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terça-feira, junho 30, 2020

Decotelli entrega carta de demissão; ato no 'Diário Oficial' tornará nomeação sem efeito

Apresentação Valdo Cruz - DMT Palestras
Por Valdo Cruz.
Comentarista de política e economia da GloboNews. Cobre os bastidores das duas áreas há 30 anos.
Valdo Cruz e Delis Ortiz — TV Globo, Brasília
Valdo Cruz: ‘Decotelli mentiu para o presidente da República’
Valdo Cruz: ‘Decotelli mentiu para o presidente da República’.

Cinco dias depois de ter sido nomeado, o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. 

Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não tinha anunciado oficialmente a saída do ministro nem o nome do substituto. 


Ele foi o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro — o primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de três meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses

Segundo informou a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, a edição desta quarta-feira do "Diário Oficial da União" incluirá um ato que tornará sem efeito a nomeação do ministro.
Ato que torna nomeação de Decotelli sem efeito será publicado no DO de quarta (1º)
Ato que torna nomeação de Decotelli sem efeito será publicado no DO de quarta (1º).

No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro. 


Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue a Bolsonaro e disse que Decotelli está "visivelmente abalado com essa situação”. 

Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo. 

Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda-feira, o presidente já dava como insustentável a situação dele. 

Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações

São três os pontos questionados no currículo de Decotelli: 
  • denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
  • e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.

Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do ministro. 


Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse



COMENTÁRIO:



Valdo Cruz: ‘Decotelli mentiu para o presidente da República’.


Eu já havia antecipado aqui no meu Blog que esse mentiroso bravateiro, não assumiria o Ministério da Educação.


Ele não resistiu a pressão da imprensa, porque sabia que algo mais podre do que as mentiras que o acompanha em sua carreira profissional e militar, como Oficial da Reserva da Marinha, não demoraria a vir à tona !  


Por isso que a imprensa é reconhecida no mundo como o 4º Poder. 

Ela é implacável !

Ela elogia, enaltece a quem merece, mas também ela derruba quem não respeita a sociedade.


Valter Desiderio Barretos.  


Barretos, São Paulo, 30 de junho de 2020.

FGV afirma que Decotelli não faz parte do quadro de professores efetivos da instituição


Segundo a instituição, ele deu aulas em cursos vinculados à FGV e não fez parte do quadro de professores das escolas da fundação.

Por G1


Carlos Alberto Decotelli não faz parte do quadro de professores efetivos da FGV, de acordo com a própria instituição. — Foto: Reprodução.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou nesta terça-feira (30), em nota, que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, não faz parte do quadro de professores efetivos da instituição.

No currículo na plataforma Lattes, Decotelli cita 18 vezes o vínculo institucional com a FGV, entre 2001 e 2018, como "professor" da fundação.


Mas, segundo a FGV, ele deu aulas em cursos vinculados à fundação, e não fez parte do quadro de professores efetivos das escolas da FGV.

"O Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação", afirmou a instituição (leia a íntegra abaixo).

 
O ideal, em situações semelhantes, seria apontar o vínculo como "colaborador".

Decotelli já teve ao menos outros quatro pontos em seu currículo confrontados por instituições:

Sobre a denúncia de plágio, a FGV esclarece que as investigações ainda não foram concluídas.
Carlos Alberto Decotelli tenta explicar incongruências do currículo
Carlos Alberto Decotelli tenta explicar incongruências do currículo.

Leia a íntegra da nota da FGV:

 

"A FGV se encontra em regime de trabalho remoto, com aulas presenciais suspensas inclusive, desde março de 2020, por força do isolamento imposto pela pandemia do Coronavírus, seguindo determinação das autoridades constituídas, federal, estadual e municipal, em razão do estado de emergência de saúde. 


O Prof. Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. 


Assim, qualquer informação a respeito demandará acesso a arquivos físicos da época pelos respectivos orientadores responsáveis, o que só poderá se dar após o retorno destes a atuação presencial, eis que todos pertencentes ao chamado grupo de risco. 


