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sábado, janeiro 13, 2018

Delegado que atuou em Campo Novo do Parecis é acusado de agressão; ver imagens




Delegado Waner dos Santos Neves, da Polícia Civil de MT, é acusado de agressões: Waner atuou no município de São Felix do Araguaia até agosto de 2014 quando foi transferido para Campo Novo do Parecis – MT.

Flávia* não se esquece do dia em que sofreu o último espancamento: 5 de maio de 2017. 

Apesar da vergonha e do medo, a advogada de 40 anos conseguiu deixar a casa onde morava com o marido e resolveu denunciá-lo, depois de, segundo ela, dois anos de violência doméstica. 

Para isso, ela teve de viajar até Cuiabá, onde a influência do delegado Waner dos Santos Neves não a alcançaria.

Os contatos e a importância de Waner onde morava fez com que a vítima jamais tivesse coragem para denunciar. 

Em uma das surras mais violentas, Flávia ligou para a Polícia Militar pela primeira vez, pedindo socorro. 

Um comandante da PM teria respondido que não iria, já que o agressor estava bêbado e, se a ocorrência fosse atendida, “geraria um conflito muito grande”.

“Eu não ligava porque ia cair para eles a ligação. 

São os investigadores dele. 

Como é que eu ia chamar os investigadores dele para ir prendê-lo? Se eu fizesse boletim de ocorrência lá, seria um tiro no pé. 

E como eu faria exame de corpo de delito se o comandante da PM era amigo dele e ele era delegado?”, questiona a vítima.

Flávia diz que apanhou do marido durante pelo menos dois anos. No começo, as agressões seriam “somente” tapas na cara. 

Mais tarde, segundo ela, Waner a agrediria com socos e pontapés. 

O alcoolismo do marido nunca foi o fator determinante para os espancamentos: ele também a agredia sóbrio, conta ela. 

“A agressividade do delegado era frequente no dia a dia”.

Em 2015, quando Waner foi exonerado da polícia (e mais tarde recuperou o cargo com uma liminar), Flávia sofreu os primeiros golpes.

“Ele ficou depressivo. 

E de vez em quando ele bebia e metia a mão na minha cara. 

E eu achava que era por conta da depressão. 

A gente sempre acha que tem um motivo, nunca encarei o problema como eu encaro agora”, contou a advogada. 

Sob as cortinas do ciúme, ela diz que as surras foram se tornando mais frequentes e violentas.

“Começou com maior frequência. 

Se eu discordasse de qualquer coisa, era um tapa na cara. 

Eu estava evitando contato com ele”, conta. 

Com o passar do tempo, os tapas foram se transformando em espancamento.

Flávia diz ter sido chutada, pisoteada e humilhada pelo marido. 

A agressão psicológica também era frequente, ela era chamada de “puta”, “vagabunda” e “safada” enquanto apanhava. 

Em um só dia relata ter apanhado três vezes. 

Na ocasião, a advogada quebrou a costela e ficou com hematomas por todo corpo.

Nas duas últimas surras, que teriam sido as mais violentas, Flávia desistiu de tudo e resolveu denunciar. 

Ela fez um boletim de ocorrência em Cuiabá, fez exame de corpo de delito e entrou em contato com o Núcleo de Combate à Violência Doméstica da Defensoria Pública. Pesa contra Waner uma medida protetiva em uma ação criminal.

Até aqui, o delegado não foi preso. 

Apesar de não ter sido afastado do cargo, só agora é que Waner responde a um processo administrativo na Corregedoria da Polícia Judiciária Civil. 

Se ficarem comprovadas as agressões, ele poderá ser expulso da corporação. 

Outro lado:

O acusado pelos crimes, o delegado Waner dos Santos Neves, respondeu às solicitações de resposta da reportagem, afirmando que não pode falar sobre o caso, uma vez que o processo corre em segredo de justiça. 

“Somente posso afirmar que nunca a agredi e que tudo será cabalmente demonstrado no processo. 

Quem está sendo vítima dessa armação sou eu e todas as medidas legais serão tomadas”, resumiu o delegado.

* O LIVRE preservou o nome verdadeiro da advogada.

Gazeta MT/Ednilson Aguiar

Fonte: GazetaMT


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