Damares Alves diz que escola ensinará menino ‘a respeitar menina como menina’. ‘Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas na escola’, disse em entrevista à rádio.
Por G1 RS
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares disse que pretende combater,
desde cedo, a agressão contra as mulheres — Foto: Reprodução/JN.
A futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, na
manhã desta quinta-feira (13), uma ‘contrarrevolução cultural’ nas
escolas.
Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres.
Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres.
"Nós vamos para a escola ensinar o menino a respeitar a menina como
menina.
No momento em que você diz lá na escola que menino é igual à menina, o menino, então, vai poder dar porrada na menina?
A menina aguenta, às vezes, as brincadeiras de meninos?
No momento em que você diz lá na escola que menino é igual à menina, o menino, então, vai poder dar porrada na menina?
A menina aguenta, às vezes, as brincadeiras de meninos?
Não", argumenta a nova
ministra.
"Nós vamos voltar a dizer na escola que menina é menina e menino é menino.
Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas nas escolas.
Uma contrarevolução cultural nessa nação", acrescenta.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares falou que não é contrária às
aulas de educação sexual, mas não assegura que elas continuarão no
governo de Jair Bolsonaro.
Ela disse que está conversando com o Ministério da Educação sobre o assunto.
Ela disse que está conversando com o Ministério da Educação sobre o assunto.
Para Damares, as escolas devem abordar o assunto respeitando as faixas
etárias dos jovens e seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA).
"O menino que estuda matemática, que é voltada apenas à área de exatas,
só entende de matemática.
Aí ele vai dar aula, lá no 5º ano, com criança de 10 anos, de matemática.
Você acha que um jovem, que está na faculdade, com 22 anos, estudando só matemática, tem condições e capacidade de abordar o tema com um menino de 10, 11 anos?", indaga.
Aí ele vai dar aula, lá no 5º ano, com criança de 10 anos, de matemática.
Você acha que um jovem, que está na faculdade, com 22 anos, estudando só matemática, tem condições e capacidade de abordar o tema com um menino de 10, 11 anos?", indaga.
"O tema tem que ser abordado de forma madura, inteligente, com
professores com conhecimento do assunto, obedecendo às especificidades
de cada idade", prossegue.
Estupro na infância.
Damara contou que foi vítima de estupro na infância e que, por muitos
anos, se culpou e só descobriu mais tarde que era uma vítima.
"Fui abusada dos seis aos oito anos, inúmeras vezes.
Eu tinha um pé de goiaba no fundo de minha casa e era lá que eu chorava sozinha.
O meu agressor me convenceu que eu era culpada do abuso.
Eu mandava todos os sinais e ninguém via, não podia falar porque tinha uma ameaça: 'se você falar, seu pai morre'.
Aos 10 anos eu quis morrer", conta.
Ministério da 'Vida'
A ministra falou ainda que vai trabalhar por políticas públicas para
"quem está invisível" e não deve levar à discussão assuntos que já
possuem leis específicas, como o aborto e o casamento entre pessoas
homossexuais.
"As feministas tiveram os holofotes até agora.
Vai para os holofotes agora, trazido por esta ministra, a mulher ribeirinha, a mulher seringueira, a mulher quebradeira de coco, a mulher catadora de siri, a mulher cigana.
É um momento novo.
Vai vir para o protagonismo quem está invisível.
É uma alternância de poder.
Daqui alguns anos, talvez, as feministas voltem para os holofotes."
Vai para os holofotes agora, trazido por esta ministra, a mulher ribeirinha, a mulher seringueira, a mulher quebradeira de coco, a mulher catadora de siri, a mulher cigana.
É um momento novo.
Vai vir para o protagonismo quem está invisível.
É uma alternância de poder.
Daqui alguns anos, talvez, as feministas voltem para os holofotes."
A um ouvinte da rádio que perguntou à ministra se Jair Bolsonaro teria
errado ao manter o nome do Ministério dos Direitos Humanos, ela disse
que não pôde mudar o nome.
"Seria interessante que esse ministério fosse 'Vida'", sugeriu.
"Seria interessante que esse ministério fosse 'Vida'", sugeriu.
"Vai proteger vida de idoso, criança, quilombola, índio, isso é
direitos humanos.
O maior e o primeiro direito humano, por favor, é a vida.
Então, esse ministério tem a cara de vida.
Faz o seguinte: vamos trazer o nome fantasia para o ministério: Ministério da Vida, da Família e da Alegria", concluiu a ministra.
O maior e o primeiro direito humano, por favor, é a vida.
Então, esse ministério tem a cara de vida.
Faz o seguinte: vamos trazer o nome fantasia para o ministério: Ministério da Vida, da Família e da Alegria", concluiu a ministra.
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