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quarta-feira, maio 23, 2018

Lula vai depor como testemunha de defesa de Sérgio Cabral ao juiz Marcelo Bretas

Ex-presidente prestará depoimento por videoconferência, da sede da Justiça Federal de Curitiba; será a 1ª vez que ele sairá da carceragem da PF desde que foi preso. Audiência será em 5 de junho.


Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
Lula abraça Cabral durante solenidade de assinatura de medidas que criaram a Autoridade Pública Olímpica (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr/Arquivo)
Lula abraça Cabral durante solenidade de assinatura de medidas que criaram a Autoridade Pública Olímpica (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr/Arquivo).
 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará depoimento por videoconferência ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. 
A audiência está marcada para 5 de junho, às 10h, como confirmou o G1 nesta quarta-feira (23). 
 
Lula foi arrolado a pedido dos advogados do ex-governador Sérgio Cabral para ser testemunha de defesa no processo Unfair Play, que apura compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. 
A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Juiz Marcelo Bretas vai ouvir Lula por videoconferência (Foto: Reprodução)
Juiz Marcelo Bretas vai ouvir Lula por videoconferência (Foto: Reprodução).
 
O depoimento será a primeira vez que o ex-presidente vai sair da carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde que se entregou em São Paulo, em 7 de abril. 
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP). 
 
A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (saiba mais sobre a condenação de Lula). 
 
Os advogados de Sérgio Cabral confirmaram o depoimento. 
Procurada pelo G1, a defesa do ex-presidente Lula ainda não se posicionou.

Unfair Play

A operação da Lava Jato chamada de Unfair Play levou à cadeia Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, e Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016 e braço-direito de Nuzman. 
 
Eles são acusados de envolvimento na compra de votos de dirigentes africanos para favorecer o Rio na eleição para ser sede da Olimpíada de 2016 – daí o nome da operação, que traduzida significa "jogo sujo". 
 
O esquema de corrupção, segundo os investigadores, tinha a participação de Sérgio Cabral, acusado de chefiar a organização criminosa. 

O dinheiro teria vindo do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, conhecido como Rei Arthur, que também teve mandado de prisão decretado, mas está foragido da Justiça.

Justiça nega recurso e mantém júri popular de viúva por morte do embaixador grego

Amante de Françoise Oliveira e o primo dele também vão ao Tribunal do Júri. Segundo a denúncia, os três participaram do homicídio de Kyriakos Amiridis em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.


Por G1 Rio
Françoise e Kyriakos: ela é acusada pelo homicídio do grego (Foto: Reprodução)
Françoise e Kyriakos: ela é acusada pelo homicídio do grego (Foto: Reprodução).
 
A viúva e os outros dois acusados pelo assassinato do embaixador grego no Brasil Kyriakos Amiridis tiveram confirmado o julgamento pelo Tribunal de Júri de Nova Iguaçu. 
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). 
 
A 1ª Câmara Criminal negou recursos das defesas de viúva, Françoise de Souza Oliveira, do seu amante, Sérgio Gomes Moreira, e do primo dele, Eduardo Moreira Tedeschi. 
Eles contestavam a decisão do juízo da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu – Françoise pediu ainda a conversão da prisão preventiva em domiciliar.

Relembre o crime.

Kyriakos foi morto na noite de 26 de dezembro de 2016 em casa, situada no Condomínio Bom Clima, no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 
De acordo com a denúncia, o amante e seu primo tiveram a entrada facilitada por Françoise, que vivia há 15 anos com o embaixador grego, com quem tinha uma filha, mas mantinha um romance extraconjugal com Sérgio.

Ainda de acordo com os investigadores, o crime foi motivado pelo interesse na administração da futura da herança, além da pensão a serem deixadas para a filha, de 10 anos, fruto do casamento de Kyriakos e Françoise – Eduardo receberia R$ 80 mil pela sua participação. 
 
Durante o processo, eles negaram o crime, mas o depoimento dos três foi repleto de inconsistências.

A relatora do processo, desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, negou provimento ao recurso dos réus e observou que: “É, irretocável a decisão atacada para submeter os recorrentes ao crivo do Conselho de Sentença, momento em que as provas colhidas serão examinadas e sujeitas à confirmação ou modificação, não há nulidade ou motivo para a reforma do referido pronunciamento judicial, pois há nos autos prova da materialidade e indícios de autoria”.