Quanto aos cursos de doutorado e pós-doutorado, realizados com outras instituições educacionais, cabe a estas prestar eventuais esclarecimentos e não à FGV, para quem o Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação. 


Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição.”


COMENTÁRIO: 

"O Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação", afirmou a instituição (leia a íntegra abaixo)".


Pega na mentira ! 


O  presidente Jair Messias Bolsonaro já era para ter substituído esse professor mentiroso que já foi desmascarado por pelo menos, três instituições séria, a respeito do seu currículo mentiroso, para evitar mais desgaste no seu governo !


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 30 de junho de 2020.
 

segunda-feira, junho 29, 2020

Universidade nega que Decotelli tenha feito pós-doutorado na Alemanha, e ministro altera de novo o currículo


Currículo do ministro da Educação é contestado por duas universidades. Nesta segunda, governo decidiu adiar posse para fazer 'checagem completa' nas informações prestadas por Carlos Alberto Decotelli da Silva.

 

Por Stephanie Wegenast e Amanda Polato, TV Globo e G1


Carlos Alberto Decotelli, em foto de maio de 2019 — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.

A Universidade de Wuppertal, na Alemanha, informou em nota enviada à TV Globo nesta segunda-feira (29) que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, não fez pós-doutorado na instituição.
"O Prof. Dr. Carlos Decotelli se aproximou da Profa. Dra. Brigitt Wolf para uma estadia de pesquisa de três meses em janeiro de 2016.


Até 2017, ela foi professora de teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia na Universidade de Wuppertal, e é agora emérita.


Carlos Decotelli não adquiriu um título em nossa universidade. 


Ele não foi um pós-doc em nossa universidade. 


A Universidade de Wuppertal não pode se pronunciar sobre títulos adquiridos no Brasil", informou a Universidade de Wuppertal em nota.
Governo adia posse do novo ministro da Educação, Carlos Decotelli
Governo adia posse do novo ministro da Educação, Carlos Decotelli.

Além disso, também nesta segunda, o G1 verificou que Decotelli alterou o currículo disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Ele excluiu a citação ao pós-doutorado.Ministro da Educação, Carlos Decotelli, altera novamente seu currículo na plataforma Lattes — Foto: G1
Ministro da Educação, Carlos Decotelli, altera novamente seu currículo na plataforma Lattes — Foto: G1.

Decotelli já tinha feito uma alteração semelhante depois que o reitor da Universidade Nacional de Rosário negou que ele obteve o título de doutor pela instituição. 


Ele chegou a estudar na Argentina, mas não defendeu a tese, sendo assim impossível ter conquistado o título.
Após polêmica do doutorado, Decotelli é suspeito de plágio na tese de mestrado
Após polêmica do doutorado, Decotelli é suspeito de plágio na tese de mestrado.

Oficial da Reserva da Marinha, Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 


Além de questões sobre o doutorado e o pós-doutorado, o novo ministro também é questionado por seu trabalho de mestrado: a Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde ele obteve o título de mestre, disse que vai apurar a denúncia de plágio na dissertação de Decotelli

Posse adiada.

 

A posse de Carlos Decotelli como ministro, inicialmente marcada para esta terça-feira (30), foi adiada pelo governo. 


Não foi divulgada uma nova data. 


O colunista do G1 Valdo Cruz conversou com ministros, que confirmaram a informação, publicada inicialmente pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal "O Globo". 

De acordo com esses ministros, o governo decidiu fazer uma "checagem completa" do currículo de Decotelli. 

Na semana passada, o reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci desmentiu o currículo de Decotelli. 


No currículo, disponível na plataforma Lattes, constava que o novo ministro tinha diploma de doutor pela instituição. 


O reitor negou. 

À TV Globo, Bartolacci disse que o novo ministro até iniciou o doutorado na universidade argentina, mas não concluiu o curso.
Posse do ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, é adiada
Posse do ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, é adiada. 


