Diretor Henrique Pavão
Vice-Diretora Eunice França
Fonte: Blog do Alderi.
TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER. "DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS. EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA". DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 . TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE. ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
Boa noite Professor Valter! Primeiro quero lhe parabenizar pelo seu blog, que para mim é um dos melhores que existem na internet. O senhor não foge o estilo do seu jornal "Boca no Trombone do Estado do Pará", que está fazendo falta na nossa cidade. Pois os que circulam por aqui atualmente é só água com açúcar, pena que o senhor foi embora para São Paulo. Sou sua fã incondicional desde quando o senhor foi meu professor de filosofia no Colégio General Euclydes Figueirêdo, na década de 80. Sou grata a Deus pelo que sou hoje, e depois ao senhor. Pois foi através de seus ensinos que aprendi a ter meu senso crítico despertado para muitas coisas dessa vida. Concordo com o senhor em gênero, número e grau quando o senhor defende o direito do ex-prefeito Chico das Cortinas voltar a concorrer ao cargo de prefeito de Parauapebas. Sou eleitora dele, acompanhei toda a administração dele quando ele foi prefeito, e posso afirmar, foi o melhor prefeito que Parauapebas teve até hoje. Se hoje eu tenho uma casa para morar com meu esposo e meus filhos, agradeço a Deus primeiramente porque sou uma serva dele, e depois ao irmão Chico das Cortinas, que me deu um terreno como a muitos outros no Curtinão que mudaram o nome para Liberdade, só para apagar o nome do irmão Chico como o prefeito que ajudou os pobres da nossa cidade. Se tenho um emprego hoje, também agradeço a Deus e depois ao irmão Chico das Cortinas que abriu concurso público para dar oportunidade a todo mundo, sem contar que ele foi quem pagou o melhor salário até hoje na prefeitura de Parauapebas. O único mal que o irmão Chico cometeu quando foi prefeito, foi não inaugurar as obras que ele fez, deixando para a Bel Mesquita inaugurar quando assumiu a prefeitura de Parauapebas como se as obras fossem dela. Ela não é melhor do que o irmão Chico em nada, o Faisal nem se fala, inclusive no final do mandato dele, ele foi encurralado dentro da prefeitura pelos funcionários para pagar os salários atrasados, e só foi liberado depois que o irmão Chico interferiu garantindo aos funcionários que pagaria os salários atrasados deixado por ele. Faisal pensa que os maranhense esqueceu que ele nos chamou de porco. Ele também pensa que esquecemos que ele quando era prefeito deu um murro no rosto de um advogado da Vale do Rio Doce que quebrou até os óculos do advogado. Ele só dá uma de bonzinho quando está fora do poder, quando ele se elege ele não considera e nem respeita ninguém, ele é um tremendo ator e farsante. O Darci nos comícios de sua primeira eleição dizia nos palanques que quando assumisse a prefeitura ia tirar a empresa Clean da cidade porque a Bel Mesquita tinha feito contrato fraudulento com seu proprietário que hoje se encontra preso na cadeia por ter matado os dois irmãos do deputado Alexandro Novelino, e o pastor Finelon gritava nos palanques que quando o Darci assumisse a prefeitura ia colocar "a quadrilha de assaltantes" na cadeia, se referindo a ex-prefeita Bel e todo o seu pessoal da administração, inclusive o secretário de finança Welnei Lopes, e nada disso aconteceu depois que o Darci assumiu a prefeitura, ele fez foi se aliar ao grupo que estava saindo do poder. Não dá para acreditar e nem confiar nesses tres, Bel Mesquita, Faisal e Darci, todos eles são farinha do mesmo saco. No governo do irmão Chico foi o tempo que Parauapebas gozou de muita paz e tranquilidade, porque ele como um servo do Senhor Jesus Cristo, ele sempre contribuia com todas igrejas evangélicas para promover eventos de louvor e pregação na cidade. Sem contar que ele sempre ajudou os pobres dando lotes para eles fazer suas casas, como foi o bairro Curtinão que mudaram o nome para Liberdade e o bairro Maranhão. No governo do Faisal e da Bel Mesquita teve muitas mortes, inclusive a do Wanderlei em um dos comícios da Bel Mesquita porque o Divino boca quente foi tirar satisfação com o Faisal porque estava falando mal dele no comício e o Wanderlei tomou a frente porque ele era segurança da Bel, se desentenderam e o Divino atirou nele. No governo do Faisal mataram o vereador João Prudêncio de Brito, e graças ao senhor professor Valter, foi descoberto os motivos do assassinato dele e a esposa dele d. Marlene foi solta