Carlos Juliá foi preso na quarta-feira (5) em São Paulo. Ele foi condenado a 193 anos de prisão por ser um dos autores de atentado a um escritório de advocacia em Madri.
Por Veruska Donato , Jornal Hoje — São Paulo
PF de São Paulo prende espanhol condenado por atentado.
O espanhol Carlos García Juliá, condenado a 193 anos de prisão por ser
um dos autores de um atentado a um escritório de advocacia em Madri
ocorrido em 1977, usava uma identidade venezuelana falsa e vivia com uma
brasileira em São Paulo.
Ele foi preso na última quarta-feira (5) por agentes da Polícia Federal a pedido da Interpol.
Ele foi preso na última quarta-feira (5) por agentes da Polícia Federal a pedido da Interpol.
O governo espanhol tem 90 dias para formalizar o pedido de extradição junto ao Supremo Tribunal Federal.
Segundo as investigações, Juliá, hoje com 63 anos, trabalhava em São
Paulo como motorista da Uber com um carro que está em nome de sua
mulher.
Ele usava o nome de Genaro Antônio Materan Flores, identidade venezuelana falsa.
Ele usava o nome de Genaro Antônio Materan Flores, identidade venezuelana falsa.
Juliá vinha sendo investigado desde maio pela PF, que desconfiou dele
porque o recadastramento de estrangeiro estava vencido desde 2011.
Seu primeiro registro foi feito em 2009, mas a polícia calcula que ele tenha entrado no Brasil por Roraima em 2001.
Seu primeiro registro foi feito em 2009, mas a polícia calcula que ele tenha entrado no Brasil por Roraima em 2001.
O espanhol tinha 24 anos quando cometeu, em 1977, um atentado a tiros
dentro de um escritório de advogados trabalhistas e de militantes do
ainda ilegal Partido Comunista da Espanha, episódio que ficou conhecido
como "O massacre de Atocha".
Juliá era anticomunista e pertencia a um movimento de ultra direita.
Ele e José Fernández Cerra foram condenados pela Audiência Nacional do país a 193 anos de prisão como autores materiais de cinco assassinatos.
Ele cumpriu apenas 14 anos da pena.
Ele e José Fernández Cerra foram condenados pela Audiência Nacional do país a 193 anos de prisão como autores materiais de cinco assassinatos.
Ele cumpriu apenas 14 anos da pena.
Juliá fugiu da Espanha em 1991 com uma permissão para trabalhar no
exterior.
A polícia espanhola acredita que ele tenha vivido na Argentina, Venezuela e Bolivia, onde chegou a ser preso em 1994 por tráfico de drogas, mas solto antes de sua identidade real ser descoberta.
A polícia espanhola acredita que ele tenha vivido na Argentina, Venezuela e Bolivia, onde chegou a ser preso em 1994 por tráfico de drogas, mas solto antes de sua identidade real ser descoberta.
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