Polícia conclui que pastor molestou o filho e o enteado antes de matá-los no ES

Kauã e Joaquim foram mortos na casa onde moravam, em Linhares, no dia 21 de abril. O delegado responsável disse que as vítimas foram queimadas vivas após serem abusadas. O pastor está preso.



Por Viviane Machado e Victoria Varejão, G1 ES

Polícia indicia pastor por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulneráveis
Polícia indicia pastor por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulneráveis.
 
A Polícia Civil concluiu que o pastor George Alves matou o próprio filho, Joaquim Alves Salles de 3 anos, e o enteado Kauã Salles Butkovsky de 6 anos. 
O resultado do inquérito policial foi divulgado nesta quarta-feira (23). 
A perícia aponta que o acusado estuprou as crianças, agrediu e colocou fogo nelas ainda vivas. 
 
O crime aconteceu em Linhares, na região Norte do Espírito Santo, no dia 21 de abril
Inicialmente, o pastor George Alves, que estava sozinho em casa com os meninos, disse que eles morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam. 
Mas, segundo a polícia, as informações de George não estavam de acordo com os fatos apurados durante as investigações.

A mãe, de acordo com o inquérito, não tem participação no crime e não é investigada. 
Ela foi procurada pela reportagem, mas não quer se manifestar neste momento. 
No dia do crime, Juliana Salles estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo do casal. 
Nesta quarta-feira, ela está em Linhares e não fala com a imprensa.
O acusado está preso temporariamente e a Justiça decidiu prorrogar a detenção por mais 30 dias. 
Ele foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. 
A soma máxima das penas pode chegar a 126 anos. 
A polícia disse que o inquérito vai ser encaminhado à Justiça na próxima semana.

Abuso sexual e morte.

O delegado André Jaretta, de Linhares, disse que um "conjunto de indícios demonstra que, naquela madrugada, o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto o filho biológico Joaquim quanto o enteado Kauã, mantendo um ato libidinoso". 
 
Jaretta contou que para ocultar o ato sexual, comprovado pela perícia, George agrediu as crianças. 
Essa agressão também foi confirmada pelos vestígios de sangue no banheiro. 
O exame de DNA atestou que o material era de Joaquim. 
 
"Com as duas vítimas ainda vivas, porém desacordadas, o investigado as levou até o quarto, as colocou na cama e ateou fogo nas crianças, fazendo com que elas fossem mortas com o calor do fogo", explicou Jaretta. 
 
O delegado disse ainda que os meninos morreram pela carbonização. 
“Isso tudo é comprovado pelo exame pericial. 
As crianças continham fuligem na traqueia e o exame demonstrou que elas ainda respiravam quando começou o incêndio”, afirmou.

André Jaretta explicou que, depois de tudo, George saiu de casa e não chamou socorro, até que alguém aparecesse. 
 
“Feito isso, o investigado foi para a parte externa da casa e, sem que abrisse o portão, ficou andando de um lado para o outro, até que vizinhos vissem o cenário e, por conta própria, prestassem auxílio. 
Mas, quando eles chegaram, não havia mais condições de socorro”, destacou. 
 
O secretário de estado de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, falou sobre o resultado das investigações.

Pela manhã, a defesa disse que ainda não teve acesso ao inquérito.
"Até o momento a defesa não teve acesso a uma perícia que pode incriminá-lo. 
Estamos aguardando para podermos nos manifestar sobre isso", disse a advogada Taycê Aksacki. 
Depois da coletiva, o G1 ainda não conseguiu estabelecer contato com a advogada.

Inquérito policial.

Para concluir o inquérito, a polícia analisou os resultados de perícias feitas na casa, os depoimentos do pastor e de testemunhas, exames realizados nos corpos dos meninos e imagens gravadas após a morte das crianças. 
 
