NEM SEMPRE A MAIORIA ESTÁ COM A VERDADE

Por Valter Desiderio Barreto.

II Crônicas 18: 1 a 34.

O poder político e o econômico, sempre foram grandes atrativos para bajuladores ao longo dos séculos.

E àqueles que detêm um dos dois, estarão sempre na mira dessa categoria (bajulador) de ser humano, conforme nos mostra o texto abaixo no episódio do Rei Acabe e seus 400 profetas, digo, BAJULADORES, que só falavam a autoridade máxima de Israel aquilo que agradasse seus ouvidos.

Quando aparecia alguém que falasse algo que contrariasse os interesses e as pretensões do mandatário não só de Israel, mas como de outros países, era tido como INIMIGO dos mesmos, e por isso perseguidos e maltratados, como foi o caso do único PROFETA que ousou contrariar a previsão “falsa profecia” dos 400 “puxa-sacos” que serviam ao rei Acabe.

Mas continuando a leitura do capítulo todo de 2ª Crônicas, se percebe o resultado trágico daquela autoridade que se deixou levar pelos “afagos” de seus “profetas bajuladores”.

Não estamos distantes desta triste realidade nos nossos dias em se tratando principalmente nos meios políticos.

Em período de campanhas políticas, quando muitos escolhem seus candidatos, para “vestirem” suas “camisas”, dão suas caras para adversários “baterem”, se esforçam de todas as formas, pagam o preço de perderem a amizade até com seus familiares em defesa de seus candidatos, e depois do seu candidato eleito, os primeiros a serem beneficiados são os “bajuladores de plantão”, que durante a campanha do mesmo, não deu um “prego” numa barra de sabão, em pró da candidatura do eleito, e ainda trabalhou para o adversário. 

Podem ter certeza que essa mensagem não é de carapuça, essa mensagem simplesmente reflete a realidade nos nossos dias em todas as campanhas políticas, e em todo o Brasil.

Por isso que no Livro do Profeta Jeremias capítulo 17, verso 5, temos a seguinte mensagem de alerta : “ Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!”.

3 Perguntou Acabe, rei de Israel, a Jeosafá, rei de Judá: Irás tu comigo a Ramote-Gileade? E respondeu-lhe Jeosafá: Como tu és sou eu, e o meu povo como o teu povo; seremos contigo na guerra.

4 Disse mais Jeosafá ao rei de Israel: Consulta hoje a palavra do Senhor.

5 Então o rei de Israel ajuntou os profetas, quatrocentos homens, e lhes perguntou: Iremos à peleja contra Ramote-Gileade, ou deixarei de ir? Responderam eles: Sobe, porque Deus a entregará nas mãos do rei.

6 Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor a quem possamos consultar?

7 Ao que o rei de Israel respondeu a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; eu, porém, o odeio, porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas sempre o mal; é Micaías, filho de Inlá. Mas Jeosafá disse: Não fale o rei assim.

8 Então o rei de Israel chamou um eunuco, e disse: Traze aqui depressa Micaías, filho de Inlá.

12 O mensageiro que fora chamar Micaías lhe falou, dizendo: Eis que as palavras dos profetas, a uma voz, são favoráveis ao rei: seja, pois, também a tua palavra como a de um deles, e fala o que é bom.

13 Micaías, porém, disse: Vive o Senhor, que o que meu Deus me disser, isso falarei.

16 Respondeu ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne em paz cada um para sua casa.

17 Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Não te disse eu que ele não profetizaria a respeito de mim o bem, porém o mal?