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sexta-feira, maio 11, 2018

Em memorando, diretor da CIA diz que Geisel autorizou execução de opositores durante ditadura

Informação está em documento tornado público recentemente pelo governo americano.


Por G1
O então presidente da República Ernesto Geisel durante evento em São Paulo em novembro de 1978 (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)
O então presidente da República Ernesto Geisel durante evento em São Paulo em novembro de 1978 (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo).
 
Um memorando secreto da CIA diz que o general Ernesto Geisel, presidente do Brasil entre 1974 e 1979, sabia e autorizou execução de opositores durante a ditadura militar.

O documento, de 11 de abril de 1974, é do pelo então diretor da CIA, William Egan Colby, e endereçado ao secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger.

Tornado público recentemente pelo governo americano, ele foi revelado pelo pesquisador Matias Spektor, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Documento da CIA diz que o ex-presidente Ernesto Geisel manteve a política de execuções
Documento da CIA diz que o ex-presidente Ernesto Geisel manteve a política de execuções.
 
O memorando relata um encontro entre Geisel, João Batista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, ambos na ocasião no Centro de Inteligência do Exército (CIE). 
 
O general Milton, segundo o documento, disse que o Brasil não poderia ignorar a "ameaça terrorista e subversiva", e que os métodos "extra-legais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos". 
No ano anterior, 1973, 104 pessoas "nesta categoria" foram sumariamente executados pelo Centro de Inteligência do Exército".
Trecho de memorando recém-liberado pelo governo dos EUA (Foto: Reprodução/G1)
 
Trecho de memorando recém-liberado pelo governo dos EUA (Foto: Reprodução/G1).
 
O encontro se deu em 30 de março de 1974, de acordo com o memorando, segundo o qual Geisel pediu na ocasião para ponderar a respeito. 
 
"Em 1º de abril, o presidente Geisel disse ao general Figueiredo que a política deve continuar, mas deve-se tomar muito cuidado para assegurar que apenas subversivos perigosos fossem executados", continua o documento.

Ainda segundo o relato, todas as execuções deveriam ser aprovadas pelo general João Baptista Figueiredo, sucessor de Geisel --e ocupante da Presidência de 1979 a 1985.
 
"Este é o documento mais perturbador que já li em 20 anos de pesquisa", disse Spektor.
 
Partes do memorando continuam sob sigilo. 
 

Mortos e desaparecidos.

A Comissão Nacional da Verdade apontou, em relatório final divulgado em 2014, ter havido 434 mortes e desaparecimentos durante a ditadura militar; 377 agentes foram responsáveis pela repressão. 
A identificação foi feita com base em documentos, depoimentos de vítimas e testemunhas.

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