No primeiro do ano da
era Lula na Presidência da República, o slogan das suas campanhas era “Brasil,
um País de todos” criado pelo publicitário Duda Mendonça em 2002.
A marca foi adotada
por todos os órgãos do governo federal em suas campanhas de publicidade e
divulgação de atos administrativos e programas.
Aparentemente, o governo
brasileiro desejava vender a imagem de que de que o Brasil é um país onde todos
têm um lugar ao sol, independentemente de sua origem, raça, credo, etnia ou
posição social.
Por isso o uso de diversas cores na marca.
Se isso é verdade na
prática, não nos compete analisar aqui.
O fato é que o lema pinta um país
ideal, desprovido de preconceitos, onde representantes de todos os povos
encontram guarida e tem oportunidade de viver uma vida digna.
Esse lema se aproxima
bastante do ideal que Deus tem para Seu povo fiel.
Em Hebreus 11:16 Deus diz
que preparou uma cidade para os Seus fiéis: “Em vez disso, esperavam eles uma
pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se
envergonha de ser chamado o Deus deles, pois preparou-lhes uma cidade”.
Paulo claramente explica neste verso que o lar verdadeiro dos homens do Antigo
testamento, bem como dos que pertencem à nova ordem, a era cristã, não estava
na Terra, mas na cidade superior em que haviam colocado o coração; isto é, a
cidade celestial. I Pedro 2:11 mencionou que enquanto viviam neste mundo eles
eram “peregrinos
e forasteiros”, e como os filipenses a quem o apóstolo Paulo escreveu,
sua “pátria” está no Céu (Fp 3:20).
Semelhantemente, nós, cristãos somos
peregrinos nesta vida, pessoas em trânsito na Terra.
Como os heróis de Hebreus
11, somos “estrangeiros e peregrinos sobre a Terra” e desejamos “uma pátria superior”.
No sentido literal da
palavra, este mundo não é nosso lar.
Caminhamos na Terra sob o olhar de Deus e
na direção de Deus rumo à nossa esperança eterna.
O sonho de um mundo
melhor do que o presente tem animado os cristãos de todas as épocas, a serem
fiéis ao seu legado.
Jesus assegura-nos que existe esse mundo melhor.
Chamou-lhe
de “casa
de Meu Pai”.
Ele prometeu um lugar para cada crente fiel quando disse: “Não
se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu
Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.
Pois vou
preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos
receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João
14:1-3).
Paulo, escrevendo aos hebreus, disse de Abraão: “Pois
ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hebreus
11:10, ).
O apóstolo João nos revela o seu nome: “Farei
do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá.
Escreverei nele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova
Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus; e também escreverei nele o meu
novo nome” (Apocalipse 3:12, ).
No capítulo 21 de Apocalipse ele faz
uma fascinante descrição da cidade, inclusive suas dimensões.
Declara ele que a
cidade tem doze portais, feitos de pérolas; que as paredes são jaspe e as ruas,
ouro.
Fala de um rio da vida e uma árvore da vida, ali existentes.
Sim existe
ampla prova bíblica de que existe no Céu uma cidade literal, que descerá à Terra
no fim do milênio (Ap 21:2, 10), que um dia será habitada por todos os
redimidos do Senhor.
A Canaã terrestre e a Jerusalém terrestre eram parábolas
temporárias apontando para o descanso eterno dos santos, a cidade bem fundada
por Deus.
Nessa nova cidade que
Deus preparou, a incerteza, a angústia, a morte, a dor e o sofrimento não mais
existirão. “Nenhum morador de Sião dirá: "Estou doente! "E os pecados
dos que ali habitam serão perdoados” (Isaías 33:24,). “Então se abrirão os
olhos dos cegos e se destaparão os ouvidos dos surdos.
Então os coxos saltarão
como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria. Águas irromperão no ermo e
riachos no deserto” (Isaías 35:5,6,). “Ele enxugará dos seus olhos toda
lágrima.
Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga
ordem já passou" (Apocalipse 21:4, ).
Quão frisante é o contraste
entre a vida presente com suas tragédias, pesares e quebranto, e esta nova
ordem social prometida nas Escrituras!
Quão diferentes serão as condições no
Paraíso restaurado por Deus!
Nele os redimidos “construirão casas e nelas
habitarão; plantarão vinhas e comerão do seu fruto” (Isaías 65:21, ).
Tentar
imaginar o que será habitar na Pátria Celestial é um verdadeiro desafio à
imaginação humana.
Isto ultrapassa os limites da compreensão humana; mas
constitui uma confortadora realidade.
As Escrituras Sagradas
nos revelam que quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador pessoal
tornamo-nos filhos de Deus (Jo 1:11,12). “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito
que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de
Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos,
para que também participemos da sua glória” (Romanos 8:16,17, ).
Como filhos e filhas adotados de Deus, recebemos uma herança.
Recebemos a vida
eterna e um lar celestial chamado de Nova Jerusalém.
Embora seja legalmente
nossa, por enquanto o Pai está cuidando dela.
Quando Jesus voltar em glória e
majestade, nós poderemos recebê-la.
Caro amigo leitor, Deus
não quer que nenhum de nós fique para trás.
Assim, Ele retarda Sua vinda a fim
de nos dar tempo de preparar-nos.
E conta com você e comigo para ajudar os
nossos irmãos e irmãs a preparar-se.
Devemos lhes contar sobre a breve vinda de
Jesus e que Ele vai trazer consigo o dom da vida eterna.
Ele quer que cada um
de nós esteja pronto para receber a herança.
Perguntaram a uma
garotinha se ela não tinha medo de ir ao cemitério à noite.
“Oh não!
Disse ela;
“não tenho medo, pois minha casa está logo adiante”.
E assim é com todos nós,
os que pela fé aceitamos a Jesus Cristo como Salvador.
“A nossa cidade está nos Céus”
(Fp 3:20), logo adiante.
Aguardamos ansiosamente o cumprimento da
promessa feita ao patriarca Abraão, de uma pátria superior e celestial, de um
novo céu e uma nova Terra, onde todos serão felizes.
Não seremos mais “estrangeiros
nem forasteiros, mas concidadãos
dos santos e membros da família
de Deus”. (Efésios
2:19)
Valter Desiderio Barreto.
Salvador, Bahia, 03 de outubro de
2016.