Ex-presidente prestará depoimento por videoconferência, da sede da Justiça Federal de Curitiba; será a 1ª vez que ele sairá da carceragem da PF desde que foi preso. Audiência será em 5 de junho.
Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará depoimento por
videoconferência ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do
Rio.
A audiência está marcada para 5 de junho, às 10h, como confirmou o G1 nesta quarta-feira (23).
A audiência está marcada para 5 de junho, às 10h, como confirmou o G1 nesta quarta-feira (23).
Lula foi arrolado a pedido dos advogados do ex-governador Sérgio Cabral
para ser testemunha de defesa no processo Unfair Play, que apura compra
de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O depoimento será a primeira vez que o ex-presidente vai sair da carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde que se entregou em São Paulo, em 7 de abril.
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP).
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP).
A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado,
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (saiba mais sobre a condenação de Lula).
Os advogados de Sérgio Cabral confirmaram o depoimento.
Procurada pelo G1, a defesa do ex-presidente Lula ainda não se posicionou.
Procurada pelo G1, a defesa do ex-presidente Lula ainda não se posicionou.
Unfair Play
A operação da Lava Jato chamada de Unfair Play levou à cadeia Carlos Arthur Nuzman,
presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, e
Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016 e
braço-direito de Nuzman.
Eles são acusados de envolvimento na compra de votos de dirigentes
africanos para favorecer o Rio na eleição para ser sede da Olimpíada de
2016 – daí o nome da operação, que traduzida significa "jogo sujo".
O esquema de corrupção, segundo os investigadores, tinha a participação
de Sérgio Cabral, acusado de chefiar a organização criminosa.
O dinheiro teria vindo do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, conhecido como Rei Arthur, que também teve mandado de prisão decretado, mas está foragido da Justiça.
O dinheiro teria vindo do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, conhecido como Rei Arthur, que também teve mandado de prisão decretado, mas está foragido da Justiça.
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