Inquérito da Polícia Civil foi concluído nesta sexta-feira (1) e será entregue à Justiça na segunda (4). Indiciados podem responder pelos crimes de homicídio qualificado, organização criminosa, ocultação de cadáver, lavagem de dinheiro e entrega de telefone celular em presídio.
Por G1 RS
Três pessoas foram indiciadas na investigação que apura o desaparecimento de Nicolle Brito Castilho da Silva, de 20 anos,
em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O crime completa um ano no sábado (2) e o inquérito deve ser entregue à Justiça na segunda-feira (4).
O crime completa um ano no sábado (2) e o inquérito deve ser entregue à Justiça na segunda-feira (4).
Conforme o delegado Leonel Baldasso, os suspeitos
podem responder por homicídio qualificado, organização criminosa,
ocultação de cadáver, lavagem de dinheiro e entrega de telefone celular
em presídio.
Um áudio divulgado nesta sexta-feira (1) com uma interceptação
telefônica feita pela polícia, conforme o delegado, confirma a morte da
jovem.
Na chamada, um dos indiciados - que não tiveram os nome revelados (por segredo de Justiça) -, conta detalhes sobre como Nicolle foi executada.
Na chamada, um dos indiciados - que não tiveram os nome revelados (por segredo de Justiça) -, conta detalhes sobre como Nicolle foi executada.
"Ela já era, ela foi cortada, foi botada dentro dos pneus e foi 'tacado' fogo.
Depois foi 'tacada' dentro do Guaíba", diz o criminoso na gravação.
De acordo com o delegado, além do homem que fala na gravação, que tem
envolvimento com a facção que executou a jovem, foram indiciados o
mandante do assassinato, que estava preso na Cadeia Pública de Porto
Alegre, e a namorada dele, que ajudou no crime de fora do presídio.
O corpo de Nicolle nunca foi encontrado pelas autoridades.
Em junho do ano passado, o G1 ouviu Baldasso, quando ele falou que o caso era "um verdadeiro mistério".
Na gravação, o criminoso comenta sobre a declaração do delegado.
"Pode esquecer, tu nunca mais vai ouvir falar nela.
Vai ouvir falar do mistério.
Tu viu que falaram na reportagem do mistério?
Nunca mais", afirma.
Vai ouvir falar do mistério.
Tu viu que falaram na reportagem do mistério?
Nunca mais", afirma.
A investigação indicou que a morte de Nicolle foi ordenada de dentro do
presídio, por integrantes de uma facção criminosa.
Ela teria entregado o endereço de um dos membros da organização para uma facção rival.
Com a informação, ele foi localizado e morto com a namorada dois dias antes do desaparecimento de Nicolle.
As duas eram amigas.
Ela teria entregado o endereço de um dos membros da organização para uma facção rival.
Com a informação, ele foi localizado e morto com a namorada dois dias antes do desaparecimento de Nicolle.
As duas eram amigas.
Nicolle chegou a relatar ao namorado que estava com medo de ser morta.
"Não me sinto mais segura em lugar nenhum.
Parece que alguma coisa pode acontecer com a pessoa.
Tudo bem, quando tu te envolve com esses caras, tu sabe que o risco de te envolver contigo, mas coitada da mina", disse, em referência à morte da amiga.
"Não me sinto mais segura em lugar nenhum.
Parece que alguma coisa pode acontecer com a pessoa.
Tudo bem, quando tu te envolve com esses caras, tu sabe que o risco de te envolver contigo, mas coitada da mina", disse, em referência à morte da amiga.
Vítima de emboscada
Nicolle foi vista pela última vez entrando em um carro Peugeot 208 prata em frente à casa onde morava com o pai,
no bairro Vale do Sol, em Cachoeirinha.
Segundo o relato de um dos criminosos na ligação interceptada pela polícia, ela foi vítima de uma emboscada.
Segundo o relato de um dos criminosos na ligação interceptada pela polícia, ela foi vítima de uma emboscada.
"Ela entrou no carro como se fosse um Uber, e quando o cara tá indo
numa sinaleira nós cortamos a frente do carro e tiramos ela e botamos
pro nosso carro, entendeu?
Ela não sabia, por isso ela caiu.
Se ela soubesse que era isso, ela não ia ir", diz o homem que está entre os indiciados pela polícia por participação no crime.
Ela não sabia, por isso ela caiu.
Se ela soubesse que era isso, ela não ia ir", diz o homem que está entre os indiciados pela polícia por participação no crime.
O inquérito sobre o caso tem quase mil páginas.
Baldasso confirma que pedirá a prisão preventiva de dois dos indiciados à Justiça.
Baldasso confirma que pedirá a prisão preventiva de dois dos indiciados à Justiça.
"São dezenas de quebras de sigilo de Facebook, Whatsapp, interceptação
telefônica.
Em um telefone foram mais de 10 mil arquivos revelados.
É um serviço grande, meticuloso", destaca o delegado.
Em um telefone foram mais de 10 mil arquivos revelados.
É um serviço grande, meticuloso", destaca o delegado.
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