Nem o Faisal, nem a Bel Mesquita e nem O Darci são melhores do que o irmão Chico das Cortinas. Todos eles erraram mais do que o irmão Chico, por isso que eu e minha família que são mais de setenta pessoas vai votar para o irmão Chico ano que vem. Todos eles, Faisal, Bel Mesquita e Darci, estão podres de ricos, o irmão Chico saiu da prefeitura pobre e continua pobre, porque ele é honesto e temente a Deus. O irmão Chico das Cortinas é diferente de todos eles, espero que a população de Parauapebas reconheça que o irmão Chico merece uma nova oportunidade de ser o nosso prefeito no próximo ano para não se arrepender elegendo de novo quem nós já conhecemos, não se iludindo com as obras que o Darci está fazendo atualmente para garantir a eleição do seu sucessor, que a população de Parauapebas reconheça que o que ele está fazendo agora não passa de obrigação dele, não é nenhum favor que ele, o Darci, está fazendo para nós. Se o candidato dele vencer as eleições, vai ser igual o Lula e a Dilma, ele vai ficar nos bastidores mandado no seu sucessor, como o Lula manda na Dilma. não vou assinar meu nome aqui porque esse pessoal do PT é perseguidor e vingativo, eles não podem me demitir, mas pode me transeferir do bairro que moro que é no Curtinão para outro bairro bem distante para me prejudicar, mas espero que o senhor publique esse meu comentário. Obrigada professor Valter pelo que o senhor foi prá mim. Estou orando pelo senhor.
Sou pioneira em Parauapebas, moradora no bairro Curtinão.
Apadrinhado de Sarney, Gastão Vieira (PMDB-MA) está no quinto mandato como deputado
Gastão Vieira já foi secretário da governadora Roseana Sarney (MA)
Kotscho: Como Novais chegou a ser ministro?
Vieira (MA) é apadrinhado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A disputa pelo cargo foi acirrada entre as facções da legenda. Dilma exigia que a escolha fosse “segura”, livrando o governo em novas denúncias de corrupção. Deixou claro que queria “um ministro que fique”.
O novo titular do Turismo é descrito pelos parlamentares como discreto e distante das articulações de bastidores e políticas. Gastão Vieira preferiu se engajar em negociações relativas à educação, cultura e seguridade social.
O peemedebista tem trajetória na área da educação e se dedicou, em geral, a assuntos regionais. Por duas vezes, Gastão Vieira se licenciou para assumir as secretarias estaduais de Educação e Planejamento, no Maranhão. Na última ocasião em que se licenciou, em 2009, foi secretário durante a gestão da governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Apontado como simpático e de temperamento fácil, Gastão Vieira transita com facilidade entre os colegas no Congresso Nacional.
O novo ministro também participou de negociações no exterior sobre irrigação, combate às desigualdades sociais, atividades do terceiro setor e da 34ª Conferência Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para a Educação, Ciência e Cultura.
Polêmicas
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, ao assumir a Secretaria de Planejamento maranhense, Vieira continuou a usar seu apartamento funcional na Câmara. Segundo ele, o uso tinha sido autorizado "em caráter excepcional". Ali viviam suas duas filhas.
Em entrevista ao programa CQC, da Band, Vieira se referiu ao próprio partido como “traíra”.
- No PMDB todo mundo manda, ninguém obedece e cada um fez o que quer.
A Vale abre na segunda-feira, 19 de setembro, as inscrições para o Programa de Estágio. São 1.200 vagas para estudantes do ensino técnico e superior dos estados do Pará, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Maranhão, São Paulo, Bahia, Sergipe, Goiás, Mato Grosso do Sul. No Pará, onde são ofertadas mais de 90 vagas, os candidatos podem se inscrever em cursos de formação técnica ou de nível superior, nas áreas de Segurança no Trabalho e Administração, entre outras. As inscrições podem ser feitas pelo site www.vale.com/oportunidades até 9 de outubro
O objetivo do programa é preparar estudantes do ensino técnico e superior de diversas áreas para responder aos desafios diários da profissão por meio de experiências práticas na empresa. O estagiário recebe acompanhamento periódico e participa de atividades que estimulam o desenvolvimento de futuros talentos.
Para os universitários serão oferecidas vagas para cursos de diferentes áreas, como Engenharia, Administração de Empresas, Análise de Sistemas, Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Comunicação Social, Direito, Economia, Geologia, Gestão Ambiental, Informática, Química, Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação, entre outros.