COMENTÁRIO: 


"A posse de Carlos Decotelli como ministro, inicialmente marcada para esta terça-feira (30), foi adiada pelo governo". 

Não vai mais assumir !

Já está descartado pelo governo Bolsonaro porque mentiu "vendendo gato por lebre" para o mundo todo !

Um velho de cabelos brancos dando mal exemplo para os mais novos, mentindo sobre seu status acadêmico !

Que vergonha futuro ex Ministro da Educação que nem chegou a assumir o cargo por causa de suas mentiras !  


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 29 de junho de 2020.
 

sábado, junho 27, 2020

FGV diz que irá apurar suspeita de plágio em dissertação de mestrado do novo ministro da Educação


Ministro cursou mestrado em Administração na Fundação Getúlio Vargas. Na sexta (26), reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, disse que Carlos Alberto Decotelli não concluiu o doutorado na instituição.

 

Por G1 e TV Globo — São Paulo


Carlos Alberto Decotelli, em foto de fevereiro de 2019 — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou neste sábado (27) que vai "apurar os fatos referentes à denúncia de plágio na dissertação do ministro Carlos Alberto Decotelli".


A suspeita é que o novo ministro da Educação tenha cometido plágio no trabalho apresentado em 2008 para a conclusão de um mestrado em Administração na instituição.

Em nota, a FGV afirma que o orientador da dissertação foi procurado e que, caso seja confirmado um "procedimento inadequado", serão tomadas medidas administrativas e judiciais contra o novo ministro.
"A FGV está localizando o professor orientador da dissertação para que ele possa prestar informações acerca do assunto.

Caso seja confirmado o procedimento inadequado, a FGV tomará as medidas administrativas e judiciais cabíveis", afirma a instituição em nota.
Procurado pela TV Globo, o ministro Carlos Alberto Decotelli não quis se manifestar.


O Ministério da Educação não respondeu aos pedidos de informação até publicação desta reportagem.

Em seu currículo público na plataforma Lattes, Decotelli apresenta o título de "Mestrado profissional em Administração" obtido na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2008, com a dissertação "Banrisul: do Proes ao IPO Com Governança Corporativa".

No entanto, na dissertação há trechos idênticos aos de um relatório feito em 2007 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).


O novo ministro não citou a CVM nas referências bibliográficas do trabalho.
Trecho do currículo na plataforma Lattes que menciona o doutorado em Administração que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, diz ter — Foto: Reprodução/CNPq
Trecho do currículo na plataforma Lattes que menciona o doutorado em Administração que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, diz ter — Foto: Reprodução/CNPq.

Uma postagem nas redes sociais feita pelo professor universitário Thomas Conti deu início à discussão sobre plágio na dissertação do ministro.

Doutorado na Argentina.

O reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, afirmou, nesta sexta-feira (26), que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli não concluiu o doutorado e que a tese dele foi reprovada.


É o contrário do que o currículo do professor Decotelli registra.
Reitor argentino diz que Decotelli não concluiu doutorado na Universidade de Rosário
Reitor argentino diz que Decotelli não concluiu doutorado na Universidade de Rosário
O novo ministro da Educação tratou do processo de transição no MEC. 


Teve reuniões desde quinta-feira (25). 


Embora tenha sido uma nomeação inesperada, Carlos Alberto Decotelli da Silva impressionou com o peso do currículo, divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro ao anunciar a escolha dele, em rede social: “Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela Fundação FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”. 

Os títulos de formação acadêmica estão no currículo de Decotelli no site do Ministério da Educação. 


Esses títulos também estão no currículo Lattes, da página do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPQ. 


São informações dadas pelo titular, Decotelli, atualizadas e confirmadas nesta sexta-feira, como o doutorado em Administração na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. 


"Gestão de riscos na modelagem dos preços da soja", ano de obtenção: 2009. 

Mas o reitor da Universidade de Rosário reagiu à postagem do presidente Bolsonaro dizendo que Carlos Alberto Decotelli da Silva não obteve, na Universidade Nacional de Rosário, o título de doutor. 

