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segunda-feira, junho 18, 2018

Polícia apreende pendrives e anotações em celas de Geddel e Luiz Estevão na Papuda, em Brasília

Estevão tentou jogar pendrive na privada, diz corporação; itens serão periciados. Ação da Polícia Civil e do MP foi autorizada pela Justiça; detento denunciou 'regalias' na carceragem.


Por Mara Puljiz*, TV Globo
Polícia apreende chocolate e pen drives na cela de Geddel e Luiz Estevão
Polícia apreende chocolate e pen drives na cela de Geddel e Luiz Estevão.
 
A Polícia Civil do Distrito Federal fez buscas, neste domingo (17), nas celas que abrigam o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro da Articulação Política do governo Michel Temer Geddel Vieira Lima (MDB-BA). 
 
Os dois dividem alojamentos com outros presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. 
 
Segundo a polícia, as buscas foram autorizadas pela Justiça e motivadas pela denúncia, feita por um detento, de que os políticos estariam recebendo “regalias” na prisão
 
Barras de chocolate, anotações que seriam de Geddel e pelo menos cinco pendrives – supostamente, de Luiz Estevão – foram apreendidos. 
 
À TV Globo, o advogado de Geddel Vieira Lima disse que “estranha, mais uma vez, a defesa técnica não saber da operação antes da imprensa”. 
 
A defesa de Luiz Estevão também disse desconhecer as buscas, e não quis se pronunciar.
Ex-senador Luiz Estevão chega para depoimento na 10ª Vara Federal, em Brasília, nesta quarta (Foto: TV Globo/Reprodução)

Ex-senador Luiz Estevão chega para depoimento na 10ª Vara Federal, em Brasília, nesta quarta (Foto: TV Globo/Reprodução).
 
De acordo com a Polícia Civil, durante as buscas, Estevão tentou se livrar de um pendrive jogando o dispositivo na privada. 
 
O aparelho foi recuperado e passará por perícia.
 
Além do conteúdo dos itens apreendidos, os investigadores querem descobrir quem facilitou a entrada dos alimentos e das mídias. 
 
A ação foi realizada pela Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF e pela Promotoria de Execução Penal do Ministério Público do DF. 
 
Até a noite deste domingo, nenhum dos órgãos tinha detalhado as possíveis medidas a serem tomadas com base no material encontrado.
Geddel chega ao aeroporto de Brasília (Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)
Geddel chega ao aeroporto de Brasília (Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO).
 

Regalias.

 

A suspeita de regalias na cela ocupada por Luiz Estevão não é inédita. 
 
Em março de 2017, uma inspeção encontrou itens proibidos nas dependências compartilhadas pelo ex-senador. 
 
A lista incluía chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e até macarrão importado.
 
O político também é acusado pelo MP do DF de financiar a reforma do bloco onde cumpre pena no Complexo da Papuda. 
 
Pelo menos três ex-gestores da Papuda também são listados no processo por, supostamente, terem sido coniventes com o empreendimento. 
 
Considerada "luxuosa" em comparação ao restante da unidade, a ala de vulneráveis ocupada por Estevão (e Geddel, desde setembro) tem sanitário e pia de louça, chuveiro, cortina, tapete, cerâmica e paredes pintadas.
Promotores comparam ala reformada onde Luiz Estevão cumpre pena (esquerda) e outro ambiente da mesma unidade (Foto: Ministério Público do DF/Divulgação)
Promotores comparam ala reformada onde Luiz Estevão cumpre pena (esquerda) e outro ambiente da mesma unidade (Foto: Ministério Público do DF/Divulgação).
 

As prisões.

 

Geddel Vieira Lima foi denunciado na operação Cui Bono e está preso em Brasília desde setembro – antes, ele passou três meses em prisão domiciliar na Bahia. 
 
Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões em malas e caixas em um apartamento atribuído a ele, em Salvador (BA). 
 
Geddel foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação. 
 
Ele está em prisão preventiva, e ainda aguarda julgamento. 
 
Já o ex-senador pelo DF Luiz Estevão foi condenado a 26 anos de prisão por fraudes e desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. 
 
Essa sentença já transitou em julgado, ou seja, não pode ser alvo de novos recursos. 
 
 
A defesa recorre dessa sentença, e diz que o processo já prescreveu – ou seja, perdeu a validade. 
 
Tanto Geddel quanto Estevão cumprem pena no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo da Papuda. 
 
Além dos presos provisórios, o CDP tem ala reservada para ex-policiais e detentos com direito a cela especial.

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