Também terão a oportunidade de se inscrever estudantes de nível técnico de mais de 20 cursos, entre eles Mecânica, Eletroeletrônica, Eletromecânica, Elétrica, Química, Metalurgia, Informática, Administração, Geologia e Logística.
"A nossa missão é transformar estudantes em profissionais de excelência. O Programa de Estágio é uma ótima oportunidade para os jovens talentos que buscam desafios e querem se desenvolver profissionalmente em uma empresa que está crescendo ano a ano", afirma Ana Albertim, Gerente de Educação Profissional da Vale.
Os selecionados iniciarão o estágio a partir de fevereiro de 2012 e receberão bolsa-auxílio mensal de R$ 600,00 ou R$ 900,00 (os valores variam dependendo do curso, técnico ou superior, e da carga horária), assistência médica e seguro de vida. Nas unidades onde a empresa não oferece transporte e restaurante, os estagiários também receberão vale-transporte e vale-refeição. A carga horária do estágio varia entre quatro e seis horas, dependendo das atividades a serem desenvolvidas.
Para participar do processo seletivo, os universitários devem estar em período equivalente a dois anos para concluir o curso, ter conhecimentos de inglês e de informática. Para os candidatos de nível técnico, a exigência é que estejam no último ano do curso ou sejam formados na parte teórica, desde que não tenham cumprido toda a carga horária de estágio obrigatório e ainda estejam matriculados na instituição de ensino.
Serviço:
O que: Programa de Estágio da Vale
Quando: de 19 de setembro a 9 de outubro de 2011
Quantidade de vagas: 1.200
Como se inscrever: acesse o site www.vale.com/oportunidades
A Justiça de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) determinou a retirada imediata da mensagem com citações evangélicas em um outdoor que gerou críticas pelo movimento gay da cidade.
Outdoor evangélico gera crítica de gays
A liminar foi concedida para ação civil pública movida pela Defensoria Pública de Ribeirão.
Segundo o defensor público Victor Hugo Albernaz, a decisão da 6ª Vara Cível de Ribeirão determina a imediata retirada, sob pena de multa de R$ 10 mil.
A obrigação de retirada foi dirigida à Casa de Oração, igreja evangélica autora das mensagens, e à Nobili Painéis, proprietária do outdoor.
Segundo Albernaz, até o início da noite desta sexta (19) a Nobili já havia sido notificada.
À Folha o pastor Antonio Hernandes Lopes disse que só se manifestará após ser notificado.
O outdoor colocado na última quarta-feira de agosto (17) trazia três citações bíblicas. Entre elas uma do livro de Levítico: “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...”.
A outra, da Carta de São Paulo aos Romanos, diz que “até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros”.
COMENTÁRIO:
Essa atitude da justiça de Ribeirão Preto em determinar que seja tirado o outodoor com a citação bíblica mostrando que Deus abomina o homossexualismo não é novidade para quem conhece as Sagradas Escrituras. É profecia se cumprindo. Dou graças a Deus porque está acontecendo isso, porque se não acontecesse, a Bíblia estaria mentindo.
Meu questionamento é em relação a atitude dos ditos líderes religiosos "evangélicos" que em momento algum esboçaram nenhuma reação de repúdio a atitude dos representantes da justiça de Ribeirão Preto. Não importa quem colocou o outoodor com a mensagem da Bíblia Sagrada, o que importa é que houve um abuso de autoridade e CENSURA a proclamação da PALAVRA DE DEUS, por autoridades que se acham no direito de proibir se divulgar o que está escrito na Bíblia apenas para satisfazer um grupo de indivíduos que insiste em afrontar a Deus como foi nos dias de Sodoma e Gomorra.
Não vai demorar, logo estarão proibindo a leitura da Bíblia Sagrada em lugares públicos. Só quem irá desobedecer a "lei" dos homens nessa proibição, serão aqueles que verdadeiramente não terão medo das punições a sí reservada que irá de prisão até a pena máxima que é a morte por "teimar" com as autoridades humanas que já estão a serviço de Satanás para perseguir os VERDADEIROS CRENTES EM JESUS CRISTO.
"Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro (Lesbianismos), contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher (relação sexual), se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, HOMENS COM HOMENS (homossexualismo masculino), e recebendo, em si mesmos, a MERECIDA punição do seu ERRO". Roamanos, capítulo 1º versos 25 a 27.
