Petição que resultou em proibição da Justiça relata xingamentos e várias autuações contra o cantor por extrapolar no som alto. Assessoria diz que sertanejo fez apenas uma live solidária e que, com decisão, não se apresentará mais no condomínio.
Por Sílio Túlio, G1 GO
Na primeira foto, cantor e amigos na porta da família; na outra, PM no local conversando com os moradores — Foto: Reprodução.
A defesa dos vizinhos que entraram na Justiça contra o cantor Jefferson
Moraes devido ao barulho provocado por festas realizadas por ele
revelou detalhes sobre a situação que gerou o processo.
Na petição, além de relatos de xingamentos, ofensas e autuações em decorrência de som alto, constam imagens de uma confusão entre os envolvidos, em um condomínio fechado de Goiânia.
O problema motivou uma ação na Justiça, que resultou em uma liminar da juíza Alessandra Gontijo do Amaral.
A sentença proíbe o cantor de realizar eventos e shows na residência onde mora.
A assessoria do artista disse que ele fez apenas uma live beneficente,
mas que, como "moradores do condomínio preferem que elas não sejam
realizadas", ele irá acatar a decisão e fará suas próximas lives fora do
condomínio.
Embora questionada, a assessoria disse que não ia se
posicionar sobre os relatos de xingamentos e ofensas.
As imagens que constam na petição mostram um grupo, composto por
Jefferson e outras pessoas, na porta da casa dos vizinhos.
Outro
registro contém os vizinhos conversando com policiais militares na porta
da residência.
O grupo já não está mais no local.
A situação ocorreu no dia 9 de maio. De acordo com o advogado dos
vizinhos, José Mendonça Carvalho Neto, o dono da residência comemorava
seu aniversário e, num "costume pernambucano e familiar", estourou três
bombinhas de São João em seu quintal.
Relata a defesa da família que o cantor alegou que os vizinhos jogaram
bombas em seu quintal.
Por isso, o artista e alguns amigos teriam ido ao
local tirar satisfações.
No documento elaborado pelo advogado, consta que o grupo começou a bater nos vidros laterais da janelas e a xingar os moradores.
Houve uma conversa entre os envolvidos.
A PM foi acionada, mas chegou
depois que o grupo já havia deixado o local.
No entanto, um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o artista foi registrado por ameaça.
Jefferson Moraes está envolvido em polêmica por causa de show em condomínio fechado — Foto: Érico Andrade / G1.
Som alto e festas.
A pendência entre Jefferson e os vizinhos, porém, começou antes.
Eles
narram que o artista alugou uma casa no condomínio há nove meses e que,
devido à pandemia, o sertanejo passou a realizar, praticamente todos os
dias, "festas de arromba, regadas a muita bebida alcoólica e som alto", o
que incomodou os vizinhos.
Tanto que, na petição, constam sete autuações e três multas em desfavor
do cantor por barulho acima do permitido no condomínio.
Mesmo assim, ele realizou uma live no dia 30 de abril, sendo uma das
ocasiões em que foi multado.
Os advogados da família afirmam que em determinado momento da apresentação, o artista ofendeu os vizinhos - de forma generalizada - com um xingamento.
Nota da assessoria de Jefferson Morais.
O
cantor Jefferson Moraes realizou uma única live em sua casa,
respeitando as orientações da OMS -
Organização Mundial da Saúde - como o
uso de máscaras e mantendo o distanciamento social entre todos os que
trabalharam.
O intuito da live foi arrecadar cestas básicas para
instituições de caridades tão afetadas com pandemia da Covid -19.
No
entanto, moradores do condomínio onde ele reside, preferem que não sejam
realizadas lives beneficentes.
Atendendo a esta determinação Jefferson Moraes acatará a decisão mas continuará fazendo seu trabalho para ajudar os mais atingidos pela crise econômica, e suas próximas lives acontecerão fora do condômino, como a próxima na quinta- feira (6/8) em Belo Horizonte.
COMENTÁRIO:
Esses "artistas" que não agregam nada de bom para a sociedade, não tem o bom senso que o período que o Brasil e o mundo estão vivendo em consequência ao Covid -19, não é o momento pra está se fazendo festa nem em condomínio e nem em lugar nenhum, ainda mais quando os mesmos são advertidos de estarem incomodando vizinhos que não compactuam e nem compartilham com essas apresentações artística como aconteceu com esse "Astro" sem brilho, que não respeita o direito das pessoas não comungarem e nem compartilharem neste momento crítico em que muitas famílias estão chorando a perda de entes queridos para esse vírus letal em toda parte do mundo, preferindo o silêncio e a reflexão sobre a brevidade da vida que se esvai de cada um de nós no momento que menos esperamos.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 05 de agosto de 2020.
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