. Eu abandonei por livre e espontânea vontade”, afirma.
“Eu saí do Brasil, fui até a Guiana Francesa e fui até Paris. Desci em Orly, fiquei lá em Paris uns dias e depois eu visitei vários lugares e fui até Oslo. De Oslo, eu peguei um avião e vim pra cá”, diz.
'É um hotel quatro estrelas'
Cumprindo um mês de sentença em uma cela individual, o ex-cirurgião elogia a cadeia em que está atualmente na Islândia: “a comida é de primeira. Você tem máquina de lavar roupa, secadora. Você tem televisão que o próprio governo dá. Eu tenho computador na minha cela para que eu posso acessar. São duas horas de internet por dia. Então, é outro mundo”, detalha. “É um hotel quatro estrelas, um presídio digno, onde o preso pode ser recuperado, coisa que as autoridades brasileiras tinham que vir aqui para ver, com os próprios olhos, copiar o modelo e aplicar no Brasil”, ressalta. O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Filho, rebate as críticas de Ramos. “Avaliar se a cadeia é boa, se é ruim, se é melhor, só ele que já frequentou muito tempo de cadeia pode fazer”, diz.

Extradição
Na quarta-feira passada, a Justiça brasileira encaminhou ao governo da Islândia um pedido de extradição de Hosmany, condenado aqui a 47 anos de prisão por quatro assaltos, um sequestro e pelo assassinato do piloto Joel Avon, um de seus comparsas.

“Nossa documentação já chegou lá, já houve uma sinalização do governo da Islândia para que nós mandássemos documentos que podem ensejar efetivamente o processo de extradição”, afirma Romeu Tuma Filho.
A prisão de Hosmany Ramos em 1981 foi um choque para a alta sociedade carioca. Nos anos 70, o então cirurgião plástico que chegou a trabalhar com Ivo Pitanguy, prometia seguir uma carreira de sucesso. Mas Hosmany saiu das colunas sociais e ficou de vez no noticiário policial em suas tentativas de fuga. "Ele serrou as grades da janela e tentou descer dez metros até o pátio interno, usando uma corda de pano, mas a corda arrebentou e ele caiu", relata uma reportagem da época. Do muro, Hosmany pulou para a cabine de força, dominou o eletricista com um revólver de brinquedo amarrou o homem e desligou todo o sistema de energia elétrica da penitenciária", relata uma reportagem na época. Foram inúmeras tentativas, e quatro fugas. A última aconteceu em dezembro do ano passado. Hosmany cumpria pena em regime semiaberto, dormia em uma penitenciaria no interior de São Paulo, quando recebeu um indulto de natal e não voltou m.ais Se a Justiça brasileira não encaminhar ao governo da Islândia os documentos necessários para o processo de extradição, Hosmany será solto no próximo dia 11 de setembro. “É obvio que o prazo para trazê-lo não existe. Depois de um processo iniciado de extradição, se for deferido, eles devem estabelecer um prazo para que o Brasil possa efetivamente ir lá e repatriar o indivíduo”, diz Romeu Tuma Filho.
Planos
Na cela, Hosmany prepara sua biografia, que pretende terminar até o ano que vem. Dos dez livros que lançou em quase 27 anos atrás das grades, dois foram publicados pela editora francesa Gallimard, uma das maiores do mundo. “Eu gostaria de ficar aqui. Esse pais é maravilhoso, tem uma energia fora de serie. É um lugar ideal pra um escritor viver, é o que eu quero nesse meu final de vida”, afirma.

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