Para presidente da Câmara, é preciso contar votos, mas sem 'gerar publicidade'. Aliados do governo têm dito que quantidade de votos pró-reforma está aumentando.
Por Alessandra Modzeleski, G1, Brasília
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta
quarta-feira (6) que a divulgação da contagem de votos favoráveis à
reforma da Previdência "não ajuda" e provoca "pressão" sobre os
deputados.
Um dos principais defensores da reforma, Maia vem participando de uma série de reuniões com líderes partidários e membros do governo na tentativa de aprovar as mudanças na aposentadoria ainda em 2017.
Nesta semana, tem sido frequente, após esses encontros, diversos líderes e aliados do Planalto comentarem que há um aumento no número de deputados favoráveis à proposta.
Segundo Maia, em nenhuma dessas reuniões foram debatidos números.
"Eu acho que divulgar número não ajuda.
O que a gente precisa é
trabalhar o convencimento de cada parlamentar.
E acho que ficar falando
de número não ajuda muito nesse processo.
Fica parecendo uma pressão sob
os deputados".
Segundo ele, contar votos é necessário, mas "sem gerar publicidade".
De
acordo com o presidente da Câmara, saber o tamanho do apoio ajuda a
votar a matéria com a clareza que não será derrotada.
"O que a gente precisa é contar voto, sem reserva, mas sem gerar
publicidade para isso, porque isso não agrega em nada.
Depois, gerar uma
data para votar isso [a reforma da previdência]".
O presidente ainda reafirmou que não sabe quando deve pautar a proposta para o plenário da Casa.
Segundo o Blog da colunista do G1 Andréia Sadi,
o presidente da Câmara disse a aliados que só vai definir o dia da
votação quando estiver certo de que há, pelo menos, os 308 votos
necessários para aprovar a PEC na Casa.
Ainda de acordo com o Blog, o presidente da Câmara disse aos deputados
que não vai anunciar uma data para depois dizerem que ele recuou do
compromisso.
Por isso, o deputado do DEM repete que está fazendo conta,
voto a voto, e que "não adianta atropelar".
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