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segunda-feira, janeiro 15, 2018

Nova morte suspeita de febre amarela é investigada em Mairiporã; vítima recebeu tratamento de outras doenças

Técnico em refrigeração de 31 anos passou por 5 médicos da rede pública entre 1º e 9 de janeiro; ele foi diagnostica com rinite, sinusite e enxaqueca.



Por Alan Severiano, Jornal Hoje


Homem morre com suspeita de febre amarela após ser diagnosticado com outras doenças
Homem morre com suspeita de febre amarela após ser diagnosticado com outras doenças.
 
Um técnico em refrigeração de 31 anos morreu em Mairiporã, na Grande São Paulo, sob suspeita de febre amarela, após ter sido atendido e tratado por vários médicos da rede pública de saúde e receber diagnóstico de outras doenças. 
Em todo o estado a Secretaria da Saúde confirmou 21 mortes pela doença, sendo três delas em Mairiporã. 
Fotos feitas por familiares mostram Anderson Lopes cinco dias após ficar doente, quando estava com a pele completamente amarelada. 
Ele morreu em 9 de janeiro e os exames sobre a causa da morte ainda estão sendo aguardados. 
Anderson não tinha tomado a vacina contra a febre amarela e deixou dois filhos, de 6 e 8 anos. 
As autoridades de saúde tratam o caso como suspeita de febre amarela. 
“Ele já estava nas últimas, falou comigo bem baixinho e quando foi na segunda-feira, ele faleceu. 
Para mim foi muito triste, meu filho”, diz a mãe de Anderson, Anailde de Oliveira. 
Foi em casa que Anderson apresentou os primeiros sintomas no dia primeiro de janeiro: febre, dor de cabeça, dor no corpo. 
No mesmo dia, ele foi levado a um hospital aqui de Mairiporã. 
Começava aí uma peregrinação em busca do diagnóstico e de tratamento. 
A a mulher de Anderson, Maria Dolores, diz que no primeiro hospital municipal, ele passou por exames e o médico deu o seguinte diagnóstico.
 
“Ele falou que era rinite, sinusite, deu uma medicação pra febre pra cortar a dor e deu inalação”, diz a viúva, Maria Dolores Faria Moraes. 
Anderson piorou e um dia depois foi parar numa UPA (unidade de pronto atendimento) do município de Franco da Rocha. 
“Fizeram hemograma e exame de urina, aí falou que era infecção de urina mas estava muito leve”, explica a viúva. 
No dia 4 de janeiro, ele voltou a procurar os serviços de saúde. 
Maria Dolores conta que os médicos suspeitaram de enxaqueca. 
“O médico falou que podia ser gases. Fez o raio x, e não tinha gases”, diz a viúva. 
No dia 5, com dores mais fortes, Anderson ficou numa cadeira de rodas. 
E diante de novos exames, o mesmo médico que tinha atendido ele no dia 1 de janeiro deu a notícia. 
“Ele falou assim: ‘vou te dizer uma coisa: seu marido está com febre amarela’. 
Eu falei para ele: ‘doutor, passei com você dia primeiro, o senhor falou que tinha rinite, sinusite”. 
Já muito doente, Anderson foi transferido pra um hospital estadual em Franco da Rocha, onde o caso se agravou. 
Para a viúva, houve descaso, pois “foram cinco diagnósticos, nove dias pra descobrir. 
Só no último dia o médico fala que foi febre amarela". 
O Instituto Adolfo Lutz ainda não divulgou o resultado dos exames para confirmar se Anderson Lopes de Oliveira tinha febre amarela. 
A Prefeitura de Franco da Rocha informou que o paciente foi atendido três vezes e medicado, sem que houvesse suspeita de febre amarela.
 
A assessoria do hospital de Mairiporã Nossa Senhora do Desterro, onde foram feitos os primeiros atendimentos, também não se manifestou. 
A secretaria de Saúde do Estado disse que técnicos do governo estiveram em Mairiporã na semana passada para orientar o município sobre a triagem e o manejo dos casos suspeitos e que a rede estadual está capacitada pra diagnosticar pacientes com doenças infecciosas. 
A reportagem pediu uma posição dos médicos que atenderam a vítima e aguarda posição.
Infográfico mostra como ocorre a infecção por febre amarela (Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte G1) Infográfico mostra como ocorre a infecção por febre amarela (Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte G1) 
 
Infográfico mostra como ocorre a infecção por febre amarela (Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte G1).

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