Uma reportagem exibida no dia 17 pelo
programa Conexão Repórter, do SBT, apresentado por Roberto Cabrini, exibiu
imagens gravadas na unidade 2 do presídio de segurança máxima de Presidente
Venceslau, em São Paulo, onde estão presos alguns dos mais prestigiados líderes
do PCC.
De dentro do presídio, Marcos
Camacho, o Marcola, apontado como chefe da facção, consegue controlar
aproximadamente 3 mil homens de acordo com as estimativas das autoridades –
segundo os detentos, esse número chega a 20 mil.
Marcola e outros líderes do
PCC se encontram de segunda a sexta durante o banho de sol, e desses encontros
resultariam as ordens para realizar ataques, sequestros, tráfico de drogas e
assassinatos.
Depois que um superplano de fuga
arquitetado para retirar Marcola da prisão foi descoberto, o
governo de São Paulo pediu que ele fosse transferido para um presídio em
Presidente Bernardes, onde cumpriria a pena em Regime Disciplinar Diferenciado
(RDD), um sistema mais severo de detenção.
Assim, desde o dia 11 de março, ele
estava cumprindo a sentença em isolamento, ficando em uma cela separada, sem
acesso a meios de comunicação e tendo direito a apenas duas horas de banho de
sol.
Apesar de sua periculosidade, o
Desembargador Péricles Piza, do Tribunal de Justiça de São Paulo, entendeu que
não havia evidências de que Marcola tivesse participado do plano de fuga e
ordenou que ele fosse retirado do RDD no dia 10 de abril.
Retornando para o
presídio de Presidente Venceslau, Marcola volta a ter acesso a jornais e
televisão, visitas duas vezes por semana, contato com outros detentos e banhos
de sol de seis horas diárias.
Assista à reportagem do Conexão
Repórter, que foi dividida em três vídeos: