Ele justificou selfies dos policiais como uma explosão de adrenalina, após prender o traficante. Gabriel Ferrando disse que investigação durou cinco anos.
Por Bom Dia Rio
O delegado Gabriel Ferrando, responsável pela prisão do traficante
Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, e um dos policiais que aparecem
em fotos o preso, disse, em entrevista na manhã desta quinta-feira (7),
que já se adiantou e pediu uma audiência na Corregedoria Geral da
Polícia para explicar sua atitude.
O traficante preso durante a operação integrada das forças de segurança
nas favelas da Mangueira, Tuiuti, Mandela e Parque Arará na manhã de
quarta-feira (6).
Ele foi encontrado numa casa na favela Parque Arará,
em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde havia chegado por volta das 3h.
“Já me adiantei e pedi uma audiência com a Corregedoria Geral.
O que
acontece é que foi muito de dedicação na investigação, diante das
inúmeras dificuldades na polícia, o que aconteceu foi uma explosão de
adrenalina”, justificou o delegado.
Ferrando contou que há cinco anos, quando foi o primeiro delegado
recém-criada 11ª DP (Rocinha), começou a investigar o traficante.
Na
operação de quarta-feira, uma equipe de 30 agentes foi para a favela,
mas somente de oito a dez participaram efetivamente da prisão.
“Era uma ação de alta complexidade e foi feita por agentes que
conheciam as características físicas dele, que poderiam reconhece-lo.
Tínhamos informações de que ele estaria naquela região, mas a informação
não chega limpa, tem de ser filtrada.
Por isso, verificamos várias
casas, até que vimos dois elementos em fuga e fomos checar as casas
daquela região.
A sorte às vezes é a oportunidade para a competência”,
disse Ferrando.
O delegado contou ainda que o traficante, com o poderio criminosos que
tem, não acreditou que estava sendo preso e que chegou a sugerir um
suborno aos policiais.
“Ele disse aos policiais que poderia mudar a vida deles.
Quando me viu,
ele me conhecia lá da delegacia da Rocinha, ele disse: doutor, não
posso ser preso.
Mas aí viu que não dava, se entregou, baixou a cabeça e
não resistiu”, detalhou Ferrando, acrescentando que o traficante vinha
tentando mudar suas características físicas, como apagar tatuagens,
porque estava sendo caçado por todos os lados.
O delegado disse ainda que Rogério prestou depoimento na Delegacia de
Combate às Drogas (Dcod) e depois de fazer exame de corpo de delito no
IML, foi levado para um presídio de Bangu, na Zona Oeste.
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