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quinta-feira, janeiro 11, 2018

Rede de lanchonetes diz que dá suporte e manterá emprego de mulher empurrada no Metrô de SP

Jussara Souza trabalha como atendente em franquia do McDonald's. Ela chora ao lembrar dos momentos aterrorizantes que viveu na plataforma.

Por Glauco Araújo e Tahiane Stochero, G1 SP

Mulher empurrada no Metrô recebe 'suporte e conforto' de rede de lanchonetes em que trabalha
Mulher empurrada no Metrô recebe 'suporte e conforto' de rede de lanchonetes em que trabalha.
 
A atendente Jussara Araújo de Souza, de 23 anos, que foi empurrada para os trilhos do Metrô de São Paulo na tarde desta terça-feira (9), está recebendo "suporte e conforto" da unidade do McDonald's em que trabalha, na região central de São Paulo. 
 
A empresa diz que ela vai continuar no emprego. 
 
Em nota, o McDonald's disse que "assim que tomou conhecimento do caso, prontamente passou a oferecer todo o suporte e conforto à funcionária e seus familiares". 
 
O G1 apurou que a funcionária conversou com a gerência da unidade, que é uma franquia da rede, e que recebeu a garantia de que não terá desconto no salário pelo período que ficar afastada. 
 
Ela ainda não passou no médico do trabalho para oficializar este afastamento mas, como diz a nota, está recebendo o amparo necessário. 
 
A empresa disse que não vai divulgar a unidade onde Jussara trabalha para preservar a imagem e a segurança da funcionária. 
 
Jussara estava preocupada com seu emprego, pois o médico que a atendeu emergencialmente emitiu um atestado de apenas um dia para ela. 
 
"Estou sentindo muitas dores no corpo e nos 30 pontos na minha perna. 
 
O médico me deu um dia de afastamento, mas não tenho condições de trabalhar. 
 
Preciso que o médico me dê mais dias para me recuperar", afirmou. 
 
Jussara precisa do emprego para sustentar os três filhos. 
 
"Não sei como vai ser a minha rotina daqui pra frente, não sei se vou conseguir andar de Metrô de novo todos os dias", disse. 
 
Jussara voltou a andar de Metrô, pouco mais de 24 horas depois do incidente, para conseguir falar com seus chefes e explicar que está precisando de amparo psicológico e de tempo para se recuperar das lesões sofridas na queda. 
 
Com dificuldade para andar, pois recebeu 30 pontos no joelho, ela não resistiu e começou a chorar ao lembrar dos momentos aterrorizantes que viveu na plataforma. 
 
"Está passando tudo de novo na minha cabeça, estou com muito medo", disse ela ao G1.
Mulher que foi empurrada de plataforma do metrô de SP fala sobre o ataque que sofreu
Mulher que foi empurrada de plataforma do metrô de SP fala sobre o ataque que sofreu.

Prisão

O homem que empurrou Jussara passou por audiência de custódia nesta quarta, e a Justiça decidiu mantê-lo preso. 
 
Segundo o boletim de ocorrência, ele teria dito que "ouviu vozes" que lhe induziram a cometer o crime. 
 
De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, o caso foi registrado na Delpom (Delegacia Polícia Metropolitano), na estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3- Vermelha. 
 
A assessoria informou que Sebastião sofre de problemas mentais e teria empurrado a primeira pessoa que viu na plataforma. 
 
Na estação Conceição, a faixa amarela é a única sinalização de segurança para os passageiros, a qual fica a menos de um metro do vão onde passam os trilhos.
Mulher que foi empurrada de plataforma do metrô de SP fala sobre o ataque que sofreu
Mulher que foi empurrada de plataforma do metrô de SP fala sobre o ataque que sofreu.

Empurrão.

Jussara disse ao G1 que sentiu os vagões do trem passarem por sobre seu corpo e que ainda não acredita como saiu viva do incidente. 
 
"Morri! No que eu vi eu já estava lá embaixo. 
 
Quando senti o baque fui olhar e senti os vagões passando por cima de mim", afirmou.
 
Ela descreveu que sentiu um empurrão e caiu de frente, com o rosto no chão. 
 
"Caí com a cabeça na minha bolsa. 
 
Minha bolsa me salvou", afirmou Jussara. 
 
"É muito barulho, muita poeira, muito quente. 
 
Se não fosse Deus eu não estava viva para contar a história."

Metrô vai instalar proteção

Após o crime, o presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, disse que a estatal tem um plano de instalação de portas de proteção entre a plataforma e os trilhos das estações
 
Segundo Figueiredo, o Metrô está em negociação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a compra de portas de plataformas, "para serem instaladas justamente nas estações da Linha 1 [Azul, onde ocorreu o incidente] e da Linha 3 [Vermelha]".
 
Ele disse também que a data de instalação das portas será divulgada ainda em janeiro.
 
O Metrô começou a instalar portas de proteção nas estações nas estações da Linha 3-Vermelha em 2010, mas o projeto foi interrompido por problemas com uma das empresas responsáveis pelo serviço. 
 
Algumas estações da Linha 2-Verde já contam com o dispositivo.
Ilustração mostra o vão entre os trilhos do Metrô, lugar para onde mulher foi empurrada (Foto: Alexandre Mauro/G1) 

Ilustração mostra o vão entre os trilhos do Metrô, lugar para onde mulher foi empurrada (Foto: Alexandre Mauro/G1).
Jovem empurrada no metrô de São Paulo passa bem
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