Em nota, o MEC informou que o ministro Carlos Alberto Decotelli da Silva concluiu, em fevereiro de 2009, todos os créditos do doutorado em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas e Estatística da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, e encaminhou cópia de um certificado emitido pela universidade que mostra que Decotelli fez as disciplinas do curso.

Ao Jornal Nacional, o reitor argentino confirmou que Decotelli cursou o doutorado na Faculdade de Ciências Econômicas, mas a tese, a conclusão do curso que ele apresentou, não foi aprovada. 


Assim, o ministro não conseguiu o título, ou seja, não é doutor. 

Franco Bartolacci disse que Decotelli apresentou a tese em 2016, teve três avaliações desfavoráveis dos integrantes da banca que examinou o estudo.

Na noite desta sexta-feira, houve uma nova atualização no currículo Lattes de Decotelli. 


Agora, o doutorado na Argentina aparece com créditos concluídos e sem defesa de tese. 


COMENTÁRIO:


Envolver a 
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), com mentiras, é bater de frente com a verdade sr. Ministro da Educação !


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 27 de junho de 2020.

quinta-feira, junho 25, 2020

Gêmeos cearenses separados no nascimento se encontram 23 anos depois em Uberlândia


Adotados por famílias diferentes, eles já tinham se falado virtualmente este mês, mas o primeiro abraço foi dado no aeroporto de Uberlândia na noite passada. No próximo domingo (28), o Fantástico traz a cobertura completa do encontro dos dois irmãos.

Por Mariana Dias e Roberta Souza, G1 Triângulo e Alto Paranaíba e G1 CE
Gêmeos cearenses no primeiro abraço após 23 anos, no saguão do aeroporto de Uberlândia (MG) — Foto: Carol Polato/Arquivo pessoal
Gêmeos cearenses no primeiro abraço após 23 anos, no saguão do aeroporto de Uberlândia (MG) — Foto: Carol Polato/Arquivo pessoal.

"Eu não consigo explicar a sensação. 


A sensação do abraço. 


O abraço do irmão que eu até então só tinha tido contato na barriga", disse emocionado Tomaz Maranhão após encontrar o gêmeo Gabriel Ferreira na noite desta quinta-feira (25) pela primeira vez em 23 anos e comemorarem o aniversário juntos. 

  • No próximo domingo (28), o Fantástico traz a cobertura completa do encontro dos dois irmãos.


Nascidos em uma família pobre no Ceará, os dois foram adotados por pais diferentes e viveram sem notícias um do outro até este ano, quando Tomaz localizou Gabriel por meio de uma fotografia. 


O primeiro encontro virtual ocorreu em junho. 

Mas o primeiro abraço só ocorreu por volta da 0h desta quinta, no aeroporto de Uberlândia (MG), onde Tomaz, que mora em Fortaleza, desembarcou minutos antes. 


Era uma surpresa – Gabriel, que mora na cidade mineira vizinha, Uberaba, não sabia que receberia primeira visita do irmão gêmeo, justamente no dia do aniversário deles, comemorado neste dia 25 de junho. 

"Foi algo mesmo imensurável a troca de energias que aconteceu naquele momento, mas foi lindo e está sendo lindo", acrescentou Tomaz Maranhão.

A viagem e o encontro.

 

Sobre a viagem , Tomaz contou que saiu de Fortaleza às 14h50 e fez duas escalas, sendo uma em Recife (PE) e outra em Campinas (SP). 


Depois, seguiu para Uberlândia (MG). 


Para ele, este último apesar de ter tido um tempo menor, foi o que mais durou. 

"O voo que mais demorou foi de Campinas pra Uberlândia porque acho que a ficha estava caindo quando eu estava a 30 minutos do meu irmão. 


O último voo durou uma hora, mas pareceu uma eternidade, não via a hora de o avião descer", contou. 