O G1 listou os pontos mais importantes narrados durante a coletiva da polícia concedida nesta quarta-feira:
  • A polícia encontrou sangue na casa onde aconteceu incêndio, próximo a uma escrivaninha e ao box do banheiro;
  • Naquela madrugada do dia 21 de abril, o pastor, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto o filho quanto enteado, mantendo ato libidinoso;
  • Com as duas vítimas ainda vivas, porém desacordadas, o investigado as levou até o quarto, as colocou na cama e ateou fogo nas crianças;
  • O perito disse que a fumaça não foi responsável pelas mortes e as crianças não reagiram ao incêndio, porque já estavam desacordadas;
  • Não foram encontrados vestígios de curto-circuito nem nos equipamentos (ar condicionado, reator, babá eletrônica e esterelizador), nem nas fiações
  • Os componentes da babá eletrônica ficaram bem preservados, incompatível para ser o foco inicial
  • Depois do crime, o investigado saiu de casa e ficou andando de um lado para o outro, sem pedir socorro;
  • Testemunhas ouviram o choro e manifestações de socorro quando as crianças estavam sendo agredidas, minutos antes do incêndio;
  • As testemunhas que chegaram primeiro ao local contaram à polícia que arrombaram o portão com as próprias mãos;
  • As vítimas foram encontradas no foco inicial do incêndio, quando, normalmente, a vítima morre tentando fugir do foco das chamas;
  • Não há indícios da participação ou conivência da pastora, mãe das crianças, no crime;
  • O pastor estava sozinho na casa com as vítimas e não há previsão de que outras pessoas sejam presas;
  • O inquérito deve ser encaminhado à Justiça na próxima semana;
  • O pastor vai responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. A soma máxima das penas é de 126 anos.
  • Não há registro de outros casos de pedofilia envolvendo o pastor.

Cronologia do caso

21 de abril - Quarto das crianças pega fogo

  • O quarto onde Joaquim e Kauã dormiam pega fogo por volta das 2h da madrugada;
  • Quando os bombeiros chegam ao local, as duas crianças já estão sem vida;
  • O pastor George Alves, pai de Joaquim e padastro de Kauã, estava em outro quarto da casa;
  • A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo do casal;
  • Por falta de legistas no Serviço Médico Legal de Linhares, os corpos são levados para Vitória;
  • Coronel Ferrari, do Corpo de Bombeiros, diz que uma das hipóteses era falha em equipamento elétrico.

22 de abril - Pastor celebra culto após mortes

  • George Alves comandou um culto da Igreja Batista Vida e Paz, da qual participa;
  • O casal de pastores recebe abraços de conforto dos fiéis.
  • Menos de 24 horas depois do incêndio, George e a esposa são vistos em uma lanchonete. O pastor tinha os dois pés enfaixados, mas um exame de lesão corporal indicou que ele teve uma queimadura do tamanho de uma moeda somente em um pé.

23 de abril - Pais vão ao DML de Vitória

  • George e Juliana vão ao Departamento Médico Legal de Vitória para coletar material para exame de DNA;
  • George, que estava na casa na hora do incêndio, concede entrevista à imprensa e disse que tentou entrar no quarto para salvar as crianças;
  • Também esteve no DML de Vitória, para fazer coleta de material, o pai biológico de Kauã, Rainy Butkovsky.

24 de abril - Pastor é interrogado

  • O pastor George Alves é interrogado na Delegacia Regional de Linhares;
  • O depoimento dura mais de três horas;
  • Uma segunda perícia é realizada pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros na casa onde ocorreu o incêndio;
  • Peritos colhem informações e imagens de câmeras na vizinhança.

25 de abril - Pastor é interrogado pela 2ª vez

  • George e Juliana são interrogados;
  • Polícia Civil não fala sobre o conteúdo dos depoimentos.

26 de abril - Testemunhas são ouvidas

  • São ouvidas pela polícia duas mulheres que viviam na casa com Juliana, George, Joaquim, Kauã e o outro irmão deles;
  • As mulheres ouvidas não estavam na casa no momento do incêndio;
  • Outras cinco testemunhas prestariam depoimento, mas pediram adiamento;
  • Com a casa isolada, Geoge e Juliana ficam em um hotel da cidade com o outro filho.

27 de abril - Casa passa pela 3ª perícia

  • Uma nova perícia é feita na casa onde ocorreu o incêndio;
  • Peritos, policiais civis e promotores participaram;
  • A perícia dura mais de quatro horas com uso de luminol, usado para identificar sangue;
  • Homem presta depoimento e diz que foi o primeiro a chegar na casa após o incêndio.

28 de abril - Pastor é preso

  • Mandado de prisão temporária, de 30 dias, é expedido pelo juiz Gécio Grégio contra o pastor;
  • George Alves é preso em hotel em Linhares;
  • Autoridades informam que o pastor atrapalhava as investigações;
  • Pastor passa por exames no Serviço Médico Legal de Linhares;
  • George é levado para a Penitenciária Regional de Linhares;
  • Juliana afirma que já esperava pela prisão do marido por conta da linha de investigação da polícia;
  • George é transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória.

