Por Andréia Sadi e Marcelo Parreira, Brasília.
Ao aditar denúncia apresentada contra o "quadrilhão do MDB",
o Ministério Público Federal afirmou em documento que o coronel
aposentado da Polícia Militar João Batista Lima Filho tinha, na suposta
organização criminosa, a função de ajudar políticos, em especial o
presidente Michel Temer, na arrecadação de propina.
O documento, ao qual o blog teve acesso, foi entregue pelo MPF à
Justiça Federal de Brasília e foi aceito nesta segunda-feira (9).
Com isso, o coronel Lima, e o advogado José Yunes, ambos amigos próximos de Temer, se tornaram réus por supostamente integrarem uma organização criminosa.
Com isso, o coronel Lima, e o advogado José Yunes, ambos amigos próximos de Temer, se tornaram réus por supostamente integrarem uma organização criminosa.
Lima chegou a ser preso pela Polícia Federal,
acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ser um dos
intermediários de propina que supostamente seria paga ao presidente
Temer no caso do decreto de portos.
"Seu papel na organização criminosa era o de auxiliar os demais
integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, em especial
seu líder, Michel Temer, conforme já narrado na peça acusatória", afirma
o MPF no documento.
O Palácio do Planalto informou ao blog que "todas as atribuições do
coronel João Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel
Temer sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção".
O blog buscava contato com o coronel Lima até a última atualização dessa publicação.
O documento cita relatos de Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, e do operador financeiro Lucio Funaro a respeito do coronel aposentado.
Também relembra os documentos relacionados a Temer, encontrados na empresa Argeplan, de propriedade de Lima.
"Tais elementos indicam que João Baptista Lima Filho faz a gestão do
recebimento de recursos e doações de campanha para Michel Temer há décadas e corroboram tudo o quanto exposto acerca das condutas mais
recentes do Coronel Lima no âmbito da organização criminosa", diz o
Ministério Público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário