Por Andréia Sadi
Dez dias antes de Fernando Segovia, diretor-geral da Polícia Federal, declarar que não há indício de crime na investigação contra o presidente Michel Temer
no chamado inquérito dos portos, os investigadores do caso pediram ao
Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações de
investigações antigas para apurar "possíveis atos ilícitos" envolvendo a
relação de pessoas investigadas.
O ofício, obtido pela Globonews, é de 30 de janeiro.
No dia 9 de fevereiro, a agência Reuters publicou uma entrevista com Segóvia afirmando que o diretor-geral da Polícia Federal indicou tendência de arquivamento do inquérito dos portos por não haver, em sua avaliação, indício de crime nem de pagamento de propina.
No dia 9 de fevereiro, a agência Reuters publicou uma entrevista com Segóvia afirmando que o diretor-geral da Polícia Federal indicou tendência de arquivamento do inquérito dos portos por não haver, em sua avaliação, indício de crime nem de pagamento de propina.
A investigação ainda está em andamento.
No ofício do dia 30 de janeiro, o delegado Wellington Santiago da Silva, responsável pelo grupo de inquérito do STF, solicitou ao ministro Marco Aurelio Mello o compartilhamento de informações de uma outra investigação, já arquivada em 2011, mas citada diversas vezes durante o presente inquérito.
No ofício do dia 30 de janeiro, o delegado Wellington Santiago da Silva, responsável pelo grupo de inquérito do STF, solicitou ao ministro Marco Aurelio Mello o compartilhamento de informações de uma outra investigação, já arquivada em 2011, mas citada diversas vezes durante o presente inquérito.
De acordo com o texto do ofício, os investigadores querem acesso ao
material para "fins de conhecimento das informações produzidas e
eventual compartilhamento, uma vez que tais informações poderão auxiliar
na compreensão das relações das pessoas investigadas" também no
inquérito atual, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, "em
especial possíveis atos ilícitos, vínculos com a Companhia Docas do
Estado de São Paulo e também com a concessionária de exploração de
terminais portuários, em Santos/SP".
O material arquivado investigou o possível envolvimento do atual
presidente da República em suposto pagamento de propina no setor
portuário.
O inquérito citava Temer e Marcelo Azeredo, ex-presidente da Companhia
Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que havia sido indicado com apoio
do PMDB.
No material estava uma planilha que, para os investigadores, fazia
referência à distribuição de propina desviada de contratos do Porto de
Santos.
Depoimentos.
Os investigadores agendaram para esta quinta-feira, às 13 horas, o
depoimento do empresário Joesley Batista, e, na sexta, às 14h30, a
oitiva de Ricardo Saud, ex-executivo da JBS.
Ambos estão presos.
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