Valter Desiderio Barreto - Servo do Senhor Jesus Cristo. O Profeta Amós do século XXI
A mais emblemática foi contra a mineradora Vale, que reparou a hora “in itinere” (no itinerário) dos funcionários de suas casas a mina da Vale, condenando a companhia a recolher 200 milhões de reais ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, administrado pelo BNDES), pela prática de “dumping social”, e mais R$ 100 milhões como danos morais coletivos, a serem pagos aos funcionários.
Em entrevista, o paraense de Santarém discorre sobre a pressão que sofreu para julgar o caso: “recebia dezenas de telefonemas por dia de pessoas contrárias à ação movida em favor dos trabalhadores”. Além de observações sobre as consequências do modelo de trabalho na maior província mineral do mundo: “não se trata de monetizar e sim de reduzir a jornada, pois a atual forma de trabalho na mina da Vale em Carajás significa acabar com a vida desses trabalhadores”.
Por fim ainda analisa as relações de trabalho na região amazônica e as sanções jurídicas que acredita serem importantes para coibir o trabalho escravo: “Eu prefiro a sanção econômica a colocar um escravocrata na cadeia”. Confira abaixo.
BDF- Quais as principais causas que geram questões jurídicas trabalhistas na região de Carajás atualmente?
JA- As principais causas de questões jurídicas na região estão ligadas à exploração econômica. Historicamente isso se explica pelo avanço da destruição da floresta, primeiro com o extrativismo, depois com o desmatamento para exploração da madeira e agropecuária. Mais recentemente, o vetor da produção mineral em larga escala e a necessidade da conjugação para a produção do aço -do ferro gusa em especial-, que precisa de 70 por cento de carvão. Então você tem duas lesões diretas que repercutem diretamente no nosso dia-a-dia: a ambiental e a trabalhista. Produzir carvão, por exemplo, pelas regras laborais e ambientais gera apenas 10% do custo da produção; essa equação explica a persistência do trabalho escravo e degradante na região, por uma questão econômica. Compensa mesmo, diante do risco de ser flagrado. O Estado, por sua vez financia mas não disciplina. Em Parauapebas (PA), a maior província mineral do mundial, só tem uma autoridade de nível federal que é o juiz do trabalho, falta uma estrutura estatal.
BDF – Parece que o Programa Grande Carajás, em toda sua cadeia de produção, implica ainda mais em desrespeito e precariedade ao trabalhador. A alta rentabilidade das empresas não oferece retornos significativos a trabalhadores e meio ambiente. Em sua opinião, porque isso acontece?
JA- Compensação é o que mantém a lucratividade, não há nada que force uma melhoria, que empurre isso no sentido contrario, é o Estado o responsável. Esse desrespeito e precariedade está ligado à forma de concorrência, inclusive desleal entre as empresas, proporcionado o Dumping Social. As empresas que respeitam as leis ficam sem condições de concorrer. Por isso a importância da intervenção do Estado. A justiça no trabalho de Parauapebas ficou 15 anos sozinha tentando conseguir que a Vale pagasse os horários referentes a itinerância dos funcionários, de suas casas à mina.
E esse órgão lá existe há somente 16 anos, para um projeto (Grande Programa de Carajás) que nasceu 30 anos atrás. Portanto, levamos 16 anos para corrigir um pequeno aspecto, que exigia uma reparação. Pois o trabalhador da Vale levanta às três da manhã, apanha o ônibus as quatro e chega na mina as seis.Sai as quinze horas, tendo mais duas horas e pouco aproximadamente para voltar. Chegando a sua residência as 18h. Assim, ele tem seu tempo livre de fruição pessoal das 18h as 3h da manhã. É um tempo que ele passa dormindo, portanto vive para trabalhar e dormir. Na folga joga-se no álcool e na prostituição; isso explica o alto índice de violência em Parauapebas. Essa é a forma com que se pratica o trabalho em Carajás, na segunda maior mineradora do mundo.
BDF – O senhor, quando atuava em Parauapebas, deferiu uma serie de processos que culminava em multas trabalhistas às empresas. O dinheiro recolhido era determinado para minimizar as demandas sociais da cidade, como saúde, cultura e educação. Na visão do senhor, isso faz com que a empresa não só pague apenas corretamente os direitos dos seus funcionários, mas contribua para equilibrar as questões sociais que as mesmas ajudam a deteriorar nessas cidades, sobretudo com o inchaço populacional?