Quando o avião pousou, Tomaz contou que não entrou de imediato no saguão de espera, ficou na pista de pouso e foi abordado por um senhor que chegou perto dele, começou a conversar e ele comentou o que estava acontecendo. 


"Eu estava nervoso, aí o senhor começou a falar muitas coisas pra mim, que o encontro seria muito lindo. 


Em seguida entrei no saguão e a primeira pessoa que vi foi a Carol [esposa de Gabriel]. 


O meu irmão Gabriel estava de costas porque ele estava conversando com um amigo dele", relatou.
Surpresa para reencontro de irmãos gêmeos nascidos no Ceará ocorreu no aeroporto de Uberlândia — Foto:  Carol Polato/Arquivo pessoal
Surpresa para reencontro de irmãos gêmeos nascidos no Ceará ocorreu no aeroporto de Uberlândia — Foto: Carol Polato/Arquivo pessoal.

Foi então que Tomaz contou como foi a "armação da surpresa". 


"Este amigo levou ele pra lá dizendo pra ele que estava indo pra fotografar uma pessoa que estava chegando de viagem. 


Só que ele não sabia que esta pessoa era eu. 


Só sabia que ele tinha de fazer um freelancer. 


Aí quando cheguei, o Gabriel estava de costas e não percebeu a minha chegada. 


Aí a Carol perguntou pra ele: 'Gabriel, quem é esta pessoa atrás de você?'. 


Foi quando ele virou e não me reconheceu de imediato, ficou alguns segundos sem entender. 


Só depois caiu a ficha e a gente se abraçou", lembrou emocionado. 

Depois, Tomaz e Gabriel pegaram estrada e foram para Uberaba, cidade a 100 Km de distância. 

"Viemos pra casa e a gente já até ganhou roupas iguais.


Roupas de dormir iguais.


E está sendo bem incrível!", concluiu.
Gêmeos idênticos não se conheciam se encontram pela primeira vez desde o nascimento, em conversa virtual — Foto: Arquivo pessoal
Gêmeos idênticos não se conheciam se encontram pela primeira vez desde o nascimento, em conversa virtual — Foto: Arquivo pessoal.
 

História.

 

Em 25 junho de 1997, a cearense Liduina deu à luz gêmeos idênticos mas não tinha condições de criá-los. 


Moradores da comunidade do bairro Padre Andrade, na periferia de Fortaleza, ela e o companheiro, pai dos dois meninos, tomaram então a difícil decisão de entregá-los para adoção poucos dias após o nascimento. 

Tomaz foi adotado por uma família no Ceará; Gabriel, adotado por uma família em Minas Gerais. 


"A gente cresceu sabendo que era adotado e que tinha um irmão gêmeo", afirmou Tomaz. 

A pista principal para unir os irmãos partiu de uma fotografia – coincidentemente, ambos atuam como fotógrafos. 


Aos 16 anos, Tomaz, adotado por Socorro Maranhão, foi apresentado a sua mãe biológica, e dela ganhou a imagem que se indicaria um caminho importante. 

“Nos encontramos na minha casa.


Foi bem forte pra mim, pois foi a primeira vez em que eu vi alguém tão parecido comigo.


Ganhei dela dois presentes: o nome e a foto do aniversário de um ano do meu irmão, que ela recebeu da pessoa que o levou.


Ela foi muito importante nessa busca, por me dar nome e rosto de quem estava com ele".

Ao longo dos anos, inúmeras foram as vezes em que Tomaz – que trabalha como assessor da coordenação geral do Museu da Fotografia de Fortaleza – recorreu às redes sociais para procurar o irmão, mas não teve sucesso em nenhuma delas. 

Até que, em 1º de junho de 2020, ele teve um estalo: atrás da fotografia que Liduina havia lhe dado, havia o nome da mãe adotiva de Gabriel. 


E foi a partir daí que ele resolveu reiniciar as buscas no Facebook. 


Em menos de 30 minutos, localizou o perfil de Vanda, após filtrar por cidade e identificação nominal. 

