Em 2017, o aposentado ficou desaparecido por quase 20 dias até o corpo ser encontrado em Poá. No sábado (12), em uma festa de Dia das Mães de uma escola em Suzano, homem foi baleado por policial militar de folga que ia participar do evento com a filha.
Por Gladys Peixoto, G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Elivelton Neves Moreira, de 20 anos, que foi morto por uma policial de folga após sacar uma arma em frente a uma escola
particular em Suzano (SP), foi apontado como chefe da quadrilha que
roubou, matou e queimou o aposentado Renato Brígido, de 58 anos, segundo
a polícia.
Em 2017, o aposentado ficou desaparecido por quase 20 dias até o corpo
ser encontrado em Poá.
O corpo do idoso foi encontrado queimado, após o
carro dele ter sido roubado.
O suspeito deste crime foi morto no sábado (12) depois de, armado,
abordar mães na frente da escola, no bairro Cidade Cruzeiro do Sul.
Segundo a PM, a policial Kátia da Silva Sastre viu a movimentação e ouviu uma mãe dizendo que era assalto.
Neste momento, ela foi se aproximando, sacou a arma e disparou três
vezes contra o suspeito, que morreu no hospital.
Uma câmera de
monitoramento da escola gravou a ação (assista abaixo).
Participação em latrocínio
O delegado Edson Gianuzzi, do Distrito Central de Suzano, disse nesta
segunda-feira (14), que Elivelton Neves Moreira foi identificado como o
líder da quadrilha que assaltou e matou o aposentado Renato Brígido, de
58 anos, em 2017.
O delegado informou que o rapaz foi um dos sete indiciados no crime.
Segundo Gianuzzi, eles foram indiciados por latrocínio (que é o roubo
seguido de morte), ocultação de cadáver e formação de quadrilha.
“Esse
rapaz foi apontado como chefe da quadrilha, durante o inquérito, por
outros envolvidos”, contou o delegado.
A Polícia Civil pediu a a prisão temporária de Moreira assim como dos
outros envolvidos, mas na ocasião ele não foi encontrado.
Gianuzzi
acrescentou que depois foi pedida a prisão preventiva, mas a Justiça não
a concedeu.
Além de ter sido indiciado por latrocínio, ocultação de cadáver e
formação de quadrilha neste caso, Elivelton era suspeito de outros
crimes.
Segundo a polícia, em 2014, aos 17 anos, ele respondeu por ato
infracional de embriaguez ao volante.
Meses depois, ele foi apreendido e
levado para a Fundação Casa por roubo.
Já maior, em 2015, ele foi investigado após ter sido flagrado com um
simulacro de arma.
Em dezembro de 2015, ainda segundo a polícia, foi
preso em flagrante por receptação de veículo.
Elivelton foi solto em
maio de 2016.
A última passagem pela polícia foi em agosto de 2017, quando ele é
citado em um termo circunstanciado por falta de CNH e adulteração de
sinal identificador de veículo.
Apesar de todas essas passagens, o G1
buscou pelos processos respondidos por Elivelton no site do Tribunal de
Justiça de São Paulo e também entrou em contato com o tribunal por
telefone, mas nenhum foi encontrado.
Sobre o pedido de prisão por
latrocínio, o delegado explicou que o caso ainda está em fase inicial e
provavelmente por isso não está no site.
Ainda segundo Gianuzzi, como o inquérito foi encerrado não houve um
retorno à polícia sobre o pedido de prisão de Elivelton.
Como o nome
dele não entrou na lista de procurados, de acordo com o delegado,
significa que o pedido não foi acatado.
O G1 entrou em contato com o Ministério Público e aguarda uma posição sobre o pedido de prisão de Elivelton.
Sumiço e morte de aposentado
Brígido saiu de casa, em Suzano, no dia 30 de agosto, por volta das 23h, rumo à casa do filho, que estava viajando.
O
delegado Fabrizio Intelizano, na época, classificou que o fato de
carbonizar o corpo da forma como foi feita demonstra que os suspeitos
não tiveram piedade da vítima.
Ele afirmou ainda que a polícia ouviu relatos de testemunhas que, na
ocasião, dos fatos ouviram a vítima gritar por socorro e acabaram que
não conseguiram verificar o que tinha acontecido de fato.
Um dia depois do desaparecimento, câmeras de um condomínio no bairro Monte Cristo, também em Suzano, gravaram a entrada do carro do aposentado.
O veículo era conduzido por dois homens.
O corpo foi encontrado apenas no dia 18 de setembro em Poá.
Imagens
de câmeras de segurança de uma empresa localizada perto da área,
mostram mulheres conversando com a vítima.
Na época, a polícia já havia
identificado e prendido dois suspeitos, sendo uma mulher.
Um terceiro já
estava preso em Caraguatatuba e passou a responder também pelo
latrocínio.
Apenas o carro foi roubado.
Nada de valor foi levado do veículo e
nenhum contato ou movimentação bancária foram feitos depois que a vítima
sumiu.
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