Por Gerson Camarotti
O presidente Michel Temer avisou aos interlocutores mais próximos que lançará nesta terça-feira (22) a pré-candidatura de Henrique Meirelles ao Palácio do Planalto pelo MDB.
O partido organizou um evento para esta terça intitulado "encontro para o futuro".
O partido organizou um evento para esta terça intitulado "encontro para o futuro".
A disposição foi externada depois da pressão de um setor do partido por uma definição oficial de Temer.
Auxiliares do Palácio do Planalto defendiam abertamente a candidatura de Temer à reeleição, principalmente depois da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
O presidente, contudo, não conseguiu sair da agenda negativa das investigações da Lava Jato.
Hoje, Temer é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal: o que apura irregularidades na edição do decreto dos portos e o que investiga o pagamento de propina pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.
Apesar de Temer já ter sinalizado a interlocutores a estratégia de
lançar o nome de Meirelles ao Planalto, há forte resistência por parte
de um grupo próximo a Temer, liderado pelo ministro de Minas e Energia,
Moreira Franco.
A avaliação do grupo é que o movimento esvaziará o poder presidencial de Temer de forma precoce.
E, por isso, ele deveria esperar mais um pouco para anunciar a decisão de não disputar a reeleição.
Na semana passada, Temer sinalizou pela primeira vez, em entrevista ao blog, a disposição de lançar o nome do ex-ministro da Fazenda.
A bancada do MDB do Senado pressionou o presidente Temer a anunciar logo sua decisão de não disputar a reeleição.
"A bancada entende que não tem condições do partido lançar a
candidatura de Temer.
Atrapalharia muito os planos regionais do MDB", disse ao blog a senadora Simone Tebet (MS), líder do MDB.
Atrapalharia muito os planos regionais do MDB", disse ao blog a senadora Simone Tebet (MS), líder do MDB.
"Por que insisto que o presidente Temer oficialize logo que não será
candidato?
Porque sabemos que ele não é candidato.
E atrasar isso, impedirá que um pré-candidato avance na sua mobilização", ressaltou.
Porque sabemos que ele não é candidato.
E atrasar isso, impedirá que um pré-candidato avance na sua mobilização", ressaltou.
A senadora também reagiu ao movimento do Palácio do Planalto de
transformar Michel Temer no coordenador da campanha presidencial da
legenda.
Ela conta que chegou a alertar o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) do risco de Temer assumir o comando da campanha.
Ela conta que chegou a alertar o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) do risco de Temer assumir o comando da campanha.
"É um suicídio a coordenação da campanha ficar nas mãos do presidente Temer.
Diante da situação do país, o presidente tem que governar.
Isso contaminaria a campanha do MDB", advertiu.
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