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quarta-feira, maio 09, 2018

Raquel Dodge pede mais 60 dias para concluir investigação sobre Eunício e Maia

Presidentes do Senado e da Câmara são suspeitos de receber propina da Odebrecht em troca da aprovação de medida provisória. Relator da Lava Jato vai decidir sobre pedido.


Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília
Eunício Oliveira e Rodrigo Maia (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Eunício Oliveira e Rodrigo Maia (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Marcelo Camargo/Agência Brasil).
 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda mais 60 dias de prazo para conclusão de inquérito sobre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). 
A investigação foi aberta a partir das delações da Odebrecht.
 
Também são investigados os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-AL), além do deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que virou réu nesta terça junto com o irmão e ex-ministro Geddel Vieira Lima no caso dos R$ 51 milhões achados em malas dentro de apartamento. 
 
O inquérito apura se os cinco parlamentares receberam propina de R$ 7 milhões da construtora Odebrecht em troca da aprovação de medida provisória de 2013 que tratou de incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria química. 
Há suspeitas de propina em outras duas MPs. 
 
O documento de Dodge foi apresentado na terça (8) e juntado ao inquérito nesta quarta (9). 
A prorrogação será decidida pelo relator da Lava Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin.
 
No parecer de duas páginas, a procuradora cita que seis ex-executivos da Odebrecht, entre eles Marcelo e Emílio Odebrecht, relataram pagamento de propina envolvendo as medidas provisórias de interesse da empresa.
 
Dodge destacou que a Polícia Federal já pediu uma prorrogação do inquérito para ouvir o depoimento de Carlos Parente, da Braskem, e concluir perícia nos sistemas de comunicação e contabilidade de Odebrecht - o Drousys e o MyWebDay, mas que os policiais não fizeram qualquer diligência nesse período. 
 
A procuradora frisou, porém, que uma autorização concedida à Polícia Federal em outro processo pode ajudar a agregar novos elementos nesse inquérito sobre as medidas provisórias e que, portanto, o prazo maior é necessário. 
 
"Assim, a Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais 60 (sessenta) dias, nos termos do art. 230, §1°, parte final, do Regimento Interno do STF, considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações, sem prejuízos de outras reputadas úteis", diz Raquel Dodge.

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