Por Gerson Camarotti
Fontes da Polícia Federal informaram ao blog que o ex-ministro José Dirceu
deixou no início da tarde desta sexta-feira (18) o apartamento onde
mora em Brasília e seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML), a fim de
se submeter a exame de corpo de delito.
Pelo roteiro estabelecido, após a passagem pelo IML, ele permanecerá na
Penitenciária da Papuda, em Brasília, até ser transferido para
Curitiba, o que não deverá acontecer nesta sexta.
Pela manhã, Dirceu recebeu no apartamento pelo menos uma visita – a do
deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF).
Na saída, ele disse que o ex-ministro estava "tranquilo".
Na saída, ele disse que o ex-ministro estava "tranquilo".
Nesta quinta-feira (17), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou o último recurso dos advogados de Dirceu e determinou a prisão.
O prazo para ele se entregar terminaria nesta sexta, às 17h. Dirceu cumprirá pena pela condenação a 30 anos e 9 meses de prisão.
Os crimes atribuídos ao ex-ministro são corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
No processo analisado pelo TRF-4, foram investigadas irregularidades na
Diretoria de Serviços da Petrobras.
Segundo a denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato, Dirceu recebeu dinheiro de empresas que assinaram contratos com a estatal.
Segundo a denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato, Dirceu recebeu dinheiro de empresas que assinaram contratos com a estatal.
Segundo as investigações, a empresa Engevix, investigada por
envolvimento em fraudes na Petrobras, simulou contratos com a JD
Consultoria, empresa de Dirceu, repassando ao ex-ministro mais de R$ 1
milhão por serviços que não teriam sido prestados.
Em outro processo da Operação Lava Jato, José Dirceu ficou preso no
Paraná entre agosto de 2015 e maio de 2017.
À época, ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para responder ao processo em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
À época, ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para responder ao processo em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A pena de Dirceu é a segunda maior da Lava Jato até o momento – Renato
Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras) foi condenado a 43 anos de
prisão.
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