Kellyta Rodrigues de Sousa, de 29 anos, foi presa suspeita de matar outra travesti que teria se recusado a pagar para trabalhar em um ponto de prostituição de Araguaína.
Por G1 Tocantins
A travesti Kellyta Rodrigues de Sousa, de 29 anos, foi transferida para
um presídio feminino após uma decisão da Justiça.
Registrada no
nascimento como Samuel, foi presa na última quinta-feira (7) suspeita de assassinar outra travesti, conhecida como Vitória Castro.
O juiz Antonio Dantas de Oliveira Júnior entendeu que os direitos
reconhecidos da presa foram desrespeitados.
"Os direitos humanos
precisam sair do papel e serem cumpridos, é que o discurso, por si só, é
um natimorto", escreveu ele na sentença.
"Solicitei que ela fosse colocada na cadeia feminina, pois apresenta
expressão física de mulher e personalidade feminina, sendo ilegal a sua
manutenção em cadeia masculina, ainda que isolada dos homens", disse o
defensor público Sandro Ferreira Dias, que moveu a ação.
A Secretaria de Cidadania e Justiça, que administra o sistema
prisional, disse que a transferência já foi feita e que Kellyta está em
uma cela isolada na Cadeia Pública de Babaçulândia.
O crime.
A detenta é suspeita de ter matado outra travesti conhecida como
Vítória Castro.
O crime aconteceu em abril do ano passado, na avenida
Bernardo Sayão, no Setor Entroncamento.
De acordo com a Polícia Civil, Vitória se prostituia no local há vários
anos, junto com outras travestis.
Ela foi espancada e morreu dias
depois em decorrência de um traumatismo craniano.
Segundo a polícia, testemunhas contaram que a suspeita chegou a
Araguaína alegando que o ponto de prostituição era propriedade dela, por
tê-lo adquirido de outra travesti.
Por isso, todos que atuavam no local
deveriam pagar uma taxa para a utilização do lugar, além de percentuais
sobre os programas com clientes.
Como a vítima não aceitou os termos do acordo proposto, se transformou
em impedimento para o aliciamento de prostitutas.
Esse teria sido o
principal motivo do crime.
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