Os três integram a cúpula do PMDB no estado e são investigados pela Operação Cadeia Velha, que apura a para a prática dos crimes de corrupção.
Por G1 Rio
Jorge Picciani, Paulo Melo e Edosn Albertassi foram transferidos para a
Cadeia Pública de Benfica na noite desta quinta-feira (16), no Rio,
mesma cadeia em que está o ex-governador Sérgio Cabral.
Por unanimidade,
desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
(TRF-2) decidiram nesta tarde que os deputados estaduais devem ser presos preventivamente.
Os três integram a cúpula do PMDB no estado e são investigados pela
Operação Cadeia Velha, que apura a para a prática dos crimes de
corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e outros
cargos na Casa.
Pouco tempo após a decisão, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi se entregam na sede da PF no Rio.
O trio peemedebista se apresentou em carros particulares.
A 2ª
instância da Justiça Federal no RJ determinou a imediata prisão deles.
Apesar de a 2ª instância da Justiça Federal determinar a prisão dos
três peemedebistas, a decisão, conforme entendimento do TRF-2, será
submetida ao plenário da Alerj.
Para manter a sentença do tribunal, é
preciso que a maioria absoluta na Casa vote pela manuntenção da prisão.
Como a Alerj tem atualmente 70 deputados, é preciso que 36 deles sejam
favoráveis à permanência de Picciani, Albertassi e Melo na cadeia.
A Alerj comunicou que, para analisar a prisão dos deputados, foi convocada uma sessão extraordinária em caráter permanente,
que pode ocorrer nesta sexta (17), às 15h, sábado (18) ou domingo (19).
A Assembleia Legislativa já recebeu o ofício do TRF-2 comunicando a
prisão.
A princípio, a votação será aberta e presidida pelo deputado
André Ceciliano (PT), que tem substituído Picciani quando o presidente
está ausente.
O que dizem os acusados
Em nota enviada à imprensa, o deputado Edson Albertassi informou que
está "certo de que vai provar sua inocência".
No texto, o parlamentar
também disse "aguardar com tranquilidade a decisão do plenário da
Assembleia Legislativa".
Para o advogado Nelio Machado, que defende Jorge Picciani, a decisão do
tribunal foi "açodada".
"Meu cliente é inocente e o que está se usando é
o instituto da delação, que foi muito mal copiado dos Estados Unidos e
está sendo deturpado aqui", disse Machado.
O advogado acrescentou que considera a decisão incorreta do ponto de
vista constitucional.
Os tribunais acertam e erram.
Eu acho que o
tribunal errou", disse Machado se referindo à decisão do TRF-2 de
prender preventivamente Picciani.
Já Paulo Melo afirmou que acredita se tratar de uma decisão "injusta" e
disse estar convicto de que "ao analisar os documentos com
tranquilidade no decorrer do processo, os desembargadores irão notar a
inexistência de qualquer ilegalidade praticada e verão claramente a
minha inocência".