Segundo a polícia, avó materna participou com os tios e primos da criança de 4 anos das sessões de tortura até 2016 quando menino foi internado no hospital.
Por G1 MS
A avó do menino de 4 anos torturado em rituais de magia negra, em Campo
Grande, até fevereiro de 2016 foi condenada a 16 anos e quatro meses de
prisão por tortura, associação criminosa com envolvimento de
adolescentes e por dar bebida alcoólica à criança.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta terça-feira (9).
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta terça-feira (9).
O caso chegou ao conhecimento da polícia quando o menino foi internado
na Santa Casa de Campo Grande com queimaduras no rosto, fratura em um
dos braços, ferimentos nos olhos e saco escrotal, além de quadro de
desnutrição e anemia importante.
A condenada ficou presa durante seis meses quando as agressões foram descobertas.
Na época, ela negou que soubesse das agressões e tortura durante rituais de magia negra.
Ela conseguiu liberdade condicional e, em fevereiro de 2017, a Justiça cassou o habeas corpus obrigando-a a retornar ao presídio.
Outros três familiares do menino envolvidos nas sessões de tortura foram julgados e condenados no ano passado.
Os tios-avós confessaram a tortura em rituais de magia negra.
Eles tinham a guarda-provisória da criança e afirmaram que as agressões ocorriam também fora dos rituais de magia negra.
Os tios-avós confessaram a tortura em rituais de magia negra.
Eles tinham a guarda-provisória da criança e afirmaram que as agressões ocorriam também fora dos rituais de magia negra.
A tia da criança foi condenada a 18 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão e ao pagamento de 16 dias-multa.
O marido dela foi condenado a 17 anos e 5 meses e 10 dias de reclusão e ao pagamento de 16 dias-multa em regime fechado.
Além deles, o irmão da avó paterna biológica do menino também foi
condenado.
Ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na guarda da criança, depois que a avó paterna devolveu a criança à Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la.
Ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na guarda da criança, depois que a avó paterna devolveu a criança à Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la.
O irmão da avó paterna, que morava na residência do casal e participava dos rituais, foi condenado a 15 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão e ao pagamento de 16 dias-multa.
Segundo a polícia, os pais biológicos do menino são usuários de droga e
o abandonaram.
Em depoimento, a tia-avó contou que quis adotar a criança com intenção de utilizá-la em rituais de sacrifício.
Em depoimento, a tia-avó contou que quis adotar a criança com intenção de utilizá-la em rituais de sacrifício.
O menino foi adotado por uma nova família e está bem, mas continua fazendo acompanhamento psicológico para tratar o trauma.
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