“Meu coração parecia saltar do peito, eu suava, até que vendo as fotos dessa senhora, me encontrei, me vi numa imagem com um senhor, do lado de um fusca.


Eu entrei em pânico, pois não acreditava que aquilo estava acontecendo e que eu era tão parecido com ele.


E ele comigo”, relata Tomaz.

O contato com a família adotiva do irmão se deu por intermédio de uma policial civil, Nivia, que falou com a mãe adotiva do irmão. 

Gabriel – que não tinha nenhuma pista do irmão até esta data – ficou sabendo que havia sido encontrado por Tomaz por meio de uma ligação da mãe adotiva durante o expediente. 

“Para mim, foi um grande choque, tive que me sentar e parar para raciocinar o que estava acontecendo.


Minha cabeça ficou a um milhão e eu não conseguia acreditar nisso.


Entrei em contato com ele pelo Facebook, e fomos para o WhatsApp”, relata Gabriel.
Gêmeos separados dias após o nascimento se conhecem pela primeira vez em encontro virtual — Foto: Arquivo pessoal
Gêmeos separados dias após o nascimento se conhecem pela primeira vez em encontro virtual — Foto: Arquivo pessoal.

Paixão comum pela fotografia.

 

A paixão comum pela fotografia foi uma das melhores descobertas. 
“Meu choque foi maior quando vi a foto dele vestido com roupa social e câmera pendurada no pescoço.


Não acreditei, e me choco até hoje.


Foi ali que realmente vi que a fotografia não estava à toa na minha vida”, detalha Tomaz.

Trabalhar com a imagem foi um escape de uma época complicada da vida de Gabriel, na qual surgiram vários questionamentos, além de alguns problemas financeiros. 


Nesse período, ele chegou a desenvolver uma marca própria para trabalhar em eventos, casamentos e fotografia de casais. 

Hoje, a fotografia é mais um hobby – ele concilia um emprego numa farmácia com alguns cursos na área automotiva. 

Já Tomaz começou a fotografar quando estava no ensino médio, e desde então fez disso seu objetivo profissional. 

Esperança.

 

O reencontro dos dois com a mãe biológica, Liduina, por videochamada, também já aconteceu. 

“Fiquei muito feliz em poder estar vendo quem me gerou e conhecer a minha raiz. 


Pedi que ela sentisse paz em seu coração, pois o ato de nos entregar para a adoção foi heroico e mostrou que realmente queria nos ver bem e com saúde, como o sentimento de qualquer mãe que ama seus filhos”, reconheceu Gabriel sobre a videoconferência com Liduina. 

Em meio à atual crise provocada pela pandemia de Covid-19, ele acredita que o irmão o ajudou a tornar este ano o melhor de toda a vida. 

“Este aniversário será inesquecível para mim, pois foi o maior e melhor presente que eu poderia receber”, concluiu.
Foto de Gabriel quando criança foi uma das pistas na busca pelo irmão gêmeo — Foto: Arquivo pessoal
Foto de Gabriel quando criança foi uma das pistas na busca pelo irmão gêmeo — Foto: Arquivo pessoal. 


COMENTÁRIO: 


História muito bonita, mas eu gostaria de fazer um apelo as autoridades do nosso país, que apesar, do ato de doação de filhos por pais desprovidos de qualquer condição financeira para criá-los, e educá-los tem como objetivo principal proteger a criança que está sendo adotada por quem tem a princípio, condições de cuidar dessa criança, meu apelo é que se tratando de adoção de irmãos gêmeos, que seja criada uma lei determinando que adoção de irmãos gêmeos, só deve acontecer com candidatos que desejam adotar os dois juntos, para que ambos cresçam, e se desenvolvam juntos, para não acontecer o que aconteceu comigo e meu irmão gêmeo que também fomos criados separados por famílias diferentes, e depois que nos conhecemos depois de 17 anos separados, não nos adaptamos um ao outro, conforme já falei na primeira matéria sobre o encontro desses dois irmãos gêmeos.


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 25 de junho de 2020.

 

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...