Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, dezembro 20, 2017

Moro permite que Polícia Federal acesse banco de dados da propina da Odebrecht

Acordo de leniência previa que somente o Ministério Público teria acesso ao sistema Drousys. Decisão do magistrado libera dados à Polícia Federal.


Por Camila Bomfim, TV Globo, Brasília
Juiz Sérgio Moro durante evento em Sâo Paulo em agosto de 2017 (Foto: Reprodução/GloboNews) Juiz Sérgio Moro durante evento em Sâo Paulo em agosto de 2017 (Foto: Reprodução/GloboNews)
Juiz Sérgio Moro durante evento em Sâo Paulo em agosto de 2017 (Foto: Reprodução/GloboNews)
O juiz Sérgio Moro autorizou que a Polícia Federal tenha acesso ao sistema Drousys, uma espécie de banco de dados da propina da Odebrecht, que armazenava a contabilidade paralela da construtora.
A existência e o funcionamento desse sofisticado controle de pagamentos ilegais foram detalhados na delação de executivos da empresa. O servidor do Drousys ficava na Suíça.
O juiz entendeu que a PF tem que ter acesso ao sistema para fazer perícia – que irá analisar a integridade do material – e para utilizar provas de pagamentos, registradas no sistema, em inquéritos em andamento sobre os fatos revelados por delatores da Odebrecht.
Moro também argumenta que deixar o material exclusivamente com o Ministério Público Federal em Curitiba, como prevê acordo de leniência, era o mesmo que tornar o material probatório inútil, já que o MP não faz perícia. Na avaliação do magistrado, isso também comprometeria a efetividade da colaboração dos executivos da empresa.
O juiz estabelece que os dados do sistema de contabilidade paralela da Odebrecht ficarão sob a guarda da Polícia Federal em Curitiba, com peritos – o acesso ficará restrito a eles inicialmente.
Moro também determinou que o material seja mantido em sala reservada, com mecanismos de segurança e com controle de acesso, como a própria Polícia Federal sugeriu . O juiz estabelece prazo de 15 dias para a PF operacionalizar a disponibilização e guarda do Drousys na Superintendência em Curitiba.
Moro fez uma revisão de um trecho da própria decisão – ele homologou o acordo de leniência da Odebrecht, que previa acesso exclusivo do Drousys ao MPF.
Na nova decisão, ele permitiu o acesso ao Drousys pela Polícia Federal e ouviu o Ministério Público, que concordou com o acesso, mas pediu cautelas e restrições. A Odebrecht também foi ouvida e concordou, mas pediu prazo adicional de 30 dias para fazer um aditivo com o MPF sobre esse acesso.
Na nova decisão, o juiz destacou que a revisão da leniência, agora permitindo o acesso ao Drousys pela PF, nao representa violação do acordo porque trata de procedimento de investigação a ser adotado após o acordo.
Internamente, delegados reclamavam da falta de acesso ao Drousys, porque isso emperrava a finalização de inquéritos e porque entendem que o sistema da Odebrecht tem provas a acrescentar e colaborar no fechamento desses casos.
O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, comemorou a liberação do acesso ao Drousys. Segovia disse que isso “vai acelerar as investigações" e que a decisão do juiz Moro é "extremamente sábia porque busca a verdade real dos fatos, que é o principal pilar da investigação criminal”.
Info setor de propinas odebrecht (Foto: Arte/G1) Info setor de propinas odebrecht (Foto: Arte/G1)
Info setor de propinas odebrecht (Foto: Arte/G1).

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...