JA -Isso decorre porque essa forma de vida levada pelos funcionários da Vale ainda implica em um prejuízo coletivo, pois a Vale priva o ser humano, seu funcionário, de viver em sociedade. Ele pode ser um técnico ou um engenheiro, não importa, ambos emitem valores na inserção social, isso é importante. Da forma como é hoje, a mineradora devolve à sociedade um ser humano, no dia de sua folga, em condições que acabam provocando problemas para a comunidade. Isso se caracteriza em uma lesão de natureza coletiva que foi reparada dessa forma, promovendo obras de usufruto da coletividade na própria cidade.
BDF- Como teriam que ser distribuídas as horas de trabalho desses funcionários, para que pudessem levar uma vida com um convívio social maior com a família e sociedade?
JA- São 21 mil trabalhadores hoje na mina de Carajás. Poderiam ser criadas mais 7 mil vagas, se dividir o trabalho em quatro turnos; isso está na Constituição Brasileira, é possível. As pessoas passariam a trabalhar apenas seis horas por dia. Mas a empresa se baseia na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho que diz que você pode prorrogar esses horários e monetizar o funcionário, da forma como a Vale faz hoje. Ao meu ver, não se trata de monetizar e sim de reduzir a jornada, pois ao contrário acabar-se-ia com a vida desses trabalhadores.
BDF- O que realmente ganha a classe trabalhadora com o chamado progresso da região?
JA – Nós estamos construindo a história, o trabalhador ganhou muito pouco até agora, mas conseguimos melhorias em escolas, centros profissionalizantes, algum apoio, muito pouco. Isso é um processo em construção que pode ser revertido pela própria dinâmica da sociedade e do Estado.
BDF- Como foi enfrentar a gigante Vale, onipresente em diversas instâncias governamentais e da sociedade civil, para que o pagamento das horas “in itinere” pudesse ser reparado aos trabalhadores?
JA- Foi necessária uma boa articulação, para vencer a resignação. Houve uma serie de pessoas que nos ajudou. Num dado momento tive que me conceituar e ver se eu queria ser um juiz ou não, se valia a pena utilizar as ferramentas jurídicas. Nesse momento o apoio da família pesou muito, pois eu corria o risco de perder a função pelo poderio da empresa.
Tive uma pressão terrível de Brasília, inclusive de dentro do próprio judiciário e dos altos escalões superiores a mim para que eu não fosse à frente com o processo. Recebia dezenas de telefonemas por dia de pessoas contrárias à ação movida em favor dos trabalhadores, isso foi de meados de 2008 até o começo de 2010, ininterruptamente.
BDF- O que poderia modificar a região amazônica, onde atualmente se concentra ocorrência de trabalho escravo, baixos salários, condições de trabalhos precárias e subumanas e trabalhadores rurais expulsos de suas terras?
JA- Temos um cenário na região que nos leva a concentrar quase todas as formas e sistemas de produção, desde o capitalismo mais avançado até a questão escravocrata. Temos integrado alta tecnologia, matriz energética renovável, limpa e temos essas formas de produção precária do trabalhador, ainda mais graves devido à ausência do Estado. Mas a sociedade está se movimentando. A Comissão Pastoral da Terra –CPT- em 1980 mostrou isso quando se dizia que não existia trabalho escravo.
Tudo o que temos hoje a respeito de coerção contra esse crime foi fruto da mobilização da sociedade civil e da pressão internacional. O dano moral coletivo, infligido às empresas, foi fruto dessa pressão. É o que mais funciona. Eu prefiro a sanção econômica a colocar um escravocrata na cadeia.
Essa função criminal de encarcerar o infrator não adianta, se a atividade criminal não cessar em suas fazendas. Não defendo a impunidade, mas defendo que teríamos que empobrecê-lo, buscando, por exemplo, sanções internacionais que boicotem a carne produzida com trabalho escravo. Isso é mais efetivo do que eu tentar punir judicialmente a empresa, pois meu sistema jurídico é extremamente conservador, não modifica a situação.
Para entender
Denomina-se dumping social a prática na qual se busca vantagens comerciais através da adoção de condições desumanas de trabalho.
Para aprofundar
No ano de 2005, a riqueza criada por cada funcionário da Vale foi de US$ 302.700. Um funcionário custou em média para a empresa em torno de US$ 14 mil ao ano, portanto ele rendeu para empresa US$ 228.700. Considerando uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, significa que o trabalhador pagaria seu salário mensal com apenas 6 (seis) horas de trabalho.
Fonte: Movimento dos Atingidos pela Mineração
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