30 de abril - Carro é apreendido

  • O carro emprestado que era usado pelo pastor George Alves é apreendido pela polícia;
  • Veículo era de um membro da Igreja Vida e Paz;
  • Peritos estiveram na casa mais uma vez e saíram com sacolas, baldes e pás.

2 de maio - Carro passa por perícia com luminol

  • Bombeiros vão mais uma vez até a casa e saem com objetos, entre eles a parte do aparelho de ar-condicionado do quarto;
  • À noite, peritos usaram luminol no carro emprestado ao pastor;
  • Polícia não informa se algo foi encontrado.

3 de maio - Pastora presta depoimento

  • Juliana Salles presta depoimento e sai chorando da delegacia;
  • Pastora vai à delegacia acompanhada pela advogada;
  • Dono do carro apreendido vai a delegacia de Linhares durante a manhã;
  • No fim da tarde, o veículo é devolvido;
  • Bombeiros também são ouvidos.

4 de maio - Autoridades fazem reunião

  • Autoridades envolvidas na investigação do caso se reúnem na delegacia de Linhares;
  • Imagens gravadas por câmeras são analisadas pela polícia.

7 de maio – Exame de DNA concluído

  • O chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, e o secretário de estado de Segurança, Nylton Rodrigues, se reúnem com delegados em Linhares;
  • O laudo do exame de DNA para identificar os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã é concluído;
  • Corpos são colocados à disposição da família para serem liberados no DML de Vitória.

8 de maio – Pastor não vai a enterro de filho e enteado

  • Uma das advogadas do pastor George Alves informa que a defesa não vai pedir autorização da Justiça para que ele saia da prisão para o enterro do filho e do enteado, por questão de segurança;
  • A advogada também fala que a pastora Juliana Salles, mãe das crianças, tem intenção de pedir escolta policial para acompanhar o enterro;
  • Além disso, ela informa que não há previsão de velório, somente de enterro.

9 de maio – Corpos são levados para Linhares

  • A pastora Juliana Salles consegue autorização da Polícia Militar para ter escolta policial durante o enterro dos filhos;
  • Os corpos dos meninos são buscados pelo veículo de uma funerária à noite, no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, e levados para Linhares.

10 de maio – Corpos são enterrados

  • Os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã são enterrados às 9h, no Cemitério São José, em Linhares.

17 de maio - Pastor é investigado por homicídio

  • A polícia pede a prorrogação da prisão temporária, de 30 dias, do pastor George Alves;
  • Pela primeira vez, os delegados que atuam na investigação falam sobre o caso;
  • O delegado André Costa disse que a Polícia Civil trabalha com a linha de investigação de homicídio;
  • A delegada Suzana Garcia afirmou que a polícia pretende entregar em breve o resultado da investigação.

21 de maio – Pai presta depoimento

  • O pai do menino Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, Rainy Butkovsky, prestou depoimento na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra;
  • Moradores de Linhares fizeram uma homenagem aos irmãos mortos carbonizados dentro do próprio quarto, num ato simbólico em frente à casa deles.

22 de maio - Ministério Público pede para que pastor continue preso

Ex-governador de MG Eduardo Azeredo se entrega e é preso

Azeredo (PSDB) foi condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no mensalão tucano; prisão foi determinada após último recurso na segunda instância ser rejeitado no TJMG.


Por G1 MG
Ex-governador de MG Eduardo Azeredo (PSDB), na apresentação à Polícia Civil em Belo Horizonte para começar a cumprir pena de 20 anos de prisão no mensalão tucano (Foto: Saulo Luiz/TV Globo)
Ex-governador de MG Eduardo Azeredo (PSDB), na apresentação à Polícia Civil em Belo Horizonte para começar a cumprir pena de 20 anos de prisão no mensalão tucano (Foto: Saulo Luiz/TV Globo).
 
O ex-senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou às 14h45 desta quarta-feira (23) em uma delegacia de Belo Horizonte. 
 
Ele é o primeiro político a ser detido no mensalão tucano. 
 
Os cinco desembargadores da 5ª Câmara Criminal rejeitaram, nesta terça-feira (22), o recurso da defesa do ex-senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) no processo do mensalão tucano e determinaram a execução imediatada da prisão.
 
Azeredo foi condenado em segunda instância a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no mensalão tucano, em agosto passado. 
 
A condenação em primeira instância foi em 2015
 
Eduardo Azeredo chegou à 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul, no bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acompanhado de um dos filhos e de um dos advogados. 
 
Eles entraram na delegacia em um carro seguido de uma viatura da Polícia Civil.
Eduardo Azeredo se entrega à polícia em Belo Horizonte (MG)
Eduardo Azeredo se entrega à polícia em Belo Horizonte (MG).

Quartel do Corpo de Bombeiros

O juiz da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte Luiz Carlos Rezende e Santos determinou, nesta quarta-feira (23), que Eduardo Azeredo (PSDB) fique em uma sala especial em um quartel do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte. 
 
O juiz, em sua decisão, disse que Azeredo pediu uma "segurança individualizada". 
 
O magistrado também afirmou que, por se tratar de um ex-governador, "tem prerrogativa de manter-se em unidade especial como a Sala de Estado Maior que deverá estar instalada no Comando de Batalhão Militar". 
 
Ainda no despacho, o juiz afirmou que a unidade preferencial para a detenção é um quartel do Corpo de Bombeiros por ter "fluxo menor de pessoas, o que notadamente permitirá maior segurança ao Sentenciado". 
 
Na mesma decisão, está ainda determinado que Azeredo não usará o uniforme de detentos da Secretaria de Administração Prisional porque o quartel não faz parte da rede administrada pela pasta. 
 
E ainda está dispensado do uso de algemas, com exceção de situações que estejam "devidamente justificadas". 
 
Parentes de Azeredo vão ser credenciados por equipe do sistema prisional para visitas ao tucano.
O ex-governador de MG Eduardo Azeredo em imagem de dezembro de 2017 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O ex-governador de MG Eduardo Azeredo em imagem de dezembro de 2017 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo).

Mensalão tucano

De acordo com a denúncia, o mensalão tucano teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Azeredo, que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998. 
 
O esquema envolveria a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e teria desviado ao menos R$ 3,5 milhões por meio de supostos patrocínios a três eventos esportivos: o Iron Biker, o Supercross e o Enduro da Independência. 
 
Todos os réus negam envolvimento nos crimes.
 
Além de Azeredo, o ex-senador Clésio Andrade foi também condenado há 5 anos de prisão por envolvimento no esquema. 
 
O político recorreu da decisão. 
 
Sua defesa sempre alegou que Clésio é inocente. 
 
“Confiamos na independência e na qualidade do Poder Judiciário mineiro. 
 
A douta juíza já demonstrou isso quando o absolveu do crime mais grave, após aprofundado exame da prova. 
 
A condenação pelo delito menos grave deveu-se a equívoco de interpretação, que temos certeza que será corrigido no Tribunal”, afirmou o defensor de Andrade por meio de nota no dia que apresentou o recurso. 
 
O jornalista Eduardo Guedes, que atuou como secretário adjunto de Comunicação Social na gestão de Azeredo, foi recentemente condenado por envolvimento no esquema
 
No início deste mês, a juíza Lucimeire Rocha, titular da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, determinou que ele cumpra 17 anos e cinco meses de prisão. 
 
O MPMG informou que a promotora Patrícia Varotto, da 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, pediu o aumento da pena. 
 
O advogado Sânzio Baioneta, que defende Guedes, disse que recorreu da decisão. 
 
“Entrei com embargos declaratórios em decorrência das omissões da sentença, que não apreciou as teses de defesa”, afirmou. 
 
Os ex-diretores da Comig Renato Caporali e Lauro Wilson foram julgados em um mesmo processo. 
 
Em outubro do ano passado, Caporali foi condenado a 4 meses e 15 dias de detenção em regime aberto por desvio de dinheiro público.
 
 Na ocasião, o advogado Hermes Guerrero, que representa Caporali, negou que o seu cliente tenha desviado recursos públicos. 
 
Guerrero recorreu da sentença. 
 
Em relação a Lauro Wilson, a Justiça considerou extinta a punibilidade. 
 
O prazo prescreveu porque o réu completou 70 anos em 2017. 
 
As penas em relação a Cláudio Mourão e Walfrido dos Mares Guia também prescreveram ao completarem 70 anos. 
 
 
Outros quatro réus ainda respondem ao processo na Justiça de Minas Gerais.

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