Por Gerson Camarotti
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram a discutir nos
bastidores soluções para evitar que eventuais estratégias da defesa
empurrem para meados de setembro, a menos de um mês da eleição, a
indefinição sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Segundo apurou o repórter Nilson Klava, da GloboNews, os ministros estão em alerta com uma possível manobra jurídica do PT para que, mesmo inelegível devido à Lei da Ficha Limpa, Lula tente adiar ao máximo a rejeição do registro da candidatura pelo TSE.
Nessa hipótese, caso o impasse se prolongue até próximo da data do
primeiro turno, o TSE poderia ficar sem condições técnicas para retirar
da urna eletrônica o nome e a foto de Lula, ainda que o candidato do PT
venha a ser outro.
A estratégia do PT é conseguir sustentar Lula como candidato até o
último minuto, a fim de transferir o máximo de votos para o plano B do
partido e tentar levá-lo ao segundo turno.
Para evitar essa situação, alguns ministros do TSE cogitam até mesmo
tomar uma decisão "de ofício", isto é, sem esperar a contestação da
candidatura por um partido ou pelo Ministério Público.
"Convém à democracia que uma pessoa sabidamente inelegível prossiga a sua propaganda eleitoral e fique na urna"?, questiona o ministro Admar Gonzaga, sem fazer referência ao ex-presidente.
Embora o PT negue oficialmente, nos bastidores o partido discute o nome
do substituto de Lula.
Por enquanto, o mais forte é o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
Por enquanto, o mais forte é o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
"É claro que há conversas.
Só que não podemos cogitar isso oficialmente, seria burrice.
Além de deixar Lula vulnerável, seria um tiro contra nós mesmos. Hoje, Lula é nosso principal cabo eleitoral", admitiu um senador petista.
Só que não podemos cogitar isso oficialmente, seria burrice.
Além de deixar Lula vulnerável, seria um tiro contra nós mesmos. Hoje, Lula é nosso principal cabo eleitoral", admitiu um senador petista.
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